Som imersivo tridimensional ao alcance da sala de estar

Os novos métodos de mixagem de som que a tecnologia Dolby Atmos têm proporcionado não são coisa só de cinema. Foi isso que profissionais Globo e Globosat mostraram durante o painel Pioneirismo brasileiro em áudio imersivo: experiências práticas. Entre os casos de sucesso está a transmissão do Rock in Rio 2016 cuja mixagem de som, feita remotamente, foi criada com essa tecnologia, bem como a transmissão dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro deste ano. Com essa ferramenta, além da riqueza de detalhes, os técnicos puderam trabalhar na mixagem da Sapucaí diretamente dos estúdios localizados a 34 quilômetros dali, em Jacarepaguá, explicou Carlos Ronconi, assessor técnico do Grupo Globo.

 

No caso do Rock in Rio, foi a primeira vez no mundo que um evento dessa proporção teve transmissão ao vivo mixada com Atmos. “Aprendemos que é preciso dar mais ênfase na captação do público para enriquecer a mixagem”, contou Gabriel Thomazini, coordenador de Áudio da Globosat. A previsão é que, neste ano, a edição do festival seja transmitida também em 4K e com HDR Dolby Vision.

 

A possibilidade de criar uma sensação tridimensional com o som pode enriquecer também as narrativas, como explicou Rodrigo Meirelles, supervisor de Áudio da TV Globo. “O som conta uma história principalmente sobre o que não está no quadro da câmera”. O painel foi moderado pelo diretor regional da Dolby Laboratories para América Latina, Rafael de Castro, e recebeu também Luana Bravo, do comitê de Ensino da SET, e Carlos Watanabe, diretor para Mercados Emergentes da Dolby.