A visão de especialistas sobre a NAB 2009
Revista da SET – ed.107 | |
ESPECIALISTAS DA SET CONTAM O QUE VIRAM NO EVENTO
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Como não poderia ser diferente, apresentações na NAB foram fundo nas inúmeras possibilidades que os novos equipamentos proporcionam
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*Roberto Perrone
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É certo que, em tempos de crise, foi visível a queda no número de participantes da NAB 2009, que aconteceu entre os dias 18 e 23 de abril em Las Vegas, nos EUA. Mas não por isso o evento deixou de ser grandioso, afinal congrega perto de 100 mil pessoas e 1,6 mil empresas expositoras. Também não deixou de apresentar palestras de altíssimo nível. Na abertura da feira, o presidente da National Association of Broadcasters (NAB), David Rehr, lembrou que enquanto o Rádio era ameaçado pelos tocadores de mp3, houve uma revolução com milhões de investimentos para o meio se tornar digital. O maior evento global de radiodifusão do planeta apresentou tudo que se pode imaginar em termos de novas tecnologias para o setor, da TV ao Radio, das diferentes formas de transmissão às variadas maneiras de produzir de conteúdo. Mostrou, por exemplo, que PC e as redes IP juntos significam flexibilidade; mas que empresas de pesquisas buscam uma solução única para dispositivo de TV portátil. Ou seja, a situação ideal seria uma pessoa sair viajando com sua TV de bolso pelo mundo, usando-a em qualquer lugar. Foram muitas as considerações sobre recepção portátil, entrega de conteúdo e características de transporte e sinalização do sinal. Também foram abordados assuntos como a adoção do H.264 e wokflow digital, destacando MAM, SOA e virtualização. Mas também aconteceram apresentações nas quais se discutiram estudos, métricas e soluções para a implementação de um controle de qualidade de sinal para radiodifusão. Outro tema muito comentado foi o da tecnologia para a produção e transmissão em 3D, que se posiciona como evolução natural da Alta Definição. A partir de agora, você leitor poderá acompanhar não só a cobertura das conferências, mas também um desfile de opiniões de especialistas associados da SET, depoimentos, participações de inúmeros brasileiros que estiveram em Las Vegas – aliás, segundo as estimativas, algo em torno de 1.300 participantes, seguramente uma das maiores delegações. Acompanhe.
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AMADURECIMENTO E TENDÊNCIAS | ||||||||
*Liliana Nakonechnyj
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Atenta aos detalhes, a presidente da SET, Liliana Nakonechnyj, faz uma avaliação positiva da NAB 2009 que, mesmo sentindo a crise, foi um evento consistente. “Mostrou o amadurecimento de várias tecnologias e várias tendências tecnológicas e de serviços”. Para ela, o evento SET e Trinta foi sucesso absoluto, a exemplo da participação brasileira, em que relata que o português rivalizou com o inglês nos corredores do evento. Veja a seguir a opinião de Liliana sobre a NAB 2009.
Balanço SET e Trinta Participação Brasileira Contribuições/Tendências Sugestões Para o próximo |
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*Alberto Deodato Seda Paduan
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A organização da NAB 2009 divulgou no seu site que 83.800 pessoas haviam se registrado para visitar o evento, um número cerca de 20% abaixo da visitação do ano passado. Ao vivo, deu para perceber que uma boa porcentagem desse total não apareceu. Houve pessoas arriscando um palpite de mais de 20% de ausência, mas o balanço final mostrou-se um pouco superior. A tabela ao lado coloca esse número, em média, bem próximo de 25%. Isso pôde ser notado até mesmo na sala de imprensa, onde o movimento de jornalistas é habitualmente bem maior do que esse que pode ser visto na foto e onde deveriam estar em constante revezamento uma parcela mais expressiva daqueles 1.246 profissionais inscritos, segundo informação também da organização do evento. Os números relacionados especificamente aos eventos organizados pela SET também sentiram os efeitos da “crise”, como podemos observar nas tabelas comparativas a seguir. O encontro SET e Trinta sofreu uma redução de adesões de 33%, mantendo, porém, o costumeiro elevado nível técnico das palestras. Também ficou próxima dos 30% a queda do número de participantes da delegação brasileira. O registro para a visitação à feira realizado por meio da SET caiu 72% em relação ao ano passado. A visitação à Sala Brasileira, no entanto, teve uma queda de apenas 10%, o que garantiu a total e constante ocupação dos sete pontos de internet que foram disponibilizados aos freqüentadores e uma aconchegante movimentação de brasileiros que encontravam ali espaço e tranqüilidade para um merecido descanso e troca de informações. A tecnologia Sob o tema “Where Content Comes to Life”, algo como “Onde o Conteúdo Ganha Vida”, não deu para perceber muitas novidades em termos de avanço das tecnologias existentes, nem mesmo de “conteúdo”. As câmeras, os gravadores e os transmissores digitais e até os sistemas de iluminação foram bastante melhorados, mas houve muito pouca inovação. Alguns fabricantes como a Panasonic, a Sony e a Grass Valley se destacaram com algumas inovações em seus produtos. Ainda fala-se muito em TV digital e Rádio digital, com muita propriedade por sinal, mas já sem muita ênfase. Foi possível notar que os entusiasmos estavam mais dirigidos aos softwares dedicados ao broadcast e aos prazos definidos para o Analogue Shut-Off (desligamento definitivo dos sistemas analógicos) nos Estados Unidos e Europa, do que aos equipamentos. Ouviu-se bastante, ao longo daquele imenso espaço repleto de expositores e um tanto quanto vazio de visitantes vindos dos quatro cantos do mundo, sobre os sistemas de TV- 3D que, na verdade, se revelaram vedetes da feira. Com ou sem óculos polarizadores, esses sistemas mantinham os estandes com boa frequência. Quanto às curiosidades tecnológicas, quem viu nunca mais se esquece do Sistema de Televisão de Ultra-Alta Definição – ou Super Hi-Vision – que vem sendo apresentado nas feiras de equipamentos pela NHK Science and Technical Research Laboratories instituto de pesquisas da NHK) desde 2006. Trata-se de um sistema de altíssima qualidade de imagem com resolução de 32 milhões de pixels (7.680 x 4.320) apresentado numa tela de 600 polegadas, com um ângulo de visão de cerca de 100 graus e acompanhado de um sistema de áudio de 22.2 canais, suficientes para transportar o espectador boquiaberto para dentro da tela. Depois de longas e exaustivas caminhadas sobre os vários quilômetros de carpetes para visitar os cerca de 1.600 estandes da mais badalada feira de broadcast do mundo, não dava para esconder as fisionomias cansadas, porém contentes dos romeiros da tecnologia. Outro fato que não deu para passar despercebido: nunca se ouviu tanto o idioma português dentro do Las Vegas Convention Center como nesse ano. Dizem que havia cerca de 1.100 brasileiros visitando a feira. Acredito nesse número, mas acho que a ele devem ser agregados os não brasileiros que estão, seja por qual for o motivo, procurando falar cada vez melhor o português e elogiar o Brasil. Será que tem alguma coisa a ver com o nosso ISDB-TB ? Resumindo o meu ponto de vista, pouca novidade, nem tanta gente, um relativo sucesso.
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*Supervisor de Projetos da TV Cultura de São Paulo
Vice-Diretor Editorial da SET Diretor da Adeseda-Consultoria, Projetos e Instalações e-mail: [email protected] |
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*Ana Eliza Faria e Silva | ||||||||
Todos que visitaram a NAB 2009 buscando avaliar tendências para a TV digital ouviram em alto e bom som a resposta das empresas exibidoras do NAB 2009: mobilidade. Se até mesmo o ATSC mudou seu logo para ATSC: Mobile DTV, não é de se estranhar que mais de 17 horas de palestras foram especificamente dedicadas ao tema, antes considerado tabu em solo americano. Especificamente, o primeiro dia do NAB foi dedicado à nova tecnologia ATSC-M/H. Antes que surja a pergunta, a última parte da sigla significa “Mobile and Handheld”. Embora esse não seja o primeiro padrão americano que se propõe a utilizar as ferramentas de radiodifusão para dispositivos móveis e portáteis (lembram-se do MediFlo?), era para o M/H que estavam voltadas todas as atenções das emissoras americanas. ATSC-M/H é uma resposta à demanda que nasceu das próprias emissoras e que enxergam na nova tecnologia uma oportunidade para oferta de conteúdo local a terminais portáteis sem a necessidade de espectro adicional. Trata-se de uma proposta similar ao DVB-H, originado da Europa com a promessa de criação de multiplexação de serviços DVB-T e DVB-H, e que, até o momento, não foi muito bem-sucedido na Europa. Os americanos, ao contrário, estão muito otimistas e planejam lançar a televisão móvel em 27 mercados e cobrir 38% da população até o final do ano, com número de serviços distintos e, consequentemente, qualidade distinta em cada mercado. Confiante no apelo do serviço móvel também está David Rehr, presidente do NAB (National Association of Broadcasters) que tem a expectativa de que a receita publicitária móvel renderá bilhões de dólares em anúncios e bilhões de dólares em lucros. A NAB espera que as vendas de terminais móveis – que permitem a recepção do novo sistema – totalizem 25 milhões de unidades até 2012. Ganhos de escala Em resumo, o aumento da robustez do sistema, necessário para a recepção móvel, é obtido pela adição de seqüências de treinamento e códigos corretores de erro. A banda total necessária para o serviço móvel depende da combinação entre número de programas, nível de qualidade e robustez. Para a conversão do sistema atual em dois streams, sem alterar as características espectrais, alguns dos segmentos existentes no sistema atual passam a receber os payloads móvel e portátil de tal forma que os receptores existentes apenas descartam essas informações. Esses dados são transferidos utilizando técnicas