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Prezados Associados e Colaboradores – SET Apresentamos uma coletânea de textos importantes para os profissionais do mercado de tecnologia de broadcasting. Pretendemos que atendam tanto as questões atuais quanto históricas. Também divulgaremos as contribuições da SET em grupos de trabalho e junto a órgãos governamentais.


WORKSHOP realizado na ANATEL discutiu as principais dificuldades enfrentadas pelos Serviços Auxiliares de Radiodifusão e Correlatos (SARC) em busca de soluções para o setor de radiodifusão

São Paulo, 28 de Abril 2015

SARC é responsável, como o próprio nome sugere, pela transmissão de grande parte do conteúdo em tempo real exibido pela TV aberta.
Dividem-se em:

  • Reportagem Externa, destinados a conexão entre equipes de reportagens em trabalhos externos com estações repetidoras ou transmissoras;
  • Transmissão de Programas, para a conexão entre transmissoras ou entre transmissor e estúdio;
  • Comunicações de Ordens Internas, destinados a corrigir e aprimorar a execução do Serviço Principal;
  • Telecomando e Telemedição, que possibilitam a execução de comandos e medições de forma remota ao transmissor.

Durante os últimos anos, o SARC vem enfrentando uma série de dificuldades, em especial a Reportagem Externa, como conseqüência da redução gradual do espectro que vem ocorrendo em contrapartida do grande aumento da demanda de transmissões ao vivo, tendência geral do Jornalismo, que vem gradativamente saindo dos estúdios e se transferindo para as ruas.
Outra grande dificuldade é a falta de uma canalização que possibilite que o serviço acompanhe a digitalização do serviço principal.

WORKSHOP
Tendo em vista essas dificuldades, foi realizado dia 14 de outubro do ano passado um workshop, que contou com o apoio da Anatel e a colaboração de engenheiros de diversas emissoras de TV, que puderam passar a sua vivência pessoal das dificuldades, levando situações práticas, que mostraram os problemas enfrentados por uma estação de televisão para colocar reportagens no ar.
Márcio Reis, do SBT e Francisco Sérgio Ribeiro, da TV Cultura, definiram as diferentes modalidades de SARC e a RpTV. Deisi Worsh, da RPC, detalhou a preparação de uma matéria de Reportagem Externa, da pauta até a entrada no ar, com vídeo ilustrando todo o processo. Também abordou a necessidade de regionalização do conteúdo, da cobertura ao vivo e da autorização de Reportagem Externa para as retransmissoras do interior.
Carlos Lobo e Josemar Cruz, da TV Globo, descreveram, com riqueza de detalhes, as dificuldades de operação da Reportagem Externa, no Jornalismo do dia a dia e dos grandes eventos, mostrando os problemas de interferência, os equipamentos mais utilizados, os equipamentos e serviços alternativos, com suas vantagens e desvantagens.
Adones Guerra, da TV Globo, mostrou a distribuição de frequências nas grandes capitais face à necessidade de espectro para a Reportagem Externa e a distorção existente na frequente adoção de uso temporário de espectro como solução para os problemas diários e eventuais.
Fabíula Andrade, da Band, apresentou as alternativas adotadas para alguns dos grandes eventos cobertos pela emissora, os problemas de interferência ocorridos e as soluções adotadas.
Novamente Francisco Sérgio Ribeiro, da TV Cultura, apresentou a solução adotada em 1992, estabelecida em acordo operacional firmado entre o Ministério das Comunicações e as emissoras da Grande São Paulo, de autogerenciamento das frequências de Reportagem Externa. Mesmo com os 400 MHz de largura de faixa disponível para o serviço na época, dificuldades já eram enfrentadas com o uso do espectro.
Francisco Peres, da TV Globo, apresentou as Propostas de Destinação de novas Faixas para Reportagem Externa em 2 e 3 GHz e da Canalização Digital para todas as faixas.
Fábio Fonseca, da Rede Vida, levantou os problemas existentes para o auto cadastramento e apresentou diversas sugestões para melhoria do tratamento das autorizações.

APRESENTAÇÕES PARA DOWNLOAD


Testes revelam interferências do 4G na TV digital que podem afetar milhões de televisores e SET propõe medidas preventivas

Entre elas, a revisão das especificações da Resolução no 625/2013 da ANATEL, que envolva exigências de adoção de medidas de mitigação por parte das operadoras de telecomunicações..

