A TV 3.0 está chegando, mas até lá temos um razoável período de transição pela frente. Daí a iminência da TV 2.5, em que funcionalidades e limitações clássicas da televisão se integram a recursos interativos digitais, comumente atribuídos à internet.

O painel “TV 2.5: DTVPlay, HDR e Áudio Imersivo” no segundo dia do SET EXPO, discutiu esse meio termo, com destaque para o Áudio Imersivo, imagens com Alto Alcance Dinâmico (HDR, na sigla em inglês) e, principalmente, DTVPlay, que é a redução das barreiras que separam a TV convencional dos vídeos transmitidos pela internet.

Paulo Henrique Castro, da TV Globo deu alguns exemplos desse novo mundo. Um teste que a emissora vem fazendo consiste em oferecer uma notificação – na própria Smart TV – para o telespectador que acabou de assistir a um capítulo de série Órfãos da Terra na programação linear. Com um clique do controle remoto, ele poderá assistir ao capítulo seguinte, disponível somente no serviço sob demanda da emissora, o Globoplay.

“A ideia é que a migração da TV para o app seja cada vez mais imperceptível para o usuário. É uma união entre broadcast (TV) e broadband (internet), entre a TV digital e o sistema operacional da televisão”, afirmou “Isso não trará transtorno às pessoas que não possuem uma Smart TV, pois sua experiência seguirá da mesma forma como sempre foi”.

Também presente no debate, Marcelo Moreno, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, falou sobre a evolução da TV nos últimos anos e sua esperada integração à Internet das Coisas. Já Pat Griffis, da Dolby Laboratories, e Adrian Murtaza, da Fraunhofer IIS, falaram, respectivamente, sobre aprimoramento da qualidade da imagem (com o HDR) e novas possibilidades de customização do som da TV. São mais exemplos do que a TV 2.5 pode nos entregar.