de time-slicing similares às empregadas pelo DVB-H, com o objetivo de diminuir o consumo de bateria dos receptores. O receptor sintoniza em um serviço, ou seja, em um pacote de streams IP transmitido por meio do multiplexador e gerenciado por um quadro de horários. Esse serviço pode conter um entre dois tipos de arquivos: (1) arquivos com conteúdo de vídeo e dados; (2) arquivos com porções do serviço eletrônico de programas baseados na solução BCAST da OMA (Open Mobile Alliance). Esse guia de serviço também pode ser distribuído por uma conexão em separado caso o terminal possua canal de retorno. A utilização do canal de interatividade está baseada no mesmo princípio da padronização brasileira, no qual qualquer canal de retorno disponível poderá ser utilizado. Open Mobile Video Coalition Por enquanto, trata-se ainda de um padrão candidato (ATSC A/153), mas o sistema já está ganhando mercado através da OMVC (Open Mobile Video Coalition). A OMVC foi formada a partir de uma aliança entre radiodifusores com a missão de acelerar o desenvolvimento da televisão móvel nos Estados Unidos. A aprovação dessa proposta de padrão deve ter início em final de maio e deve ser concluída até setembro de 2009. Mobilidade no Mundo Ainda é cedo para afirmar se, de fato, o novo sistema será bem sucedido. Baseado na experiência asiática e brasileira é de fato esperado que os serviços móveis gratuitos tenham grande apelo entre os consumidores. No Japão e Coréia, que lançaram o serviço há mais tempo, os números são expressivos: 40% dos celulares japoneses têm receptores one-seg (gratuito) e 10 milhões de receptores coreanos tem capacidade de recepção do sistema gratuito T-DMB, contra apenas 1,3 milhões de receptores do serviço pago S-DMB. Contudo, para os radiodifusores a televisão móvel gratuita ainda não gerou novas receitas e, ao mesmo tempo, conteúdos especialmente idealizados para mobilidade, como clipes curtos com notícias, esportes e músicas ainda não foram produzidos. A exceção fica por conta da NHK, que pretende lançar até o final do ano um serviço de televisão especialmente dedicado à mobilidade. Na visão americana, o serviço gratuito é uma forma de atingir o maior número de pessoas possível e os lucros são gerados pela oferta de serviços ancilares, como dados e conteúdo sob demanda. Compressão de Vídeo A francesa Ateme, líder em soluções de compressão e software, mas ainda pouco conhecida como fabricante de codificadores, foi a única a apresentar solução de compressão H.264 em alta definição baseada em resolução de 10 bits para um melhor desempenho em transições suaves de luma e croma. A Grass Valley incorporou definitivamente a linha ViBE, originária da Thomson, e apresentou solução para compressão HD com resultados de qualidade surpreendentes a 4 Mbps. O mais recente desenvolvimento para a família ViBE é o transcoder que provê conversão direta entre diferentes taxas e algoritmos de compressão para formatos em SD e HD, e com flexibilidade entre MPEG-2 e H.264. A Fujitsu também se destacou por apresentar solução de compressão de alta definição H.264 com formato de amostragem de croma 4:2:2. Além da qualidade do vídeo mostrada no estande, o produto é atrativo por oferecer compatibilidade com a compressão no formato 4:2:0. A funcionalidade é interessante, pois permite que o sistema de compressão seja atualizado sem a necessidade de viabilizar simultaneamente todo o parque de receptores.
A Harmonic também ampliou seu portifólio de produtos. A aquisição da Harmonic permitiu concentrar recursos de pesquisa na otimização da compressão H.264 e oferecer solução de IRD para aplicações de distribuição via satélite: DVB-S ou DVB-S2. O Divicom Electra 8000 permite a codificação simultânea de até quatro sinais em perfis diferentes (HD, SD ou resolução reduzida para aplicação portátil) otimizando custos em aplicações de TV digital por agregar em um único chassis a compressão para o serviço full-seg e para o one-seg; A NTT trouxe pela primeira vez um IRD H.264 e o novo encoder MPC1010 que comprime vários streams MPEG-2 simultaneamente. Os novos produtos se agregam ao portfólio existente de soluções de compressão SD/HD em 4:2:0 e 4:2:2 e transcoding H.264/MPEG-2. Na Tandberg, empresa do grupo Ericsson, surpreendentemente o foco continua no MPEG-2. O desenvolvimento de comparações e processamento que viabilizou a compressão H.264 foi trazido de volta ao MPEG-2 onde a otimização, em cerca de 15 a 20% na qualidade final, é obtida por força bruta com cerca de 33 testes em paralelo. Tecnologia O Laboratório de Pesquisa Técnica e Científica da NHK demonstrou uma versão futura de sistemas 3D autoesterioscópico (sem óculos), que oferece uma imagem com características de holograma. Para obter tal efeito, uma câmera Super High Vision de 32 Mpixels é utilizada para transferir imagens a um conjunto de lentes cilíndricas (140 por 120), a qual busca gravar uma aproximação da onda do objeto. O NICT (Instituto Nacional de Informação e Comunicação) mostrou um sistema de interação multi-sensorial, no qual mesmo na ausência do objeto real é possível tocar e escutar o objeto virtual como no mundo real. Mostrou também a proposta de desenvolvimento da comunicação virtual 3D baseada em holografia. Os dois receberam, de maneira merecida, o prêmio de inovação tecnológica do NAB em reconhecimento aos projetos de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias de comunicação. |
