Canalização e Migração FM

A manhã do segundo dia do SET Regional Sudeste foi mais uma vez momento de debate político. Contando com a presença de André Cintra, consultor da SET, e a palestra remota (via web) de João Paulo Andrade, do MiniCom, foi abordado assuntos relativos aos trabalhos re-canalização e migração das rádios AM para FM.

O primeiro a falar foi João Paulo. Participando do Regional via Skype, o membro do ministério relatou rapidamente um pouco do trabalho de re-canalização. “Analisamos principalmente o caso das regiões metropolitanas e das Regiões em Desenvolvimento. O problema será que algumas emissoras com direito a cobrir regiões metropolitanas terão que fazer alterações em suas outorgas para aumentar sua potência ou mover-se para dentro das capitais”, explicou.

De acordo com André Cintra, esta é uma situação que dever ser comum logo após a realocação dos canais. “Vamos ter de colocar todos os canais de 14 a 61, de forma que pode acontecer de uma emissora classe super-especial estar localizada ao lado de uma com um transmissor de 10 Watts. Ou seja, ela vai ter de aumentar a potência para continuar emitindo”, explicou.

Para fazer esta alteração, o governo decidiu que será necessário enviar um projeto, constando estudo de viabilidade. Com estes projetos entregues, será possível à Anatel e MiniCom realizarem as alterações dentro das outorgas das emissoras.

O caso das rádios
Continuando com sua apresentação, Cintra discorreu sobre seu trabalho para a Abert relativo à migração das rádios AM para o espectro FM. “Tenho me focado neste estudo e levantamento de distribuição das rádios. Nesta pesquisa, vimos que 80% de todas as rádios brasileiras solicitaram a migração para o FM.

Em seguida, Cintra mostrou um software criado por ele, baseado em banco de dados, que mostra diferentes dados das possibilidades de migração. “Desta forma, consigo elencar os casos de acordo com suas dificuldades de redistribuição na FM”, explicou.

Desta forma, o palestrante dividiu os estados brasileiros em cinco categorias, começando por aqueles que não devem ter problemas para atender o decreto da migração. “Pará, Alagoas, Paraíba e Espírito Santo tem canais com potências menores, o que deve facilitar no caso do decreto federal”, explicou.

A próxima categoria foi a dos estados que talvez tenham problemas, que é composta por Bahia, Ceará, Pernambuco, e Santa Catarina. Prosseguindo, vêm aqueles que provavelmente não tenham solução que são Distrito Federal, Goiânia, Minas Gerais e Paraná. Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul terão problemas bem sérios. “Agora São Paulo Hours Concours. As regiões de Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto e Capital têm situações dificílimas”, concluiu.

O consultor da SET André Cintra

O consultor da SET André Cintra