Desafios e oportunidades para o mercado televisivo

Painel discute os principais desafios do negócio da TV aberta. Foto: Tobias Ragonesi / SET

O penúltimo painel do SET Centro-Oeste 2019 foi moderado pelo diretor geral da SET, Olímpio José Franco. Com o tema,  Desafios na gestão, manutenção, operação e modernização de uma emissora de TV, ele selecionou perguntas sobre o atual momento do mercado televisivo.

Olímpio José Franco (centro) e os executivos de emissoras de TV Emerson Weirich, Carlos Cauvilla, José Frederico Rehme e Carolina Duca. Foto: Tobias Ragonesi / SET

Para responder, foram convidados Carlos Cauvilla, da Rede Anhanguera; Carolina Duca, da Rede Globo; Emerson Weirich, da EBC e José Frederico Rehme, da Universidade Positivo. Todos também integram diversas áreas da SET.

Confira as principais respostas:

Tecnologia

“A tecnologia deixou de ser uma área na empresa para se tornar a própria empresa”, Carolina Duca

“A área de tecnologia está sendo cobrada para viabilizar o negócio cada vez mais”, Emerson Weirich

“A engenharia não é o core do negócio. O desfio da diretoria técnica é fazer a tecnologia gerar resultado ou reduzir custos”, José Frederico Rehme

“Acho que o nosso core hoje em dia é a tecnologia. Estamos passando por um momento de transformação em que é necessário investir em tecnologia para criar novos modelos de negócios”, Carolina.

“Quem produz conteúdo de valor tem faturamento, a tecnologia transporta”, Olímpio José Franco

Infraestrutura IP

“Para a EBC, essa migração será gradual. Ainda há um debate interno sobre esta necessidade, visto que os investimentos são elevados. Vamos começar com algumas áreas específicas”, Emerson Weirich.

“Para nós, o investimento parte do seguinte tripé: obsolescência, sustentação e inovação. Na Rede Anhaguera, nossos planos de investimentos ainda estão voltados para obsolescência. Mas devemos olhar para a questão IP a partir do ano que vem”, Carlos Cauvilla.

“No caso da emissora Pai Eterno, não vale a pena para uma emissora deste porte investir em IP para depois mudar para outro padrão. Para nós, a pergunta é: o que agrega?”, José Frederico Rehme.

Uso da Nuvem

“Hoje já estamos com muita coisa na nuvem. Os sistemas corporativos já são realidade e são usados em larga escala. No caso de broadcast, ainda testamos soluções. O render, por exemplo, já é feito na nuvem. Hoje, a nuvem já é vista como uma extensão do ambiente de trabalho. Agora, faltam ser testados os sistemas críticos, como o playout, por exemplo”, Carolina Duca.

Switch-off da TV analógica

“O tema começou a ser discutido em 2006.  Todos conheciam o cronograma que, por sinal, foi adiado várias vezes. O desafio hoje é colocar responder se vale a pena investir no desligamento dos lugares mais remotos As soluções estão chegando”, Carlos Cauvilla

A força da TV aberta

“A audiência assiste o conteúdo de alguma forma. O conceito de TV está mudando: a TV é o que você quiser”, Carolina Duca.

“As novas gerações estão assistindo o conteúdo que a gente produz, seja TV ou não”, Carlos Cauvilla.

“O melhor lugar para assistir a um jogo de futebol ainda é a televisão.  As demais telas apenas complementam a experiência. Mesmo quem diz que não assiste TV, gasta muitas horas por mês na frente dela”, José Frederico Rehme.

Capacitação profissional

“Temos uma vasta quantidade de treinamentos técnicos online. Por isso, o maior desafio hoje é comportamental. Temos necessidades de profissionais com novos skills comportamentais, que tenham habilidades de comunicação, de negociação e consigam entender o lado do cliente”, Carolina Duca.

“Nossa equipe é bastante jovem e percebo uma diferença geracional. Quando contratamos hoje, tentamos identificar algum perfil. O comprometimento é uma das habilidades mais importantes”, Carlos Cauvilla.