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*Gerente de Engenharia TV Globo Membro do comitê editorial da SET |
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MOMENTO COMPLEXO E DESAFIADOR | ||||||||
*Daniel Pimentel Slaviero
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A NAB 2009 não escapou à crise econômica internacional. Com a participação de 83 mil pessoas, a principal feira da radiodifusão do mundo recebeu um público cerca de 20% menor que na edição anterior. Observou-se também a redução da presença de empresas como re- flexo do atual momento. A delegação brasileira, no entanto, foi neste ano pouco menor que em 2008, e chegou a 1,1 mil profissionais, demonstração de que os efeitos da crise não foram tão graves no Brasil – e no setor da radiodifusão – como observamos nos Estados Unidos. Mas os debates transcorridos na NAB foram muito além da preocupação com a situação econômica atual. Discutimos o presente e o futuro dos meios de comunicação, a convergência tecnológica, a relação das mídias tradicionais com a internet, a TV digital e a mobilidade, e os novos caminhos do rádio com o processo de digitalização. Em relação às novas formas de distribuição de conteúdo, como a internet, uma das principais idéias apresentadas na NAB é a de que, antes de uma ameaça, a rede mundial representa uma grande oportunidade aos meios tradicionais. Apesar dos riscos, a internet deverá abrir uma nova legião de ouvintes e telespectadores para as nossas rádios e televisões. Além disso, temos outra vantagem competitiva poderosa: a credibilidade dos produtos oferecidos pelas emissoras. Outro destaque foi a discussão sobre a mobilidade no padrão americano de TV digital. Em seu discurso, o presidente do evento David Rehr disse: “O próximo grande avanço tecnológico da televisão nos EUA é a mobilidade. Precisamos estar em todos os aparelhos móveis, celulares e notebooks”. Recurso da Mobilidade Enfim, a NAB 2009 contribuiu para as reflexões de todos nós que vivemos este momento complexo e desafiador, de intensas transformações tecnológicas, que eliminam fronteiras entre os meios de comunicação, tornam mais veloz o acesso a informações e redesenham, pouco a pouco, a maneira de fazer negócios. |
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*Dante Conti | ||||||||
A edição de numero 63 da conferência anual de engenharia de broadcast da NAB, realizada entre 18 e 23 de Abril, no Las Vegas Convention Center, não poderia ter sido melhor para os participantes aficcionados por transmissão – como é o meu caso. Durante o final de semana um mix muito rico de sessões técnicas orientadas pelos vetores TV digital e HDRadio monopolizou os temas das palestras oferecidas, porém apresentando uma característica ímpar nesta edição da conferência, em que abordagens multidisciplinares de aplicação, solução de problemas e desenvolvimento de novas tecnologias estiveram simultaneamente presentes nas 24 sessões temáticas da conferência durante os seis dias do evento. Deve-se atentar que, do universo das 1.800 estações analógicas de TV nos EUA que receberam o seu par digital, até a presente data aproximadamente 50% destas estações já foram desligadas e, na prática, os resultados da TV digital “estão no ar” acompanhados dos previsíveis desvios de desempenho quanto à cobertura digital, duplicação do serviço analógico e a (in) satisfação dos telespectadores em várias praças. Investigação Técnica Para endereçar o “status quo” acima, tivemos palestras tratando da situação corrente da transmissão de TV digital nos EUA e a próxima onda ao redor da implantação de repetidores digitais de baixa potência (LPTV); palestras tratando da implementação de TV móvel com resultados de campo; da melhoria de cobertura pelo emprego de novas topologias utilizando repetidores no mesmo canal e reforçadores de sinal (boosters); da escolha de antenas e de polarização para transmissão DTV; e palestras abordando as características dos receptores para TV móvel e a proposta ATSC M/H dentre outros assuntos. FM+IBOC O programa dedicou uma quantidade muito abrangente de palestras para endereçar esta situação, tratando desde os testes de campo de emissões IBOC empregando solução 1 ou 10%; da utilização (novamente) de transmissores a válvula para níveis elevados de injeção IBOC; dos esquemas de combinação para níveis elevados IBOC; palestras sobre antenas e seus requisitos de isolação necessários para operar com níveis elevados IBOC e sobre arquitetura de redes de freqüência única para emissão FM+IBOC dentre outros assuntos. Para obter os anais neste ano mais completo e contando com a maioria das palestras apresentadas na conferência, pode-se acessar www.nabstore.com. |
