ABINEE alerta que burocracia alfandegária pode parar o setor de eletroeletrônicos no país este semana

Fonte: ABINEE

Empresas associadas à Abinee já sentem os impactos do atraso dos desembaraços alfandegários de alguns aeroportos do País e podem parar suas linhas de produção ainda esta semana, em razão da falta de insumos e matérias-primas importadas. Os problemas tiveram início depois da edição pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de uma norma que obriga os auditores da Receita Federal  e fiscais que trabalham em aeroportos a passarem por revista física antes de ocuparem seus postos na aduana.

A medida tem provocado atrasos nos desembaraços aduaneiros, gerando prejuízos com paralisações de plantas industriais, além do aumento dos prazos e custos de armazenamento das mercadorias nos pátios da Infraero. Algumas associadas informaram à Abinee que, em alguns casos, o tempo de distribuição das mercadorias importadas passou de 2 para 15 dias, provocando aumento de custos de armazenagem em até seis vezes. Os aeroportos mais afetados, no caso do setor eletroeletrônico, são o de Viracopos e o de Guarulhos, ambos em São Paulo.

As empresas do setor eletroeletrônico trabalham no sistema just-in-time tendo, portanto, estoques reduzidos. Assim, atrasos na aduana comprometem as atividades, podendo facilmente paralisar a produção de grandes empresas.

A Abinee considera preocupante a demora do governo em resolver o assunto, que já se arrasta por mais de um mês. Segundo a Associação, é inadmissível que, em um cenário econômico em que se busca o aumento da produtividade e a desburocratização dos setores produtivos, haja tanta demora para solucionar um problema que impacta diretamente a indústria e outros segmentos da economia.