SET Norte 2018: empresas alertam para a mudança de regras da Banda C

Transmissões por Banda C e Ka são analisadas na capital amazonense

Henrique Camargo, Diretor Técnico da TV Cultura do Amazonas moderou a primeira palestra da tarde do segundo dia do SET Norte, que se realiza em Manaus (AM), “Uso de satélites – serviços x aluguel de segmento”.

O primeiro a falar foi Eldad Eitelberg, CEO da UCAN (representante da NovelSat / LiveU no Brasil) que disse na capital amazonense que é importante avançar na discussão da liberação da banda C para as  telefônicas, afirmando que “a totalidade da banda deveria ser liberada nível mundial às operadoras de telecomunicações (indo do 3.4Ghz até 4.2Ghz), mas isso não irá acontecer porque sabemos que nela se distribuem áudio e vídeo”

Eitelberg afirmou que a NovelSat propôs um acordo em que “65% da anda de 800 MHz fique para as operadoras, e os 35% restantes fiquem para transmitir áudio e vídeo. O que a Novelsat quer é avançar com o desenvolvimento do NS4, uma modulação proprietária da empresa que permite economizar até 50% da largura de banda da utilizada com modulação DVB-S2X. Ele garantiu que o NS4 permite uma transmissão “estável e com menos banda”.

Ele disse que o maior cliente da NovelSat é a Globosat, com mais de 200 equipamentos da empresa, e um processo de compra de mais uma centena que são fornecidos com um acordo da empresa com a Ateme.

Avançou explicando que a solução de NMS e de ProtCASTER  pode ter proteção de conteúdo via satélite com criptografia em chave AES-256, permitindo a encriptação de bitutilizada nas Copas de 2014 no Brasil e 2018 na Rússia. “Na ocasião, foi utilizada a tecnologia NoveSalt para  uma encriptação via os modens da empresa com transmissões seguras”.

Em termos de modulação NS4 e de recepção de sinais, a tecnologia avançou para equipamentos e alterações. “O que falamos é que corremos o risco de que a Banda C deixe de estar em operação para broadcast, por isso provocamos a utilização de NS4 com equipamentos da empresa. Temos de levar muito a sério o que vai acontecer com o 5G. No nosso país esta tecnologia está pensada para 2020, e com isso, a banda C será comprometida”.

Banda Ka

George Bem, CEO e fundador da InternetSAT analisou os tipos de transmissões de vídeo via satélite, com segurança e baixo custo para contribuição jornalística ao vivo em Banda KA.

O executivo fez um resumo da evolução das transmissões em campo com exemplos reais e objetivos e apresentou uma referência de qualidade, custo e mobilidade. Assim explicou que a empresa realiza serviços de integração que possam ser utilizados com mochilas conectados a um satélite com uma solução de UP link em Banda Ka em HEVC. “A Banda Ka é uma banda adaptativa e com ela posso ter redução de custo, mas não para todos as situações. Podemos usar esta solução para retransmissão de rádio com redução de custo no link de recepção garantido pela estabilidade do satélite e com um valor muito baixo”.

George Bem disse que este tipo de soluções é apenas para alguns serviços. “Defendemos este serviço para o dia a dia de factual. Para isso utilizamos uma transmissão de vídeo fixa e móvel com HEVC”. Outro dos pontos abordados pelo executivo foram os dois teleportos redundantes que a empresa tem no Brasil, e como eles podem ser utilizados pelos clientes. Comentou na sequência sobre como, em conjunto com a Newtec, a empresa tem impulsado SNG através de redes “All-IP” que podem ser conectadas às redes de satélite ou terrestres”.

Ele ainda usou como exemplo de transmissões de vídeo “quando o ponto é não usar somente o Mochilink e nem mais a banda C, mas um satélite de alta capacidade e de última geração (HTS) em banda Ka para jornalismo ocasional”.

 

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Captação de som e imagem pela Rede Amazônica.

Por Tainara Rebelo em  Manaus (AM), e Fernando Moura em São Paulo (SP)