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*Diretor-executivo da Trans-Tel e membro da diretoria da SET email: [email protected] |
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*Emerson Weirich | ||||||||
Em grande parte, as conferências e palestras do NABShow 2009 envolveram como assunto principal os desafios e oportunidades para distribuir conteúdo audiovisual nas diversas plataformas digitais. O objetivo deste artigo é apresentar, de forma resumida, os conceitos discutidos nestas conferências e palestras. Esses debates têm o propósito de entender a evolução do conteúdo de vídeo para multi- plataformas simultâneas, alcançando os consumidores de forma inovadora e, talvez, modificando os padrões da indústria de mídia. A causa deste novo cenário de mudanças é o crescimento de dispositivos eletrônicos que tocam mídia de vídeo, sendo que grande parte deles está conectado na Internet, ou seja, tem facilidade para acessar, assistir e compartilhar conteúdo. A televisão hoje é apenas mais um dos dispositivos eletrônicos com vídeo, que incluem celulares, handhelds, games, computadores, DVRs e outros. Os desafios técnicos são a armazenagem em multi-formatos, a transcodificação e o gerenciamento de mídia. Isto tudo está mudando o conceito tecnológico de distribuição de conteúdo audiovisual da televisão broadcast, ou seja, o conhecido modelo de “um para muitos”. No novo modelo tecnológico o telespectador está mais no controle daquilo que ele vê. É o conceito Anything-Anytime-Anywhere-AnyScreen, isto é, todo e qualquer conteúdo disponível em qualquer tempo, em qualquer lugar e em qualquer tipo de tela. As discussões vão das soluções tecnológicas até os modelos de negócio que podem ser modificados. A Internet com certeza é o meio de distribuição alternativo de conteúdo com maior quantidade de dúvidas e, aparentemente, o de maiores possibilidades. A pergunta é: “quando a Web realmente afetará o negócio de TV em radiodifusão convencional?” a resposta que mais se ouviu na NAB 2009 foi “Maybe never, maybe soon”, quer dizer, talvez nunca, talvez logo. Concretamente, em uma das conferências do Content Distribution Forum, durante a NAB 2009, foi apresentado um estudo da forma que atualmente os americanos assistem vídeo por faixa de idade. Nesta pesquisa, é possível ver que o jovem americano ainda tem como meio principal de vídeo o hábito de assistir ao televisor convencional (64%). E também as pessoas acima de 61 anos aprenderam a assistir vídeo no celular (9%). Porém em todas as idades, atualmente o televisor convencional continua sendo o meio mais utilizado. naB 2009 Na batalha entre Internet e TV convencional, outra pesquisa interessante no mercado americano foi comentada. Cerca de 15% dos americanos costumeiramente assistem TV utilizando o lap top no colo. Desta forma, pesquisam na rede sem-fio as informações pertinentes ao conteúdo que estão acompanhando na transmissão da TV de forma simultânea tornando-se, assim, Internet e TV convencional, meios complementares de informação. A meta tecnológica é ter o mesmo conteúdo disponível para várias plataformas. Porém, não é simples na prática e exige sempre uma tarefa extra, já que o conteúdo pode até distorcer em outra plataforma. Dúvidas simples e sem muitas conclusões, como, por exemplo, se é possível ajustar uma mesma cena e grá- ficos para serem vistos ao mesmo tempo na sala em uma tela de 50 polegadas de um LCD e em uma tela de 2 polegadas de um celular. Uma maneira de trabalhar é armazenar várias versões do mesmo conteúdo com múltiplas resoluções, múltiplas taxas e formatos de compressão, conforme o caso dos dispositivos de acesso. Porém, isto não funciona com vídeos que devem ser entregues ao vivo e dependem de transcodificações o mais próximo do tempo real. A transcodificação de vídeo, eficaz e rápida, é especialmente importante em distribuição multi-plataforma que irá utilizar diferentes padrões de compressão, como MPEG-2, MPEG-4/H.264 ou Flash, conforme o meio de transmissão: redes de TV a Cabo, satélite, transmissão terrestre, transmissão móvel, transmissão por Internet, IPTV. A distribuição de áudio e vídeo na Internet está crescendo rapidamente. Um dos grandes problemas técnicos é atender eficazmente a demanda do grande número de acessos simultâneos em horários de pico. O desafio, então, é como entregar um serviço de qualidade de vídeo em banda larga para um grande número de usuários. A entrega de conteúdo digital na Internet é feita na grande maioria das vezes em multicast na Internet (transmissão de informação para alguns destinatários simultaneamente) e somente é eficiente quando o número de usuários acessando é limitado. No multicast, a banda de rede requerida é aumentada em cada acesso, ou seja, existe um limite prático e econômico neste modelo de serviço. Desta forma, o multicast na Internet não é factível para acesso a programas real-time pelas limitações da banda de acesso da Internet e pela capacidade do sistema. Tecnologias alternativas para distribuição de áudio e vídeo na Internet são as Redes