Economia de até 40% no consumo de energia nas emissoras é possível, afirma empresa paranaense

Desenvolvido para melhorar a eficiência de sistemas de climatização, o KitPlay é um conversor que atua na despressurização de qualquer fluído refrigerante e pode ser fundamental para infraestrutura das novas emissoras de TV

Foto: Alexandre Minginhi

Considerado um peso significativo nos novos layouts das emissoras de TV, o consumo de energia tem se mostrado um gargalo significativo que exige dos gestores sabedoria para equilibrar o consumo de refrigeração de equipamentos e o custo gerado pela utilização dos equipamentos.

No Sudeste e Centro-Oeste, região que sofreu recentemente com a queda nos reservatórios e que passou a atuar com fornecimento via termoelétricas, a situação chegou a atingir números ainda mais expressivos devido ao aumento da alíquota. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, nos últimos anos, a região tem sofrido com a falta de chuvas, sendo obrigada a utilização, geralmente no último trimestre do ano, a Bandeira vermelha Patamar 2, que significa manter as termoelétricas ativadas, com condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 3,50 para cada 100 quilowatt-hora kWh consumido.

O  KitPlay foi desenvolvido, explicam os seus fabricantes, para equilibrar essa conta e promover uma redução que pode chegar até 60% do consumo em equipamentos de climatização e refrigeração como ares condicionados que mantém transmissores, estúdios e centrais sempre refrigeradas.

Desenvolvido para gerar economia

“Sem alterar a integridade e as especificações padrão dos equipamentos atualmente instalados nas emissoras, o KitPlay age na pressurização do gás refrigerante e diminui a amperagem utilizada por esses equipamentos. Assim, no final temos uma boa economia de energia consumida”, explicou Leonardo Dalla Costa, diretor da Usesol Brasil, empresa especializada em Soluções de Eficiência Energética.

“Além da diminuição da amperagem do aparelho, o KitPlay melhora o desempenho térmico dos equipamentos, pois a temperatura do fluído atinge patamares menores, o que proporciona ao motor elétrico passar mais tempo desligado. A título de exemplo, numa câmara fria onde instalamos o equipamento, a amperagem caiu de 14,7 para 10,7 e o tempo do motor ligado para atingir -15°C passou para 25 minutos, ao invés dos 45 minutos. Ou seja, somando-se a eficiência elétrica e a eficiência térmica, o conversor economizou 60% a menos de energia nesta câmara fria”, explicou Edson Rocha, técnico de refrigeração e idealizador do produto.

“Uma vez instalado em um SeLf TRANE LC-O2AC, com capacidade de 15 TR, equipado com 2 compressores paralelos tipo Scroll (responsável pela climatização de um grande laboratório microbiológico e que controla a temperatura da sala entre 20°C a 25°C), verificamos uma economia de 50% de energia. Além de que o equipamento passou a trabalhar apenas com um compressor scroll, ficando o outro em stand-by. Considerando a economia gerada, o pay-back do investimento seria alcançado em até 10 meses”, detalhou o desenvolver do KitPlay.

Pensado para Emissoras

Os executivos da empresa paranaense afirmam que o equipamento mostra ótimos resultados quando testado em câmaras frias, sistemas de ar condicionado central, transmissores, estúdios e equipamentos de ar condicionado (de 7, 12, 24 e até 60 mil BTUs). “O clima e a região onde o KitPlay é instalado influencia diretamente no seu rendimento”, comentou o diretor da Usesol, Leonardo Dalla Costa, referindo-se a capacidade de minimizar a amperagem exigida para manter temperaturas baixas nas cidades mais quentes do país.

Vale destacar que o KitPlay é instalado do lado de fora do compressor, não sendo necessário abrir o equipamento de ar condicionado, mantendo assim o período de garantia do fabricante. Além disso, a equipe da Usesol Brasil e parceiros, que fazem a instalação do equipamento foi capacitada e selecionada dentro de uma rígida rotina de preparação, o que também faz com que a integridade do sistema de refrigeração atual (antes do KitPlay) seja mantida.

Por Fernando Moura e Alexandre Minginhi