Workflow de jornalismo e produção integrado
O movimento que transformou os VTs analógicos e casseteiras automatizadas de fitas para videoservidores iniciou-se em 1990. Na ocasião criaram um grande desconforto e dúvidas sobre o que seria esta nova era tecnológica.
Processos assíncronos de TI aplicados à necessidade – exigida pelos broadcasters – da velocidade de notícias transmitidas em tempo real, foram um grande desafio e um grande risco para a indústria como um todo. Todavia, esta foi a única forma de se construir um caminho para que toda a indústria se movimentasse nesta nova onda de transformações tecnológicas. Atualmente, há mais oportunidades ainda por conta da possibilidade de criação de novos conteúdos em HD para o mundo televisivo, como a alta resolução na área de cinema digital, a proliferação de novas camcorders (com novos formatos e codecs) e a explosão dos diversos tipos e formas de distribuição de conteúdos. Alem disso, hoje em dia há vários ambientes de trabalho e equipes dispersas em vários lugares. O desafio de gerenciar e criar segurança na produção e no controle dos conteúdos continua crescendo. E, com ele, cresce também a importância do videoservidor. O que é um videoservidor? Desde o lançamento dos primeiros videoservidores, a indústria se preocupou em incorporar múltiplos canais de ingest e playout em um único sistema, e também definições de protocolos e “largura de banda” de rede, formatos diversos de vídeo, expansão de armazenamento, alta proteção de dados e, além de tudo, habilitar o sistema para compartilhar a edição em seu storage (arquivamento). Pensando nas expansões futuras, diversos fabricantes disponibilizaram SDK (Software Developer Kits) para desenvolvimento por meio de outros fabricantes de software de soluções integradas ao seu sistema original, tais como softwares de automação, encoder automático, etc. Estas características aceleraram muito a aceitação da tecnologia pelos broadcasters, transformando o videoservidor não apenas em mais um “Black Box” dentro da estrutura de TV, mas numa solução integrada visando expansão futura, tal como media asset management, archiving, edição compartilhada, compatibilidade do ingest ao play out, e ainda a integração com as diversas emissoras de uma rede. Segurança A adoção de infra-estrutura baseada em TI tornou-se muito difundida nas operações de broadcast, o que deixou estas operações mais seguras, mais poderosas, mais estáveis e maduras. Hoje o problema com a confiabilidade em missões críticas, como é o caso das operações broadcasts, pode ser resolvido de maneira muito rápida e melhor do que antigamente. Pensando na realidade do Brasil, as emissoras de médio e pequeno porte talvez tenham dificuldades de investir milhões de dólares em um sistema de exibição, edição compartilhada e segurança. Pois, fora este problema, há a preocupação com os transmissores, captação, planta digital e a operação paralela entre o mundo analógico e digital. Mas, apesar da limitação do budget, estas emissoras possuem as mesmas necessidades para melhoria da operação, tais como: Quase todas as características citadas acima estão incorporadas em soluções de diversos fabricantes, tais como Grass Valley, Harris, AVID e Building 4 Media. Todavia, o que impacta mesmo é o investimento, no caso das pequenas e médias emissoras. Diante disso, existem várias alternativas tecnológicas que garantem a total integridade dos dados – com alto nível de segurança – numa estrutura que pode começar pequena e, ao longo do tempo, em função do budget e da necessidade das expansões, ser feita sem muitas novas intervenções na rotina, apenas adequando-as às necessidades futuras. Por fim, há muitos benefícios com estes novos modelos de plataforma de controle em todo o processo, da produção de mídias à exibição. Benefícios que incluem redução de custos, agilidade no processo, melhoria no processo criativo – por evitar trabalhos repetitivos que passam a ser automatizados -, alta segurança, melhor utilização dos recursos, confiabilidade, arquitetura flexível e, principalmente, escalabilidade. |
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O Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), em reunião realizada no dia 24 de novembro de 2008, elegeu e empossou, por unanimidade de votos de seu Conselho Deliberativo, Frederico Nogueira como novo presidente e Roberto Barbieri como vice. Nogueira assume o posto deixado por Roberto Franco, presidente do Fórum no período de 2006 a 2008, que passa a fazer parte do Conselho Deliberativo como representante do setor de radiodifusão. “Consideramos de fundamental importância o processo de renovação. E, na condição de conselheiro, poderei fazer muito pela TV Digital no Brasil”, observa o ex-presidente. Vice-presidente do Grupo Bandeirantes, Frederico Nogueira atua há 25 anos na indústria da comunicação. Ele também é vice-presidente da Associação Brasileira dos Radiodifusores (ABRA) e presidente da Associação Brasileira de Televisões em UHF por Assinatura (ABTVU). Nos próximos meses o principal destaque da agenda do novo presidente é a definição do middleware Ginga. Empossado no dia 24 de novembro, o novo Conselho Deliberativo do Fórum é formado por: Almir Ferreira da Silva (Telavo); Carlos Fructuoso (Linear), Carlos Goya (Sony); David Britto (Quality Software); Dilson Suplicy Funaro (LG), Fernando Bittencourt (TV Globo), Frederico Nogueira (Grupo Bandeirantes); Guido Lemos (UFBP); José Marcelo do Amaral (Rede Record); Marcelo Knörich Zuffo (USP), Roberto Barbieri (SempToshiba); Roberto Franco (SBT); e Walter Duran (Philips). Desafios Apesar de entender que levar o SBTVD para fora do país é importante, Olimpio Franco lembra que, antes disso, a prioridade continua sendo o Brasil. “Não adianta vender algo lá fora se não vai bem aqui dentro. Mas a promoção internacional é importante para aumentar a escala de usuários, tanto de equipamentos de transmissão como de recepção”. presiDente Do fórum sbtvD Frederico Nogueira, da Bandeirantes, comandará o Fórum SBTVD nos próximos dois anos |
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Revista da SET – ed. 104 |