Novo satélite atenderá o Brasil com banca C e Ku

Reportagem

SES, empresa luxemburguesa, lançou um novo satélite que ocupará a posição orbital 47.5W e será controlado desde o teleporto que a multinacional está construindo em Hortolândia, interior de São Paulo

por Fernando Moura

Jurandir Pitsch afirmou que a companhia a compra da posição é fundamental na estratégia da empresa porque “precisávamos de uma posição adicional para poder expandir e aumentar nossa participação no mercado. Em 2016 e 2017 muitos canais SD passaram para HD, e agora grandes operadores internacionais como Turner, Disney, entre outras, aceleraram sua migração para o HD. Hoje América latina passou a Europa em termos de canais HD. Enquanto em Europa temos uns 30% de canais HD, na região chegamos a 45% de canais em HD”

O dispositivo substituirá o NSS-806 – em operação – no segundo semestre de 2018, conta adicionalmente com um payload encomendado pela Nasa para observação terrestre e melhoramentos de posicionamento por GPS.
O SES 14, satélite geoestacionário com posição orbital brasileira tem feixes de banda C permitirão que a SES expanda sua cobertura de vídeo a cabo na América Latina, enquanto seus feixes de banda Ku e feixes spot HTS (High Throughput Satellite, ou satélite de alta capacidade) oferecerão capacidade de expansão para atender aos mercados aeronáutico e marítimo, além de outras aplicações de tráfego intenso, tais como backhaul de telefonia celular ou serviços de fornecimento de banda larga, disse Jurandir Pitsch, vice-presidente de Vendas e Desenvolvimento de Mercado para a América e o Caribe da SES Vídeo.
Pitsch afirmou à reportagem da Revista da SET que o satélite que foi lançado do Centro Espacial da Guiana teve uma pequena anomalia que ocorreu durante o lançamento do foguete Ariane 5, mas que horas mais tarde a companhia estabeleceu conexão de telemetria e telecomando configurando um novo plano de elevação de órbita pelo que o SES-14 irá atingir a órbita geoestacionária apenas quatro semanas depois do planejado originalmente, mas “o processo está normalizado”.
O novo satélite “é até hoje o maior satélite lançado pela SES. No Brasil, ele terá mais capacidade em Banda KU que três satélites tradicionais. É um satélite muito importante para a região, sendo o primeiro satélite da frota porque traz uma matriz digital a bordo que permite a comutação e interconexão rápida dentro do satélite que permite, em uma aplicação de dados, conectar os gateway e dessa forma criar redes próprias sem necessidade de conexões remotas”, informou Pitsch. Isso, entre outras coisas, porque o SES-14 possui beams de banda C e banda KU com wide beams e spots HTS beams que permitem reaproveitar o espectro e brindar mais megabits aos clientes. “O satélite permite entregar internet aos aviões por meio dos Spots, e vídeo ao vivo pelos wide beam. Em 2016, América Latina tinha 70 aviões conectados. O que se prospecta é que em 2026 sejam mais de 1500 aeronaves conectadas na região”.
Em termos de vídeo, o novo satélite incrementará a cobertura de cabo da SES já existente “com 100% de penetração a cabo que atualmente atende a mais de 20 milhões de televisores no Brasil”. No que se refere à rede, “o satélite atenderá à crescente demanda por conectividade, especificamente por parte de passageiros de aviões: o número de aeronaves comerciais conectadas via satélite na América Latina, que era 70 em 2016, deve aumentar para 1.500 até 2020”.
Esse impulso, disse o executivo, se deve ao crescimento que se prospecta para a TV por assinatura na América Latina. “Queremos aproveitar o forte alcance da posição 47.5 oeste e atingir mais de 20 milhões de lares com TV porque chegaremos aos 98% de penetração entre as cabeceiras de TV a cabo entregando conteúdo premium, um aumento estimado de 20% nos canais de cabo chegando aos 2200 na região”. Pitsch afirmou à reportagem da Revista da SET que o investimento no SES-14 é porque a empresa acredita que demanda existe.” Antes desenhávamos satélites genéricos, hoje criamos satélites desenhados para determinados serviços de forma clara com desenvolvimento de tecnologias novas”. Posição orbital “Nós compramos a posição 48W, mas mudamos a posição para o 47.5W com autorização da Anatel para desta forma ficar a 2.5 graus dos nossos dois concorrentes, e assim evitar interferências e fortalecer a posição brasileira”, afirmou o responsável da SES. Nesta posição, o SES 14 atenderá América Latina, Caribe, América do Norte e uma região do Atlântico Norte.
O novo dispositivo conta, ainda, com uma carga útil da NASA, intitulada Observação do Limbo e do Disco em Escala Global (GOLD, na sigla em inglês), que tem por objetivo aprofundar o entendimento dos cientistas sobre espaço mais próximo da Terra e produzir imagens inéditas da atmosfera superior da Terra a partir da órbita geoestacionária.
O faturamento da empresa é 70% na área de vídeo DTH e serviços terrestres híbridos, explicou Pitsch. Os 30% restantes são obtidos com outros serviços. Consultado pela reportagem da Revista da SET se o novo equipamento poderia ajudar a mudar esse panorama, o executivo disse que o faturamento do vídeo está localizado em mercados mais maduros como o europeu e norte-americano. “Estamos investindo em dados porque nossa expectativa é de que o faturamento aumente nos próximos dois anos. Estamos e queremos seguir atuando nos novos serviços de OTT com plataformas terrestres. Nosso negócio é distribuição de vídeo. O satélite será ainda relevante com canais UHD porque ele é o único que tem garantia de distribuição de vídeo com qualidade para conteúdo de alta qualidade e grandes eventos”.
Outra mudança em relação à empresa, disse o executivo, é que “desenvolvemos tecnologia, a deixamos disponível e agora a estamos colocando a disposição do cliente final com soluções híbridas para redes de OTT que podem ser terrestres ou via celular, e com plataformas de VOD”.
Hoje o faturamento da empresa, explicou Pitsch é 70% na área de vídeo DTH, diretc cable e serviços terrestres híbridos e o resto em outros serviços. Ante a pergunta da Revista da SET se o novo equipamento poderia ajudar a mudar esse panorama, o executivo disse que o faturamento do vídeo esta localizado em mercados mais maduros como o Europeu e norte-americano. “Estamos investindo em dados porque nossa expectativa é que o faturamento aumente nos próximos dois anos. Estamos e queremos seguir atuando nos novos serviços de OTT com plataformas terrestres. Nosso negocio é distribuição de vídeo, o satélite será ainda relevante com canais UHD porque ele é o único que tem garantia de distribuição de vídeo com qualidade para conteúdo de alta qualidade e grandes eventos”.
Outra mudança em relação a empresa, disse o executivo, é que “desenvolvemos tecnologia, a deixamos disponível e agora a estamos colocando a disposição do cliente final com soluções hibridas para redes de OTT terrestre que podem ser terrestres ou via celular com plataformas de VOD”. Hortolândia A companhia está construindo um teleporto próprio em Hortolândia, zona metropolitana de Campinas/SP. Este será um teleporto misto com recepção, telemetria e monitoramento dos satélites da empresa e um browser de saída IP para a nuvem, “com especial atenção ao SES-14” e “trabalhar mais as infraestruturas de rede oferecendo ao cliente diferentes opções, seja de sinais satélites e sinais terrestres por IP”, disse Pitsch. O teleporto da SES, construído ao lado da central da O3B Netwoks, adquirida pela SES em 2016, fornecerá, desde Hortolândia, conectividade utilizando o sistema de satélites (MEO – rede de satélites de órbita média) da O3b em conjunto com as coberturas GEO ( rede de satélites geoestacionários) da SES para “operadoras de redes móveis”, disse Pitsch e esclareceu que o local é estratégico já que o local é coberto com sete (7) conexões diferentes de fibra óptica e ”capacidade técnica e mão de obra qualificada na região. Além de condições meteorológicas positivas e dissipação de nuvens mais rápida o que permite ter menos problemas na atenuação da banda KU em chuvas torrenciais”.
Em Hortolândia “estamos realizando um investimento continuo. Em antenas investimos entre 10 a 12 milhões terrestre que podem ser terrestres ou via celular com plataformas de VOD”.

