Primeiros 15 anos da Ancine

Reportagem Especial

Da Redação

O diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, no fim do seu mandato, fez uma avaliação positiva dos acontecimentos enquanto esteve à frente da Ancine, destacando a necessidade de dar continuidade ao trabalho consistente porque ainda há muito a conquistar. “Fazer política audiovisual é como andar de bicicleta, se parar, cai; se não for flexível, cai.”


Uma das maiores conquistas e desafio ao mesmo tempo, disse Rangel, é o mercado de licenças porque é preciso buscar mais equilíbrio nas parcerias entre TV e produção. A Lei 12.485 trouxe grandes benefícios para a relação entre produtores e executivos de televisão. Em 2016, foram veiculadas 87.902horas de conteúdo independente brasileiro em canais de TV por assinatura, o que representou 10,9% de toda a programação de canais de espaço qualificado. São 104 canais que cumprem cotas de conteúdo nacional atualmente.
Estimular a produção regional também deve estar na pauta da agência para os próximos anos. Uma iniciativa nesse sentido foi a criação do PRODAV TV Pública. O primeiro edital rendeu 249 horas de programação para 199 TVs públicas envolvidas nas chamadas. Os produtores já estão negociando uma segunda janela para as produções com a TV paga. Uma segunda edição do edital está em andamento e Rangel disse que há uma terceira prevista.
Entre os pontos a serem desenvolvidos, Rangel mencionou ainda a necessidade de um marco regulatório para os serviços de VOD. Um levantamento feito pela agência em 2016 mostrou que há 16 serviços de vídeo on-demand em atuação no Brasil. “Os agentes econômicos atuantes nesses serviços são dos mais diversos setores. É um desafio dar uma atenção especial ao marco regulatório e acompanhar a tecnologia e a relação dos consumidores com o serviço.”