O modelo de TV por assinatura se manteve inalterado por muitos anos, o que fez com que ele parecesse defasado. Neste contexto, o mercado de streaming se aproveitou para ganhar popularidade. Afinal porque esperar horas para ver algum filme quando você pode acessá-lo quando quiser a Netflix ou alguma plataforma similar? Além disso, ninguém quer assinar vários canais para ter acesso a apenas alguns que oferecem os conteúdos desejados.

Diante deste quadro, a TV por assinatura começa a mudar, se adaptando à nova realidade. Essa foi a conclusão do painel “TV por Assinatura – Tecnologia e Serviços na Era do Streaming”, moderado pelo diretor de engenharia de TV Digital da Claro Brasil, Cláudio Borgo, e que contou também com Javier Garcia,  Head of Sales for Latin America da Verizon, Gabriel Mandelbaum, CEO e co-fundador da Spideo, e Gary Brust, diretor de vendas Latin America & Caribbean da Irdeto.

Para os debatedores, com o crescimento dos serviços OTT (Over The Top), onde se enquadra a Netflix, por exemplo, a indústria de PayTV está em franca transformação, tornando-se um hub convergente de entretenimento, com mídias em diversos formatos, dispositivos e totalmente personalizada. E a personalização, com o conhecimento profundo dos usuários para oferecer aquilo que eles querem, fez a diferença, segundo Mandelbaum.

“Na Netflix o importante não é apenas o conteúdo. Eles conhecem cada um de seus usuários, sabem do que gostam e podem oferecer uma experiência individual. Quando você entende essa ideia e consegue monetizar isso as coisas mudam. E realmente estão mudando”, analisa. “Você precisa se engajar com o usuário, mas também é preciso ter uma explicação sobre os motivos dele estar recebendo suas sugestões e, para isso, é preciso levar em conta o aspecto humano”.