SET Centro-Oeste 2019: o rádio não vai morrer e pode ser fonte de lucro

Palestra de Thiago Fernandes, da Nextdial | Foto: SET

O terceiro painel do primeiro dia de evento do SET Centro-Oeste 2019 tratou sobre o Rádio e Streaming.

Os palestrantes do painel foram Bárbara Falcão, jornalista e criadora do podcast da CBN de Goiânia; Salustiano Fernandes, responsável pela gestão artística de rádios do Grupo Jaime Câmara e Grupo RCI; e Thiago Fernandes, diretor da Nextdial. A moderação ficou a cargo de José Caetano dos Santos, coordenador de manutenção de equipamentos do grupo Jaime Câmara.

Santos abriu o painel falando que tinha uma “missão boa e um desafio falar sobre rádio e streaming e como ambos podem ajudar o radiodifusor a alcançar novos modelos de negócio”.

Salustiano destacou que o rádio é feito por artistas. Mas este artista “é o profissional da parte técnica, responsável por 60% da audiência, o que leva ao lucro e ao conteúdo de qualidade”, afirmou.

O executivo do Grupo RCI ainda destaca que 53% da população das capitais brasileiras houve rádio.

“O rádio não morreu e precisamos fazer dele um ambiente salutar com novas tecnologias que podem transformar o meio acadêmico, profissional e o cotidiano da sociedade, trazendo entretenimento, alegria e conteúdo”, encerrou

Falcão é podcaster e apresentou um panorama da história e impacto do podcast no Brasil. Criado em 2004, o podcast vem em um período de ascensão. Segundo pesquisa IBOPE, 50 milhões de brasileiros ouvem podcast. Porém, um terço dos internautas do Brasil não sabe o que é podcast.

A jornalista completa que o crescimento do podcast é baseado em três pilares: conteúdo, qualidade e entretenimento. Dentre os principais formatos, ela destacou o Mesa Redonda, mais popular do Brasil, storytelling e entrevista.

Thiago Fernandes, da Netxdial, encerrou o painel. Ele abriu sua palestra dizendo que “sem conteúdo não tem audiência, como aumentar o número da audiência? Mais conteúdo de qualidade”.

Fernandes destacou a fragmentação, ou seja, muitos meios para consumir conteúdo e o rádio é único que está presente na maioria. Por isso, o rádio presente em streaming é um meio fértil para a chamada programática: um sistema que faça compra, venda e veiculação de mídia automatizada. Esse segmento gira em torno de 4 bilhões de reais de no mercado publicitário.