São Paulo, 13 de Fevereiro 2014

Por Assessoria de Imprensa

introdução dos sistemas de banda larga móvel 4G/LTE na faixa de frequência de 700 MHz poderá causar interferências prejudiciais em milhões de televisores, caso medidas adequadas de mitigação não sejam adotadas. A conclusão foi feita a partir de testes realizados durante sete meses pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, a partir de um convênio realizado com a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), e revelada hoje pela entidade, que também divulgou as principais medidas preventivas para evitar prejuízos de telespectadores e emissoras de TV.

Segundo o estudo, realizado pelo Laboratório de TV Digital da universidade e já submetido ao Ministério das Comunicações e à Anatel, a interferência prejudicial no caso da recepção de TV digital significará interrupção na recepção da programação, imagens congeladas ou tela negra. “Em todos os países que iniciaram a regulamentação para operação do serviço móvel celular em faixa adjacente à de televisão, as questões de interferência entre os serviços estão no cerne das discussões”, afirma Olímpio José Franco, Presidente da SET.

A Resolução 625/2013 da Anatel estabeleceu que o 4G/LTE ocupe a faixa de frequência de 698 a 806 MHz, que ficou conhecida como a faixa de 700 MHz, adjacente à de 470 a 698 MHZ que continua destinada no Brasil à TV aberta. Essa mesma resolução especifica parâmetros técnicos demasiado brandos para assegurar a convivência, porém vincula a licitação da faixa de 700 MHz, prevista para este ano, ao estabelecimento de um regulamento para a resolução das situações de interferências prejudiciais.

“Os resultados obtidos nos testes realizados pela Universidade Mackenzie mostram que, nos casos críticos, para preservar a qualidade da recepção do sinal de TV, é necessária uma combinação de diversas medidas de mitigação. Entre elas, alterações das antenas, adição de filtros nos televisores e nos transmissores LTE”, informa o presidente da SET.
Principais medidas

Além dos testes realizados, a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) vem estudando o tema da interferência e acompanhando os trabalhos na UIT e em outros países. Em 2013, trouxe para o Minicom e a Anatel uma rica interação com empresas e entidades reguladoras da França, Reino Unido, Japão, Austrália e Alemanha. Também promoveu dois seminários de grande profundidade técnica, que contaram com a participação do Ministério das Comunicações do Japão, do Minicom e da Anatel.

Toda essa atividade da SET levou a entidade a concluir que será necessária a revisão das especificações da Resolução no 625/2013 da ANATEL com a adoção de envoltórias mais rígidas, com limitações das emissões espúrias para propiciar a introdução da banda larga móvel em UHF sem causar um “apagão” de milhões de residências que dependem da TV aberta. Além disso, para não reduzir adicionalmente os canais destinados à televisão aberta, torna-se necessário aumento de banda de guarda entre os dois serviços.
Segundo a entidade, caberá também à Anatel criar requisitos técnicos e impor obrigações às operadoras de telecomunicações na operacionalização de medidas de mitigação que evitem as interferências sobre as recepções de sinais digitais dos televisores dos telespectadores.

Entre as medidas propostas pela entidade para permitir a convivência do 4G/LTE e da TV digital em faixas adjacentes está a revisão dos sistemas domésticos de recepção de TV, em sua ampla maioria frágeis e antigos. “A necessidade de reformular o parque doméstico de antenas de
recepção implica em custos expressivos, que ainda precisam ser calculados, e num enorme desafio logístico. Também impõe aos profissionais da SET a responsabilidade de apoiar o desenvolvimento de profissionais e a especificação de equipamentos adequados a essa tarefa”,
observa Franco.

TESTES DE INTERFERÊNCIA DO SINAL LTE NA RECEPÇÃO DE TV DIGITAL NA FAIXA DE UHF

RELATÓRIO DOS TESTES DE INTERFERÊNCIA DO SINAL LTE NA TV DIGITAL NA FAIXA DE UHF – Universidade Presbiteriana Mackenzie – Escola de Engenharia – Laboratório de pesquisas em Tv Digital