O Rádio é imortal e oferece oportunidades de mercado

Foto: Da esquerda para a direita – Cristiano Lobato Flores (ABERT), Luciano Costa Hoerbe (AGERT), Alexandre Barros (AERP), Marcello Corrêa Petrelli (ACAERT) | Créditos: Mario Ohashi/SET

O terceiro painel do SET Sul 2019 teve a temática Rádio: a tecnologia a favor do negócio  e contou com quatro participantes.

O moderador foi Cristiano Lobato Flores, diretor geral da ABERT. Ele iniciou a palestra exaltando as virtudes do rádio, como a força local, a interatividade junto ao ouvinte, a facilidade de encontrar a informação, seu dinamismo e velocidade.

“Essas virtudes podem ser potencializadas com os avanços tecnológicos no setor, mas não se deve perder o lado humano do rádio. Se analisarmos pesquisas como XP e IBOPE, elas nos mostram que a população jovem, 25 a 34 anos vem consumindo cada vez mais conteúdo radiofônico e isso é fácil de entender devido à credibilidade, análises e comentários de qualidade. Isso mostra como o rádio continua pujante”, afirmou Flores.

Foto: Alexandre Barros, Presidente da AERP | Créditos: Mario Ohashi/SET

O presidente da Associação das Emissoras Radiodifusoras do Paraná, Alexandre Barros, trouxe números que corroboram com a fala de Flores. De acordo com dados da SP Investimentos 85% da audiência vem do aparelho analógico, tradicional; 18 % de celulares e 4% no computador. Em  termos de local de consumo, 71% em casa, 21% em carros, 12% no trabalho e 7% em movimento (a pé ou de bicicleta, por exemplo). Ainda segundo a XP, o rádio é o meio de comunicação de maior credibilidade entre as pessoas: 64%. Enquanto, TV e jornal impresso tem 61%.

“Nunca tivemos tantos aparelhos de rádios para as pessoas escutarem. Precisamos produzir conteúdos de qualidade e educar o ouvinte para fazer uso das novas tecnologias. Talvez seja o melhor momento do rádio em toda a história. Isso tem que ser feito no ar e com os órgãos reguladores para que as plataformas sejam acessíveis ao nosso empresariado”, disse Barros.

Marcello Petrelli é presidente da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT). Para ele, o grande desafio das emissoras de rádio é se posicionar perante os consumidores, tendo em vista a existência de três gerações distintas.

“Os consumidores consomem e julgam de maneira diferente. Então, como reconstruir nossa imagem? Como iremos nos reposicionar? Pois tudo isso influência na credibilidade e confiabilidade dos recursos e dos serviços prestados”, questionou Petrelli.

Luciano Costa Hoerbe, vice-Presidente de Marketing da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT), finalizou as apresentações do painel destacando a importância de seres humanos capacitados para trazer soluções inovadoras para o segmento e que até a TV tem feito rádio.

“O rádio é imortal e maleável, consegue aderir facilmente a toda transformação tecnológica. A TV faz rádio. O Hora 1 é rádio, é uma estética de rádios populares, voltada para populações menos favorecidas”, concluiu.

 

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