Abratel discute com MCTIC o futuro da radiodifusão na faixa estendida

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O presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Márcio Novaes e o diretor geral da Associação, Álvaro Vasconcelos, se reuniram nesta semana com a Secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica, Vanda Nogueira, o assessor especial do Ministro, Dulcídio Oliveira e o chefe de assessoria, Moisés Moreira para pedir que a indústria já produza aparelhos de rádios com a tecnologia específica para faixa estendida.

A Abratel, preocupada com o futuro das rádios, solicitou que o ministério apoie e incentive a referida mudança para garantir a audiência das emissoras nos mais diversos meios, inclusive no celular. O Ministério informou que já tratou do tema com alguns representantes da indústria para que eles fiquem atentos a essa alteração, que é um marco histórico para a comunicação brasileira.

Para o presidente da Abratel, o objetivo da associação com relação às rádios FMs é trabalhar ao máximo para que a indústria se prepare a atenda as novas rádios que poderão ingressar na faixa estendida. “Vamos atuar junto ao Ministério, outros órgãos do Governo e à indústria, bem como a todos que estão envolvidos nesse processo para que possamos estar, o mais breve possível, preparados para recepção dessa faixa e ampliar o mercado e as oportunidades para o radiodifusor. Essa é a missão da Abratel a partir de agora”, enfatizou Novaes.

A secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica explica que a primeira etapa já está sendo realizada e deve ser finalizada em dezembro. “A segunda etapa será uma reanálise do espectro junto à Anatel para ver se conseguimos tirar algumas frequências de rádios nessa reavaliação, sem necessariamente utilizar a faixa estendida. E a terceira etapa é a faixa estendida, que foi deixada por último, porque nós precisamos chegar nela junto com o receptor. Eu não posso chegar antes do receptor, porque eu vou dar uma frequência para uma empresa que vai migrar sem que ela tenha ouvinte. Então nós estamos já trabalhando isso, junto com os fabricantes. A Abratel vai nos ajudar também, junto ao Ministério da Indústria e Comércio e junto ao setor como um todo, porque nós não podemos dar uma frequência que não será ouvida, nem utilizada pelo radiodifusor”, explicou.

A Migração AM para FM

Quase 1500 rádios AM, das 1781 existentes no Brasil, solicitaram a migração para o FM. Em uma primeira etapa, cerca de mil emissoras poderão operar na faixa atual de FM, de 88 a 108 MHz. As demais emissoras terão que esperar concluir o processo de digitalização da TV para liberação da faixa estendida, de 76 até 108 MHz. Ao migrar para a faixa FM, as rádios melhoram a qualidade do sinal de transmissão e passam a ser sintonizadas em dispositivos móveis.