Integração e automatização em debate

Os sistemas interoperáveis e as plataformas de software abertas foram apontados como possibilidades de expansão aos negócios no setor de broadcast por palestrantes no segundo dia do SET Norte.

Fredy Litowsky (Avid), na palestra “Tecnologias e novas plataformas para produção de áudio e vídeo”, lembrou que a empresa trabalha para desenvolver uma plataforma unificada e está certificando parceiros que queiram gerar API em comum com a plataforma da empresa. “

A Avid sempre foi conhecida como uma empresa muito proprietária, muito dedicada, mas, percebendo as tendências de mercado, resolvemos mudar e criar uma plataforma única, que permita serviços como produção de áudio e vídeo, soluções de market place (lojas virtuais de aplicativos), etc. Uma plataforma que terceiros podem utilizar para disponibilizar serviços. O nosso objetivo é ter uma única infraestrutura que permita serviços e licenças necessárias a uma produção, não interessando onde você esteja”, explicou.

Fredy Litowsky (AVID) lembrou que a Avid trabalha para desenvolver uma plataforma unificada e está certificando parceiros que queiram gerar API em comum com a plataforma da empresa

Fredy Litowsky (AVID) lembrou que a Avid trabalha para desenvolver uma plataforma unificada e está certificando parceiros que queiram gerar API em comum com a plataforma da empresaan

O palestrante contou, ainda, que é uma arquitetura com vários serviços conectados a um mesmo barramento. “A ideia é ter um workflow habilitador de eventos que nada mais é do que um barramento comum a todos. Somente uma estrutura muita aberta pode permitir isso, uma solução que consiga integrar soluções de terceiros a sua plataforma. Assim, conseguimos atender as necessidades dos clientes conforme as suas demandas.”

Alex Santos (Seal Broadcast & Content), na comunicação “Soluções de automação exibição/MCR (Controle Mestre)”

Alex Santos (Seal Broadcast & Content), na comunicação “Soluções de automação exibição/MCR (Controle Mestre)”

Alex Santos (Seal Broadcast & Content), na comunicação “Soluções de automação exibição/MCR (Controle Mestre)”, explicou o que é Arquitetura Orientada ao Serviço (SOA), conceito com o qual a integradora trabalha em projetos de automação e virtualização de workflows.

“A SOA nada mais é do que criar sistemas interoperáveis, uma abordagem arquitetural corporativa que permite a criação de serviços de negócio que podem facilmente ser reutilizados e compartilhados entre aplicações e empresas”, afirmou. A companhia tem como um de seus parceiros a empresa portuguesa WTvision, com a qual desenvolveu o sistema de automação de playout ChannelMaker, que “permite controlar a programação e os conteúdos do seu canal de televisão e pode ser implementado como channel-in-a-box, multi-sistema e para inserção de publicidade localizada. É capaz de realizar gestão de alinhamento e scheduling, oferece possibilidade de inserção de grafismos de forma integrada aos vídeos e pode integrar equipamentos adicionais para maior nível de automação, como switchers e routers. É uma solução customizável, de arquitetura modular e escalável”.

Há cerca de 10 anos, cinco canais da Globo Internacional usam playout e soluções da WTvision. A Seal surgiu em 1989 e foi responsável por trazer a tecnologia de código de barras ao Brasil. Desde 2014, a companhia trabalha como integradora de broadcast, com matriz em São Paulo e escritórios no Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Florianópolis. A companhia tem a Fox Sports, no Rio de Janeiro, como um de seus principais trabalhos. “Nós fomos os responsáveis por entregar praticamente tudo para eles, desde infraestrutura, câmeras, sistemas de armazenamento, tudo”.

Eliezer Reis (Snews), na palestra “Integração de sistemas: otimização do tempo e agilidade de processos”, mostrou as soluções de integração da companhia para veículos de comunicação e contou que, além de desenvolver softwares, hoje a empresa também cuida da infraestrutura dos projetos. “

A Snews é uma empresa brasileira, desenvolvedora de software, que está há quase 20 anos no mercado de radiodifusão em busca de melhores soluções para veículos de comunicação. Hoje, de um dispositivo mobile, você consegue acessar o seu servidor e assistir um vídeo, ou gravar algo da rua e mandar para a emissora. A integração vem sendo o nosso foco nos últimos três ou quatro anos.”

O palestrante apresentou um projeto de integração realizado para uma emissora boliviana que precisava gravar todo seu conteúdo, com integração desde o ingest até a exibição. O sistema contou com 2 playouts, 2 ingests, 12 ilhas de edição, switcher de vídeo, servidor MAM, storage, tudo integrado. “A nossa solução é totalmente adaptativa. Utilizamos uma biblioteca LTO da Oracle que suporta até 200 TB. O MAM nosso não é somente para arquivos, mas também oferece possibilidade de oferecer ativos tanto para o playout, quanto para as ilhas, quanto para os jornalistas, em tempo real”, explicou.