Copa 2014 Primeira antena 4G inaugurada no país

A primeira antena 4G integrada com baixo impacto visual e ambiental foi apresentada no último dia 6 de março durante uma cerimônia realizada no Clube do Choro de Brasília. O equipamento foi desenvolvido pela operadora Telefônica/Vivo com tecnologia 100% nacional e instalada nas proximidades do Estádio Nacional de Brasília, Mané Garrincha. Esta antena poderá ser utilizada durante a Copa das Confederações que se realizará em junho de 2013.

Nº 131 – Março 2013

Da Redação Foto: Divulgação

Aoperadora de telecomunicações espera, segundo explicou o presidente da Vivo, Antônio Carlos Valente, instalar 500 antenas como esta em todo o país até o final de 2013. Estas são antenas sustentáveis e apresentam baixo impacto visual: as antenas são fixadas nos postes da CEB e equipamentos complementares são instalados nas caixas subterrâneas.
Após a cerimônia, foi realizada uma demonstração da tecnologia do equipamento – que inclui as antenas fixadas num poste e as caixas subterrâneas de fiberblass, plástico reforçado com fibras de vidro – o que garante proteção contra a água e outros elementos, além de evitar qualquer tipo de impacto no subsolo.
“Acreditamos que este projeto, além de todas as discussões em andamento para uma lei geral de antenas que sirva de parâmetro aos municípios, contribui para eliminar barreiras normativas de âmbito municipal e assim permitir a instalação dos sites indispensáveis à melhoria e expansão de serviços exigidos pelos consumidores”, diz Antonio Carlos Valente, presidente da Telefônica Vivo.
Segundo explica um comunicado à imprensa do Minicom, “o diferencial da nova solução é que, ao utilizar postes já existentes, evita a construção de novas torres, oferece um visual mais limpo e consome menos energia”. Para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo este novo equipamento vai servir como exemplo para outras cidades brasileiras. “Esse trabalho vai criar uma nova norma de licenciamento e instalação do equipamento com certeza ajuda a resolver questões de tecnologia de telefonia móvel e implantação da rede 4G, mas também vai servir de exemplo para todo o Brasil”, destacou o ministro. Além disso, acrescentou Bernardo, as cidades não querem ser “inundadas” por antenas: “Ninguém vai colocar uma antena gigantesca em Copacabana [Rio de Janeiro] ou no Parque do Ibirapuera [São Paulo]. Esses equipamentos são uma forma de ajudar a solucionar tais problemas”.
O que foi reforçado por um comunicado da Telefônica/ Vivo para a qual é “importante destacar a iniciativa do Governo do Distrito Federal que, por meio de recente decreto e, alinhado com a preocupação de garantir as condições para um serviço adequado de comunicação na Copa das Confederações e no Campeonato Mundial, normatizou o uso do espaço público para instalações de novas antenas. Com isso, permite que soluções como esta sejam utilizadas. Por meio desta primeira implantação é possível comprovar todas as vantagens da solução subterrânea”.
O ministro também ressaltou a importância da contribuição do equipamento para garantir condições para oferecer um serviço adequado de comunicação na Copa das Confederações em 2013 e no Campeonato Mundial de 2014. “Não queremos só ganhar a Copa do Mundo, temos que vencer nos quesitos de funcionamento de serviços. A questão da telecomunicação é absolutamente imprescindível para o evento. Se o estádio não tiver refletor não vai ter jogo e, se não tiver fibra óptica, também não vai ter”, afirmou Bernardo.
Segundo Valente, esta “é uma solução urbanística e paisagística compatível com o patrimônio cultural de qualquer cidade e que faz uso de estruturas urbanas já existentes”, e se trata de “uma tecnologia desenvolvida pelos especialistas da Telefônica/Vivo, com produtos nacionais, que representa uma solução simples” e respeita normas ambientais e paisagísticas de qualquer cidade.
Em declarações a uma agência de notícias internacional, Valente disse ainda que a ideia da empresa é instalar antenas similares nas cidades de Salvador, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Fortaleza, Cuiabá, Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre e São Paulo, que também serão sedes do Mundial de futebol de 2014. A cerimônia de inauguração da antena contou ainda com a participação do governador Agnelo Queiroz, do presidente da Anatel, João Rezende; e de conselheiros da agência e de secretários do GDF.

Faixa de 700 MHz
Por outro lado, o governo brasileiro esta estudando utilizar a licitação da faixa de 700 MHz, que vai ser destinada à ampliação da tecnologia 4G no Brasil. Segundo explica o Minicom, “a ideia é trocar a arrecadação que será obtida com o leilão da faixa de frequência por obrigações das empresas em investimentos em infraestrutura”.

Bernardo admitiu que existe a possibilidade do governo utilizar os bens reversíveis na implantação do plano. As concessionárias de telefonia fixa receberam os bens reversíveis na época da privatização da Telebrás e têm de devolvê-los em 2025. Esses bens poderão ser trocados por investimentos em telecomunicações. Mas, o ministro deixou claro que ainda não existe decisão sobre isso. “Uma coisa é estarmos discutindo. Outra coisa é o governo decidir isso. Tem de ter muita prudência. A presidenta, que em última instância vai bater o martelo, ainda não tem concordância em relação a isso”.
O ministro disse ainda que as operadoras de telefonia já sabem da intenção do governo de implantar o programa. Segundo ele, representantes das teles foram comunicados disso durante o Mobile World Congress (MWC), evento realizado em Barcelona, Espanha na última semana de fevereiro de 2013.
O ministro das Comunicações expressou que as concessionárias não são obrigadas a fazer rede de fibra óptica, que é o foco do programa. “As concessionárias são obrigadas a investir em telefonia. Se nós quisermos modernizar as redes e fazer esse investimento mais acelerado é uma outra discussão”, concluiu.