Primeira edição do Harmonic Day no Brasil

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Harmonic realizou, em São Paulo, um seminário para os seus clientes no país, com o objetivo de mostrar os principais produtos da companhia e de se aproximar do dia a dia dos broadcasters brasileiros

por Fernando Moura, em São Paulo

Para o Harmonic Day no Brasil, chegaram à capital paulista executivos da empresa que, acompanhados pelos responsáveis e pelos distribuidores da multinacional no país, debateram o futuro das estruturas IP nas emissoras de TV, durante um intenso dia de trabalhos.ed160_pag8_2
O Harmonic Day no Brasil teve como objetivo elucidar os novos desafios e tendências do mercado audiovisual aos participantes do evento, bem como apresentar a nova geração de soluções da marca aos broadcasters brasileiros, que puderam conhecer uma linha de produtos “desenvolvidos para serem utilizados frente aos novos desafios de Video Delivery”.
Durante a manhã, os executivos da Harmonic apresentaram os principais produtos da companhia, as suas funcionalidades, e como eles podem ser adaptados aos workflows das emissoras de TV brasileiras. O seminário teve como principais tópicos a forma de aumentar receitas por meio de novos serviços; o que fazer frente à migração para o UHD e à transição para fluxos totalmente IP; os novos conceitos frente ao consumo de vídeos em plataformas OTT; e a transição da produção ao vivo para a entrega de Video On-Demand.

Hertz Silva, Country Manager da Harmonic para o Brasil, afirmou que, com as mudanças de hábitos dos consumidores, faz-se necessário a mudança de fluxos de serviços de vídeo; a utilização de Multiscreen, Ultra-HD, e IP; assim como a virtualização dos ambientes de produção nas emissoras. “Com o avanço dessas tecnologias, novas oportunidades surgem para agregar valor à banda-larga, simplificar infraestruturas e maximizar as receitas”, frisou.

O seminário serviu para mostrar os produtos de ambas marcas em conjunto pela primeira vez no Brasil

O seminário serviu para mostrar os produtos de ambas marcas em conjunto pela primeira vez no Brasil

Fusão com a Thomson
Outro momento importante do seminário foi o da apresentação de como está sendo realizada a fusão da Harmonic com a Thomson, adquirida pela multinacional no início de 2016. Alguns novos produtos da empresa – que, após a incorporação, é um dos maiores players do mercado audiovisual – foram apresentados.
Ainda no período da manhã, desta-que para o Polaris, novo equipamento da companhia para automação de fluxos de produção. Assim, foi explicado o funcionamento do sistema de Playout da empresa. Outro produto destacado foi o Fuze-1, uma plataforma de edição e controle de Playlist.
Na parte da tarde, a sessão denominada “infraestrutura de vídeo de hoje e do amanhã” analisou o momento atual do broadcast e as tendências futuras em uma indústria que passa por grandes mudanças na sua estrutura de produção, captação e distribuição de conteúdos.
Kirssy Valles, diretora de Desenvolvimento de Mercado da Harmonic, abordou diversos conceitos sobre transporte de vídeo e falou de como as infraestruturas das emissoras estão mudando. “Os engenheiros de broadcast precisam se atualizar e pensar que o futuro esta aí”.
A executiva explicou a evolução do sistema de distribuição de vídeo da Harmonic e afirmou que, até 2019, a maior parte das infraestruturas Harmonic/Thomson passará por uma reconversão que as leve à virtualização. “Trabalharemos em plataformas com software-based que permitirão ter maior agilidade no desenvolvimento de serviços de contribuição e distribuição”.
“O futuro passa por uma melhor monetização da distribuição de conteúdos e, para isso, é preciso virtualizar equipamentos com aplicações de software que criem uma infraestrutura completa”, adicionou a diretora de Desenvolvimento de Mercado da companhia.

Executivos da Harmonic apresentaram os produtos e soluções da empresa no Harmonic Day em São Paulo

Executivos da Harmonic apresentaram os produtos e soluções da empresa no Harmonic Day em São Paulo

Virtualização
Para explicar melhor o conceito de virtualização, Kirssy mostrou como, hoje, a Harmonic e a TVN (Thomson Video Networks) já são uma única empresa que permite aos seus clientes unificar os workflows broadcast e multiscreen, criando uma plataforma que pode ser customizada de acordo com o conteúdo e as necessidades do usuário.
Um dos exemplos disso é o codec VQ Pure, que combina a expertise das duas empresas e permite, por exemplo, maior flexibilidade na hora de realizar codificação de vídeo. Outro dos pontos desenvolvidos foi o HEVC (High Efficiency Video Coding) e os seus desenvolvimentos, uma codificação que, segundo Kirssy, é fundamental para transportar ou codificar vídeo em Ultra Alta Definição (UHD).
A executiva falou, ainda, de TOTF (Transcoding On The Fly) e ressaltou que essa tecnologia vai avançar e se consolidar, porque a maioria das OTT tem muito tráfico de vídeo, mas usam pouca estrutura, e necessitam rentabilizar os custos de armazenamento e gravação que são muito altos para realizar cópias e ter grandes bibliotecas de VOD.
Esta tecnologia permite que a Harmonic/Thomson trabalhe associada a empresas como a Intel no desenvolvimento de um produto que combina CPU (Harmonic/Thonson) e os seus algoritmos. Unidos por MSDK, com um GPU da Intel, essa solução possibilita a aceleração de vídeo criando um A/V Processing Module.

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