Peer-to-Peer (ou P2P), uma forma de download ou streaming de mídias para qualquer número de usuários simultâneos existentes. Este tipo de rede espalha a carga, já que cada cliente compartilha os dados com outros clientes, reduzindo o afunilamento de dados em servidores centrais. Nas Redes Peer-to-Peer, na teoria, o tráfego fica distribuído por toda a rede e a capacidade do sistema aumenta com o aumento da demanda. Atualmente são vários os serviços já implementados na Internet e que tem demonstrado o potencial das Redes Peer-to-Peer. Apesar disso, é uma tecnologia ainda em desenvolvimento, pois ainda não alcança o mesmo número de espectadores simultâneos de uma rede broadcast convencional. A União Europeia tem um grupo de estudos para investigação desta tecnologia (http:// www.p2p-next.org/). Na Internet é possível a transmissão de vídeo e áudio como arquivos ou como streaming. A transmissão por arquivo pode ser feita via download em tempo maior ou menor que o tempo real de play do arquivo, dependendo da velocidade da conexão de rede, ou seja, a transmissão é assíncrona. As partes do arquivo podem ser transmitidas em qualquer ordem e recombinadas no destino final, dados errados podem ser retransmitidos, o resultado final sempre é uma copia fiel do original, independentemente da qualidade de transmissão. Já uma transmissão via streaming é transmitida em tempo-real de forma síncrona: as partes da informação devem ser transmitidas em ordem e o mais rápido possível. Dados errados têm pouca chance de retransmissão e qualquer atraso ou defeito será percebido na saída. Por este motivo, a transmissão ao vivo pela Internet é um desafio tecnológico maior. Em alguns casos, é utilizado um controle adaptativo da taxa de vídeo do streaming para manter a melhor qualidade de vídeo em variações de velocidade de transmissão de Internet. A desvantagem é que um sistema destes requer que o vídeo tenha sido codificado em várias taxas e que, de forma escalonada, seja trocada a taxa, conforme a velocidade disponível instantaneamente. A emissora japonesa NHK apresentou o seu case de convergência de plataformas entre Broadcast e Telecom. O nome do serviço é “NHK em três telas” e que permite às pessoas assistirem vídeos sob demanda conforme o meio: na TV, no PC ou no terminal móvel. O conteúdo disponibilizado é de dois tipos distintos: um conteúdo de 10 a 15 vídeos atualizados diariamente e uma videoteca de aproximadamente 516 mil vídeos arquivados. Os vídeos são cobrados individualmente por acesso. Cada empresa provedora de conteúdo (por TV a Cabo ou Internet) tem seu próprio servidor de conteúdo com características específicas de taxa e codificação. Dentro da estrutura da NHK existem vários transcoders com linhas de dados dedicadas à transferência dos arquivos a cada provedora de conteúdo. Todo este fluxo é controlado por um complexo sistema de gerenciamento de mídia. A emissora americana NBC mostrou sua perspectiva sobre a tecnologia convergente de mídia ocorrida no evento dos Jogos Olímpicos de Pequim. Para a NBC, a Internet e a TV convencional não foram concorrentes e sim complementares, pois, em muitos casos, assistir a um conteúdo do site gerou o interesse pelo conteúdo da TV. Para a emissora, o futuro imediato da convergência é que o aparelho televisor tenha conexão com a Internet e que o computador tenha acesso ao sinal de TV. Existem ainda muitas dúvidas dos novos modelos de negócios e das soluções tecnológicas para atendê-los adequadamente. Tudo leva a crer que o modelo resultante de distribuição de conteúdo será uma combinação de Live TV + Streaming + Download. Para serviços sob demanda não existe consenso em se cobrar por conteúdo ou por dispositivo. O importante é perceber que o vídeo estará presente onde estarão os hábitos futuros. E os hábitos dependerão de qual tipo de dispositivos para assistir vídeo teremos no futuro. A idéia é que as novas plataformas não sejam concorrentes entre si, mas sim complementares e sejam novas oportunidades de carregar vídeo. Partindo do conceito atual de Broadcasting para o novo conceito de Broader-casting: a geração, o gerenciamento, o comércio, a distribuição de conteúdo de áudio, vídeo para consumo global em qualquer dispositivo fixo ou móvel, incluindo televisor, computador, tela de vídeo, rádio, telefone, game, storage, displays digitais e similares. Referências: |
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*Membro da diretoria da SET no centro-oeste. Formado em engenharia elétrica e Mestre em Gestão da ciência e tecnologia, tem curso de especialização em vídeo digital no Japão e experiência profissional na área, na Alemanha. Já atuou em várias empresas de comunicação: rbstv, tve rs, radiobrás, tv Justiça e ebc. Atualmente é Gerente executivo de engenharia de rádio e televisão da ebc – empresa brasil de comunicação (tv brasil, tv Nbr, canal integración, tv escola, rádio Nacional e rádio Mec)
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*Paulo Canno | ||||||||
