IP: padrão 2110 deve ser tendência no NAB Show 2018

Painel de IP do SET e Trinta no NAB Show 2018. Foto: Tainara Rebelo

O primeiro dia do SET e Trinta 2018 começou pontualmente às 7h30. “Esta é uma das mudanças que fizemos para este ano e gostaríamos de começar esta edição anunciando essas novidades”, informou a presidente da SET, Liliana Nakonechnyj.

Na sequência, o presidente da Anatel, Juarez Quadros, foi convidado a dizer algumas palavras ao auditório lotado, e prestou alguns agradecimentos à SET como entidade facilitadora do projeto de desligamento do Sinal Analógico no Brasil.  “Nos próximos dias estaremos em Manaus, Belém, Teresina, João Pessoa, Natal e Aracaju. Até o dia 14 de agosto todas as capitais brasileiras estarão somente com sinal digital. Agradeço o apoio que vocês têm nos dado para conduzir esse processo com facilidade. Isso agrega a condição de sucesso do projeto. “, afirmou.

O Universo em IP

O Painel de IP do Seminário teve como principal ponto endereçar as questões relacionadas a transição por IP, “um tema muito forte hoje em dia que, e a indústria vem discutindo largamente”, pontua o moderador Thiago Abreu, da Rede Globo. Abreu explica que o IP têm sido usado há mais de uma década, mas ganhou um novo fôlego e atenção há pouco tempo, com a transição para o “ao vivo”.  “O painel tentou cobrir essa transição por IP e algumas tendências do que vem a seguir”, explicou.

“Acredito que não seja surpresa que, por causa disso, cada elemento do sistema está mudando, desde pessoas que produzem conteúdo, criam canais de distribuição para distribuir conteúdo ao redor do mundo”, argumentou o palestrante Steve Reynolds, Vice-Presidente do Conselho da Alliance for IP Media Solutions (AIMS).

De acordo com Raynolds, o consumo está mudando, as pessoas estão consumindo conteúdo no jeito, na hora e onde quiserem, e as fontes desses recursos estão se modificando muito rápido, que mesmo os menos tradicionais players do mercado começaram a se especializar nessa área. “Há então processos competitivos e precisamos mudar para padrões mais amplos e dirigir nosso padrão em frente. Precisamos tirar vantagem do que tem sido criado. E tudo isso acaba terminando na nuvem”, explica.

“Existem padrões abertos que podem trabalhar junto. É aí que precisamos usar a ferramenta certa para o trabalho. Cada uma faz uma coisa e resolve um problema diferente. Nos só queremos resolver o problema, não queremos reinventar a indústria”, pontuou Patrick Killianey, Engenheiro de Aplicações de Sistemas de Rede Yamaha.

Killianey levou alguns exemplos que vídeo produção e áudio produção que considera serem os mais interessantes no momento da indústria e lembrou que geralmente a equipe de vídeo vai ter apoio técnico no estúdio devido às dificuldades de trabalhar com cada sistema, mas a de áudio geralmente não, porque a demanda de banda geralmente é pequena e o processo é mais simples, facilmente resolvido. Por causa disso, o vídeo acaba sofrendo menos alterações, mas o áudio sofre mudanças praticamente todos os dias.  Eu não quero projetar nada para os próximos cinco anos, porque quem sabe o que irá acontecer. Mas, para o áudio, os modelos 2110 e A 67 resolveriam grande parte do problema de tantas peças diferentes. Mas os outros recursos irão continuar usando o mesmo modelo por muito tempo.

“Há trabalho sendo feito e há muito mais a ser desenvolvido nos centros de estudo em IP. No momento estamos focados na Europa, que está passando por uma grande transição para o IP, então haverá muita coisa nova nos próximos anos por aí”, comenta o palestrante Thomas Edwards, vice-presidente de Engenharia e Desenvolvimento da Fox Networks (Filme, TV e Esportes).

Temos agora um trabalho forte pra desenvolver e chegar a uma conclusão, mas imagino que nessa NAB vamos ver as empresas mais integradas com o 2110 do UHD.

Tainara Rebelo, de Las Vegas.

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Publicado por SET Brasil em Segunda, 9 de abril de 2018