Hortolândia 
A companhia está construindo um teleporto próprio em Hortolândia, zona metropolitana de Campinas/SP. Este será um teleporto misto com recepção, telemetria e monitoramento dos satélites da empresa e um browser de saída IP para a nuvem, “com especial atenção ao SES-14” e “trabalhar mais as infraestruturas de rede oferecendo ao cliente diferentes opções, seja de sinais satélites e sinais terrestres por IP”, disse Pitsch.
O teleporto da SES, construído ao lado da central da O3B Netwoks, adquirida pela SES em 2016, fornecerá, desde Hortolândia, conectividade utilizando o sistema de satélites (MEO – rede de satélites de órbita média) da O3b em conjunto com as coberturas GEO ( rede de satélites geoestacionários) da SES para “operadoras de redes móveis”, disse Pitsch e esclareceu que o local é estratégico já que o local é coberto com sete (7) conexões diferentes de fibra óptica e ”capacidade técnica e mão de obra qualificada na região. Além de condições meteorológicas positivas e dissipação de nuvens mais rápida o que permite ter menos problemas na atenuação da banda KU em chuvas torrenciais”. Em Hortolândia “estamos realizando um investimento continuo. Em antenas investimos entre 10 a 12 milhões de dólares, mas queremos torna-lo um centro estratégico para o trafego de dados. Lá temos três antenas da O3B que estão concentradas no lugar. Essa junção nos permite oferecer sistemas híbridos expandidos a partir de este local”, comentou o executivo.

Copa do Mundo em 4K
Outra das novidades é que com o SES- 14 a empresa poderá oferecer canais 4K na região. “A ideia é trazer canais UHD/4K para América Latina aproveitando a Copa do Mundo. Mas não só a Copa, trazer sinais com programações adicionais com uma promoção especial”, afirmou o executivo, e reforçou que tudo está preparado para ser “antes da Copa do Mundo”.