SET Sudeste 2018: Esportes, Filmes, Jornalismo e todos os Conteúdos em Todas as Telas

Da esquerda para direita Raimundo Lima, SBT; Gilberto Castañon, Globosat; Rodrigo Marti, SBT e Leonardo Cabral, TV Globo. Foto: divulgação.

O último painel do SET Sudeste 2018 reuniu um time de primeira linha, comandado por Raimundo Lima, diretor de Operações da SBT e diretor da SET, para falar sobre o conteúdo em todas as telas. Na pauta, em especial, as novidades para a Copa do Mundo, na Rússia.

“Por muito tempo, associamos a expressão “fazer televisão” a exibir os conteúdos que produzíamos num aparelho de televisão. Os tempos mudaram, agora temos que pensar em como distribuir toda a produção nas mais diversas telas disponíveis. O aparelho de televisão também ganhou novas utilidades, tornando-se a central de exibição de conteúdos vindos das mais variadas fontes”, descreveu Lima. “Com a introdução de tecnologias que levaram os aparelhos de TVs a um outro patamar, as grandes telas principalmente assumiram o papel protagonista no consumo de conteúdo nas nossas residências”, afirmou.

Rodrigo Navarro Marti, diretor de Multiplataforma do SBT, apresentou como a emissora está lidando com esses desafios. “Como o SBT está nas plataformas digitais? O SBT entrega aos seus espectadores um conteúdo voltado para a família e disponibiliza toda a sua programação nas plataformas online. Fizemos isso pois queríamos entender a nossa audiência e também porque era a maneira mais barata de fazer. Hoje, sabemos como a audiência funciona. Esta audiência online é complementar à audiência do canal aberto, tendo rejuvenescido o público do canal. Hoje, temos um negócio relevante através de venda de mídia nas plataformas digitais”, comentou.

Gilberto Castañon, diretor de Operações Produção da Globosat, explicou as características das produções da empresa, explicando que a estrutura é dimensionada de acordo com o objetivo do produto. “Fazemos produções simplificadas que quebram com o modelo tradicional de um evento ao vivo. Experimentamos isso na prática e aplicamos uma configuração de produção reduzida, mas que atende o propósito do produto. Inversamente, para garantir a qualidade, aplicamos toda a sofisticação possível de acordo com a necessidade. Acreditamos que a Copa do Mundo vai ser um paradigma para a produção UHD”, disse.

Leonardo Cabral, gerente de planejamento de Tecnologia de Esporte da TV Globo, explicou o uso das tecnologias de UHD na emissora. “Para a Copa do Mundo, a Fifa poderá entregar aos MRLs vídeo UHD 4K e áudio imersivo em 16 canais”. “Uma outra novidade é a Realidade Virtual: a Fifa entregará um sinal ao vivo com três câmeras para possibilitar uma experiência bastante imersiva. O conteúdo 360 será oferecido para os espectadores experimentarem lugares inusitados no estádio, como a entrada de um vestiário, por exemplo. A ideia é aproximar o torcedor da sua seleção, atingindo um público mais novo”, descreveu.

“O que o Grupo Globo está fazendo? Nós temos uma parceria com a NHK e esses grandes eventos são oportunidades de testar novas tecnologias. A NHK fará uma produção 8k, assim como fez no Brasil. Os testes estão sendo feitos por um grupo de empresas que estão super engajadas com alguns equipamentos que ainda são protótipos”, disse. “Também estamos focados na integração broadcast/broadband durante os testes 4k HDR a serem realizados com o ATSC 3.0”.

Texto: Carla Dórea Bartz