Cobertura digital é destaque

Debatedores falam sobre Cobertura Digital pós-switch-off. Foto: Fernando Moura.

O segundo painel do SET SUL debateu a cobertura digital de TV em um estágio de desligamento do sinal analógico nas grandes capitais e regiões metropolitanas, e o switch-on de municípios contemplados na lista de SWO que ainda não possuem cobertura digital. A expansão do sinal digital para os municípios menores, cujas estruturas em muitos casos pertencem às prefeituras e necessitam também de melhoria significativa em infraestrutura, também foi abordada.

Washington Gasparotto, gerente de Tecnologia do Grupo RBS, moderou a sessão, que contou com a participação de Sérgio Martines, diretor executivo da SM Facilities; José Roberto Elias, gerente comercial da IF Telecom; e Rubens Vituli, diretor comercial da divisão de vídeo da SES.

Martines afirmou que o maior desafio passa pela redução de custos e pela otimização de recursos na sua palestra “CAPEX ou OPEX, compartilhamento e otimização: opções à cobertura da TV Digital”. Em sua opinião, o planejamento é essencial.

O executivo propôs um modelo de negócio que contraponha “cobertura x modelo”, já que o negócio passa pela “compra de serviços”, mas para isso precisamos “mudar o modelo de negócio com entregas de cobertura”, onde a cobertura “seja terceirizada”.

SET Sul 2017: painel sobre cobertura digital. Foto: Fernando Moura.

José Roberto Elias, na palestra “Projetos especiais para TVD: estudos de caso de sistemas irradiantes”, analisou os aspectos técnicos relativos às escolhas de diferentes tipos de antenas, suas influências em diagramas dependendo da instalação, levando-se em conta o máximo desempenho para o projeto.

Veja a Programação Completa do SET SUL 2017

Elias revisou os diversos tipos de antenas utilizadas em RTVD, com cases desenvolvidos pela IF Telecom nos quais o principal objetivo foi, em suas palavras, “buscar o perfeito balanceamento entre a potência do TX, ganho das antenas e perdas na linha de transmissão, visando economia de energia e melhor cobertura de sinal”.

Para Elias, o futuro pode passar pelo “compartilhamento, seja de site para Gap-filler em multi-estação que possam ser, por exemplo, instaladas no topo de um prédio com equipamentos simples e que podem ser transportados dentro de um elevador. Este projeto pode ser customizado com diagramas H. Desenhamos o diagrama do jeito que for necessário e mais benéfico para o cliente”, ou “de antenas compartilhadas na região da Avenida Paulista, em São Paulo que reduzem os custos dos broadcasters ao serem compartilhados os recursos”.

Dentro do tema, na palestra “Aplicação do satélite para colaboração com o switch-off da TV analógica, Rubens Vituli mostrou como os serviços tradicionais e as novas aplicações dos satélites podem vir a ajudar na distribuição da TV Digital no Brasil, levando-se em conta suas dimensões continentais e a realidade econômica do país no momento.

O executivo afirmou que a distribuição tradicional do broadcast era realizada por sistemas próprios e lembrou que, com o tempo, foi implementada a utilização de satélite para a distribuição de sinais de TV de forma global. Ele ainda mostrou como o satélite ajuda na distribuição de sinais de TV paga mediante a utilização de DTH para transmissão e distribuição de conteúdos.

Por Fernando Moura, em Curitiba (PR)