SET Norte 2019: IP como ferramenta para a produção ao vivo

José Antônio Garcia, coordenador do Grupo de IP e membro do Conselho Deliberativo da SET, apresentou um tutorial de como o IP pode e vem sendo utilizado dentro dos estúdios das emissoras e para produções ao vivo.

“A indústria de Tecnologia da Informação (TI) tem atingido velocidade suficiente para usar bandas para vídeo HDR, 4K e 8K. Foram lançados este ano, switchers de 400 GbE. São bandas que permitem em uma única fibra, um único meio de transmissão colocar vários canais de 4K e 8K, o que ajuda na instalação de uma emissora. E não só os switchers, os servidores estão atingindo níveis que garantem a boa performance”, afirmou Garcia.

Na sequência, o membro do Conselho Deliberativo da SET, elencou quatro razões para utilização do IP.

O primeiro motivo é a redução de cabeamento. Em seguida, vem o fato do formato agnóstico do IP, que permite liberdade de atuação. É possível trabalhar de forma mais flexível. A terceira razão, é entrar em outro mercado, no caso, o mercado de TI auxiliando e garantindo maior velocidade de desenvolvimento, o que é positivo para que as empresas de mídia adotem esta tecnologia. Por último, o fluxo de trabalho dinâmico, ou seja, variar ou alterar seu fluxo com facilidade e o fato de poder usar a virtualização para substituir hardware por software.

Garcia recomenda a utilização do IP “quando a emissora tem um grande reprojeto, expansão ou projeto novo; para fazer produção remota de conteúdos e para aquelas que são iniciantes no suporte 4K”.

Outro tema de destaque do tutorial foi a citação de dois padrões de IP. O primeiro citado foi o SMPTE ST 2022-6, utilizado pela Globo Recife, uma das pioneiras em adotar o IP. O segundo foi o SMPTE ST 2110 e seus tipos. O SMPTE 2110-10 está relacionado com todo o sistema. O 2110-20 refere-se ao vídeo ativo. O número 30 se relaciona com canais de áudio. E por fim, o SMPTE 2110-40 tem a ver com dados.