Se pudéssemos adjetivar a NAB 2009, diríamos que foi o NABShow mais confortável dos últimos tempos. Tivemos o conforto de poder ter a atenção dos fornecedores, de podermos fazer um lanche sem atropelos e de cumprir nossa programação plenamente, conforme havíamos planejado. Embora não houvesse nenhum lançamento com grande alarde, observamos uma ênfase bastante grande nas apresentações da tecnologia 3D, com destaque para a NHK (que já abordou a tecnologia em anos anteriores) e para a Panasonic. Outro ponto de destaque foi a utilização da rede celular 3G para a transmissão de vídeo, que, embora de qualidade questionável, pode ser útil em casos de fatos ocorridos em lugares remotos, onde o celular é o único meio de transmissão disponível. A LiveU contorna, de certa forma, a questão da qualidade, utilizando até oito linhas 3G, em vez de apenas duas, que é a solução Sony. O resultado com oito linhas é bastante razoável. Loudness na TV Digital Digo, parcialmente, porque o problema relativo à sensação de volume percebido (loudness) persiste na maioria das emissoras analógicas quando a programação varia, por exemplo, de uma novela para o bloco de comerciais, mesmo que os processadores mantenham o nível de áudio dentro dos limites normativos. Na TV digital, entretanto, notamos, por vezes, que a variação do áudio é dramática, tanto quando comparada entre emissoras diferentes como quando comparada entre programas da mesma emissora. Até mesmo quando se passa da sintonia de um canal analógico para um canal digital. É claro que na TV digital temos mais qualidade e maior gama dinâmica, porém, deve-se tratar o áudio de alguma forma para que ele não se torne um desconforto para o telespectador dessa nova mídia, na qual estamos apostando a continuidade de nossos negócios. Visando contornar esses problemas, a Orban, tradicional fornecedora de processadores de áudio, lançou nessa NAB o Optimod 8585, com capacidade para processar desde áudio mono até 7.1. A TC Eletronic (www.tcelectronic.com) apresentou sua solução para o equilíbrio de loudness com seus DB2, DB4 e DB8 Loudness Correction Processor. A Harris também lançou, nessa NAB, módulos processadores de áudio surround para serem inseridos na sua matriz Platinum. Gap-Fillers / Retransmissores para DTV Os equipamentos apresentam também a flexibilidade de operarem tanto como um retransmissor de baixa potência como um transmissor com re-uso da frequência do transmissor principal. Antenas Seja por meio de painéis banda-larga, como Dielectric, RFS e Ideal, ou antenas slot, como ERI e Jampro, os fornecedores atendem a demanda de polarização elíptica para praticamente todos os níveis de orçamento. Na verdade, a maioria dos projetos de antenas para polarização elíptica, tanto em VHF como em UHF, foram desenvolvidos há algum tempo – alguns até há décadas – visando servir o mercado de TV analógica. Como novos projetos usam a antena tipo painel, de polarização elíptica (TUM), lançada no ano passado pela Dielectric, e o projeto também tipo painel de polarização elíptica (APDC) da Ideal Antenas, lançado,e em operação, no final de 2008. Durante a NAB 2009 a Ideal Antenas divulgava, informalmente, que estaria trabalhando no desenvolvimento de uma antena slot de polarização elíptica a ser lançada ainda em 2009, visando atender também, com essa tecnologia, empresas com orçamentos mais modestos. Qualidade de energia elétrica A Superior Electric (www.superiorelectric.com), tradicional fornecedora de reguladores de tensão para o ambiente de radiodifusão, tal como o Stabiline, lançou nessa NAB um novo conceito de regulador automático de tensão: o Stabiline da série BVR, destinado a regular toda a energia que alimenta a emissora (manipula intensidades de corrente que vão de 100 A a 1200 A), e regulado por passos. Sua característica principal é trabalhar com variações de rede de até aproximadamente 30%, gerando como saída uma tensão com variação máxima de cerca de 2%; ou com variações de aproximadamente 15%, gerando como saída uma tensão com variação máxima de cerca de 1%. Outra característica do produto é sua dimensão bem reduzida, se comparada com outros que utilizam outras tecnologias. |
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*Diretor de tecnologia e infraestrutura da TV Gazeta do Espírito Santo e membro do comitê da diretoria de Marketing da SET | ||||||||
*Ronald Barbosa
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Uma das gratas surpresas nessa feira da NAB 2009 foi o lançamento do PI 4100, o medidor de campo de terceira geração da POTOMAC capaz de medir intensidades de campo na faixa de freqüências de 520 kHz a 5.1 MHz. Mais uma vez a POTOMAC saiu na frente. Quem conhecia o antigo FIM-41 equipamento de precisão e de grande valia para a Onda Média, que continua sendo fabricado e muito solicitado para realização de medidas, tem agora a oportunidade de ter um medidor de intensidade de campo totalmente digital. Ele surgiu para ser o sucessor do FIM- 41 como diz o fabricante. O PI 4100 combina antena em loop, receptor GPS, voltímetro de radiofreqüência e outras facilidades não pesando mais do que 3 kg.
