CALA ELF 2019: Novas estratégias de players, programadores e empresas de telecomunicações para enfrentar a 4ta. Revolução Industrial

Com as mudanças no consumo audiovisual e o aumento de demanda de banda é preciso reformular modelos de negócio e investimento. Até 2039 a indústria prevê a necessidade de um acesso de 40 Gbps por segundo, hoje a maioria dos países da América Latina não chega a 1 Gbps.

No inicio da manhã do segundo dia do CALA Executive Leadership Forum 2019 (ELF) que se realiza em Miami, Flórida, o VP sênior de Vendas para CALA de CommScope, Marcos Takanohashi, disse que “a indústria está mudando muito rápido porque a tecnologia avança e avança, por isso necessitamos pensar em uma mudança na estratégia para o futuro”, já que para o executivo a “convergência vai mais além da forma como se recebem os sinais, mas sim como trabalham em comum”. Ele disse que já não importa se o sinal chega por fibra ou rede sem fio, o que importa é como esse sinal converge com o usuário para que e ele tenha uma experiência satisfatória.

Assim, parece ser uma tendência pensar que é preciso uma redefinição das empresas (players) e de como as companhias de telecomunicações pensam o futuro, “Os intercâmbios entre as indústrias são fundamentais para trocarmos elementos”, já que, disse o executivo, o futuro passa por tecnologias que sejam desenvolvidas junto com os players para, dessa forma, chegar aos usuários.

De fato, Morgan Kurk, CTO da  CommScope, disse no seu Keynote que vivemos em um momento de crise da indústria de telecomunicações na América Latina e é fundamental ouvir os players para entender as suas necessidades. Mas a crise não é regional, é mundial, já que estamos atravessando a  4ta. Revolução Industrial, uma revolução convergente, e com isso, há “uma mudança estrutural” não só da tecnologia, mas sim de todas as formas de relação e produção. “A chegada do IoT e das redes sociais mudou toda a forma de relacionamento” e “interação das pessoas e a indústria”.

Nesse sentido, Luciano Ramos, SVP de desenvolvimento de redes e planejamento de Rogers, distribuidor canadense de telecomunicações afirmou que nos novos tempos, os serviços de TV paga e internet precisam ter ofertas diferenciadas. Por exemplo, na empresa que lidera, os serviços são fatiados em 3 produtos com nomes e empresas diferentes, dessa forma “temos o produto de entrada que é pre-pago, e os outros dois para públicos com pretensões e necessidades diferentes. Hoje não é possível oferecer o mesmo serviço para pessoas de 50 anos que para os millennials, os primeiros querem qualidade e organização com um call center que os atenda. Os segundo querem serviços que sejam baratos, virtuais e transparentes”.

Pela sua parte, e no contexto das mudanças de hábitos, Kenneth Florenz, diretor de ICT da Altice, empresa norte-americana,  afirmou que  “em media, nos Estados Unidos, as pessoas fazem “26 mil click nos seus smartphones por dia”. Desses, entre os mais jovens,  “4 mil são para ver se há sinal WiFi, e que qualidade oferece”, e assim, utiliza-la. O que segundo ele, muda a forma não só de relacionar-se, mas também de comprar, vender e trabalhar.

A Revista da SET foi convidada especialmente pela organização, e informará sobre os principais acontecimentos do evento que se realiza, em Miami, Flórida. #CALAELF2019

Por Fernando Moura, em Miami, Flórida