Nota de pesar: falecimento de Antônio Carlos Castro D’Oliveira

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Antônio Carlos, Olímpio José Franco, Eliana G.V.Franco, Marlene Pimentel. Ao fundo da mesa, Alfonso Aurin .No lado direito : Roberto Salvi, Miguel Cipolla Jr, Herbert Fiuza e esposa. Foto tirada em Roma em Novembro de 1988. (Arquivo Pessoal Olímpio)

Faleceu no domingo (26), no Rio de Janeiro, Antônio Carlos Castro D’Oliveira, aos 80 anos de idade. Em sua longa vida como profissional de TV, destacou-se na instalação das antenas de transmissão, levando a TV aberta para o interior do país por mais de três décadas.

O engenheiro Hebert Fiuza, um dos primeiros diretores técnicos da Rede Globo, na década de 1960, define o profissional como uma pessoa que amava o trabalho e o fazia com grande maestria. “Mais do que uma obrigação, trabalhar era o seu “hobby”. Lembro das inúmeras vezes em que ele se envolveu de corpo e alma para realizar com êxito as nossas missões: a instalação da torre e da antena da TV Globo em Olinda; os testes de recebimento nos EUA da antena de polarização circular do Canal 4 do Rio; a instalação das antenas de recepção de satélites em todo o Brasil, para a formação da Rede Globo via Intelsat, são apenas três momentos inesquecíveis. Ele adorava mesmo era subir em torres e instalar antenas. Fez isso por todo o país, a vida inteira. Foi uma pessoa que fez diferença e isso é o que o caracterizou e ficará como lembrança e saudade”, destaca Fiuza.

“O Antônio foi um pioneiro da TV. Levou a TV aberta para o interior do país, nos anos 1970, 1980, até os 1990. Trabalhamos juntos nessa interiorização. Quando comecei, em 1979/1980, ele já era um ícone, com conhecimento e experiência. Subia em qualquer torre, instalava em qualquer condição. Tinha instinto eletrônico, até mais do que conhecimento formal. Quando me tornei executiva, em 1986, fui com ele a muitos lugares, em Pernambuco, Minas e São Paulo. Ele já era respeitadíssimo, por seu conhecimento e trabalho”, lembra a presidente da SET, Liliana Nakonechnyj.

Antônio Carlos era associado da SET, apoiador e frequentador dos Congressos e Feiras da SET. Ele também trabalhou em muitos outros projetos em diferentes emissoras e executava  trabalhos de campo de  orientações e instalações diversas. Mesmo recentemente realizou muitas instalações de TV Digital e não deixava de trabalhar. Tinha amor, energia  dedicação e motivação para  realizar com perfeição os projetos. Era autodidata e realizador. “Ele deixará saudades nos muitos amigos que conquistou durante décadas de trabalho”, lamenta o superintendente da SET, Olímpio José Franco.

A família informou que Antônio Carlos teve um infarto do miocárdio no domingo e, apesar de socorrido, não resistiu. O velório será realizado nesta sexta-feira (03), às 10h30 no Memorial do Carmo (área do cemitério do Caju, no Rio de Janeiro), onde depois será cremado.

A missa de 7º dia será na segunda-feira (06), às 18h, na Igreja e São Francisco (Rua São Francisco Xavier, 74, Tijuca), no Rio de Janeiro.