Novos paradigmas tecnológicos da televisão

Salustiano Fagundes (SET/HDX), na palestra “Os novos paradigmas tecnológicos da televisão: bigdata, sensoriamento, IOT, startups, drones, mobile, wearables, realidade virtual e transmídia”, indicou que a indústria se aproxima de um momento em que não se falará mais de Gigabytes e de Terabytes, mas sim, de Zettabytes e de Pentabytes. “O diferencial hoje é, além de estar em todas as plataformas, saber trabalhar com os dados que são gerados pelo acesso dessas plataformas. Um ponto que o Netflix percebeu muito rapidamente foi o trabalho com os algoritmos. As pessoas querem acessar conteúdos on demand, mas é preciso conhecer a audiência. Estamos começando uma nova etapa de investimentos nos algoritmos, com o objetivo de fidelizar o público.”O palestrante apresentou algumas empresas que já prestam serviço de monitoramento de dados na Web, como o sistema de monitoração de notícias Klipbox, e expôs uma pesquisa que prevê 50 bilhões de dispositivos conectados à internet em 2020.

“Isso vai trazer consequências em diversas áreas, desde casas inteligentes, roupas inteligentes, cidades inteligentes, enfim, há uma série de áreas em que o IoT já é uma realidade.”

“A grande sacada é entregar experiências em coisas do cotidiano que ampliem a compreensão do que está no vídeo”, afirmou Salustiano Gomes em relação às experiências com VR nos conteúdos audiovisuais

“A grande sacada é entregar experiências em coisas do cotidiano que ampliem a compreensão do que está no vídeo”, afirmou Salustiano Gomes em relação às experiências com VR nos conteúdos audiovisuais

Os drones, a realidade virtual (isto é, a imersão em ambientes além do mundo real), a realidade aumentada (o uso de objetos gráficos sobrepostos em imagens reais) e a realidade mista (o uso de imersão com objetos gráficos associados ao ambiente virtual) são outros aspectos que devem ser considerados no ambiente broadcast, na opinião do expositor.

“O número de empresas grandes que estão investindo em realidade virtual, cada uma em sua área, desde Samsung, Google, Facebook, estúdios de cinema, etc., está constituindo um ecossistema que mostra não ser uma onda passageira. É algo que vem para ficar e se complementar à produção em broadcast”, lembrou.

A grande sacada das empresas de vídeo, na opinião de Salustiano, “é entregar experiências em coisas do cotidiano que ampliem a compreensão do que está na tela. A televisão está mudando, a forma de se fazer televisão está mudando, e a forma de distribuir conteúdos está mudando”, concluiu.

Ernesto Riedel (YouCast), abordou as “Opções para transmissão via satélite de conteúdos ISDB-T considerando eficiência e monetização” em sua palestra no SET Norte e lembrou que as receitas com publicidade na internet têm crescido, mas, ainda assim, a televisão não tem perdido market share.

A uma plateia atenta, e às câmeras da Rede amazônica, Ernesto Riedel (Enesys) lembrou que as receitas com publicidade na internet têm crescido, mas a televisão não tem perdido market share

A uma plateia atenta, e às câmeras da Rede amazônica, Ernesto Riedel (Enesys) lembrou que as receitas com publicidade na internet têm crescido, mas a televisão não tem perdido market share

“Quando uma empresa quer lançar um produto e marcar presença no mercado, a televisão continua sendo o meio mais eficaz de envolver o publico, por conta das grandes audiências e da credibilidade do veículo em si. Além disso, é preciso pensar que o conteúdo local, segmentado e personalizado é mais relevante e mais atraente em meio às notícias locais, que são uma fonte confiável de informação. A TV personalizada é a forma mais fácil de aumentar a sua monetização”, afirmou. Pensando nisso, explicou Riedel, a Enensys desenvolveu uma arquitetura típica de inserção de publicidade em redes SFN (Single Frequency Network) e um sistema para transmissão de conteúdos ISDB-T em total compatibilidade com o DVB-S/S2; uma aplicação que respeita as disposições de redes SFN e os múltiplos conteúdos formatados em MPEG-2 TS na interface aérea.