Debatedores do painel sobre o desligamento do sinal analógico de TV no Paraná. Foto: Fernando Moura / Revista da SET.

Moderado por Ivan Miranda, diretor regional da SET/RPC TV, o último painel do SET Sul 2017 contou com a presença de Marcelo Moraes Dias Lopes, diretor de Programação e Produção da RPC e representante da AERP; José Antônio Ribeiro Nascimento, gerente de Produção e Conteúdo da RICTV Record e representante da AERP; André Felipe Seixas Trindade, engenheiro de Comunicações da ABRATEL; e André Cintra, membro da Diretoria Técnica da ABERT.

Introduzindo o painel, Miranda afirmou que um dos desafios passa por “sensibilizar os telespectadores migrarem para o digital, um desafio que não pode ser encarado de forma individual, mas sim, um desafio que deve ser realizado em conjunto por todas as partes que integram a migração”.

O diretor regional do SET Sul acredita que o “trabalho com as associações” é fundamental ao processo. Os membros da AERP analisaram como o Paraná tem divulgado o switch-off e mostraram como fazer para que “não se perca público com o processo”. Para Marcelo Lopes, “é necessário realizar um trabalho conjunto”. José Nascimento também argumentou nessa linha e afirmou que a antecipação é fundamental. “O nosso desafio é ver o conjunto de acertos e situações que possam ser melhoradas fazendo um trabalho compartilhado”, ponderou.

Ambos lembraram que até 31 de janeiro de 2018 “precisamos estar juntos para poder fazer uma virada digital grandiosa”, nas palavras de Nascimento . Lopes frisou ainda que a ideia da AERP é “antecipar a distribuição dos Kits digitais tentando ter a pesquisa antes da data, não em novembro de 2017, para assim sabermos quando as pessoas estarão aptas para receber o sinal digital”.

“A nossa meta é chegar a 97% da população, por isso, formamos o comitê de comunicação para podermos dividir experiências, colocar sugestões de ações coletivas com as emissoras unidas pelo mesmo objetivo, o desligamento. Para isso, criamos uma campanha sincronizada entre todas as emissoras trabalhando junto para alcançar nossa meta, padronizando a campanha para evitar a confusão dos nossos telespectadores. Com uma única convergência, a de fortalecer o projeto”, resumiu Lopes.

André Trindade apresentou alguns exemplos dos desligamentos de Brasília e Goiânia. “Um dos problemas que tivemos foi que as pessoas pegaram o KIT, mas não instalaram, isso dificultou o processo”, lembrou.“Rio Verde nos mostrou que entregar KITs apenas para o Programa Bolsa Família não iria dar. Brasília foi o verdadeiro piloto. Na capital desligamos, com 91,83%, mas tivemos problemas na zona metropolitana”, acrescentou.

André Cintra parabenizou os membros da mesa pela proposta da AERP de desligar com 97%, mas afirmou que isso só pode ser possível se conseguirem antecipar as pesquisas. “Penso que o mais importante é a cobertura de sinal digital para TV Digital, com o pareamento de cobertura”, comentou.

Por Fernando Moura, em Curitiba (PR)