As inovações do PI 4100 incluem: Voltímetro RF sintonizado com range dinâmico de 116 dB; Digitalmente sintetizado com incrementos de sintonia em 1,0 kHz; Um Spectrum display para facilitar a conformidade de várias medições (Intensidade de Campo, Nível Harmônico, Ocupação do espectro), em um único instrumento; Permite calibração por terceiros – usando as suas próprias normas de laboratório – quando é impraticável o envio do instrumento ao fabricante para a calibração; Software para aquisição de dados e interface para PC a fim de permitir a coleta, análise e distribuição espacial de tendências das medidas de campo. Algumas portas I/O foram colocadas para enriquecer a versatilidade do instrumento e para desempenhar certas tarefas operacionais tais como recarga de bateria e transferência de dados para computador. |
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Sinais Hd Radio O medidor Audemat NAVIGATOR HD FM/ AM/HD é um produto compacto capaz de medir sinais analógicos FM e sinais HD FM/ AM e apresenta como características básicas: Análise de cobertura para sinais HD FM e HD AM (nível RF e decodificação IBOC); Campanha de Medidas com GPS de uma única estação ement campaign; Mede alinhamento no tempo digital/analógico; Mede a coerência de fase; Exporta dados para Google Earth e Decodifica audio HD2-HD3 Já o primeiro receptor portátil HD Radio foi apresentado pela empresa Ibiquity. Por sua vez, o consórcio DRM mostrou o primeiro equipamento comercial DRM+ com exposição no estande da Thompson. O consórcio e seus membros organizaram várias atividades durante a NAB para mostrar a tecnologia DRM e equipamentos. Os novos receptores comerciais de rádio DRM também foram mostrados durante a feira do 25º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em Brasília. |
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*Diretor de rádio da SET e assessor técnico da Associação Brasileira das Emissoras de R ádio e Televisão (Abert) | ||||||||
*Enio Sérgio Jacomino, Emerson Márcio Pereira, José Frederico Rehme e Ruth Angelina Martins
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Sessão: Novas Tecnologias para Televisão Eles utilizam o sinal dos canais digitais para inserir no canal de dados, informações que são destinadas a módulos policiais, módulos do corpo de bombeiros, escolas, carros da polícia (em Las Vegas é utilizado). Com a regulamentação e a recomendação técnica do ATSC A/90 (www.atsc.org/standards/a_91.pdf ) o uso de “data broadcast” se tornou possível nos EUA para estes tipos de serviços. Desenvolvimentos recentes vieram a facilitar a utilização destes serviços. A “smart antenna”, padronizada pela CEA-909, permite a orientação física ou eletrônica do melhor ângulo de captação da antena para a direção do melhor sinal, garantindo assim sempre as melhores condições de recepção. As redes de freqüência única (SFN) ampliam as áreas de cobertura, embora os EUA, devido ao padrão ATSC, não seja o melhor local para SFN, creio que o autor quis fazer referência a gap fillers que iluminam áreas onde antes não havia sinal de TV digital, possibilitando a recepção. Como a SpectraRep presta serviços utilizando-se de vários meios de transmissão de sinais, o autor fez um comparativo simples entre a DTV e outros meios (Ethernet, Wi-Fi, Wimax, 3G e 4G celular, White Space, ou seja, as freqüências dos canais analógicos que estão migrando para o digital). Dentre as várias características de direcionalidade, largura de banda, alcance, interferências, etc o uso do sinal da TV digital destacase por coberturas extensas (metropolitanas), possibilidade de alta taxa de dados, possibilidade de encriptação e acesso dirigido, confiabilidade em situações de crise além do que os radiodifusores já investiram US$ 5.5 bilhões em infraestrutura. A SpectraRep desenvolveu e vende uma caixa para recepção e decodificação do sinal de interesse que possa ser conectado diretamente ao equipamento do usuário a ser utilizado para monitoração ou aviso, e que custa US$ 200.00. Shuichi Aoki, do Laboratório de Pesquisas Técnicas e Científicas da NHK, mostrou o desenvolvimento de uma tecnologia para recepção de programas em HDTV (por demanda) nas residências utilizando redes de telecomunicações terrestres e sinal via satélite, simultaneamente. O rápido crescimento das redes de banda larga abriu o mercado para conteúdos em alta definição sob demanda através das redes de serviços de telecomunicações. No entanto, devido a largura de banda dessas redes, a qualidade do serviço pode se deteriorar quando houver uma grande quantidade de usuários utilizando-as ao mesmo tempo. Para evitar esta degradação, foi desenvolvida pela NHK uma aplicação que fornece conteúdos de alta qualidade pelo satélite (sem congestionamento). A aplicação se baseia num “receptor” que tem capacidade de armazenamento e onde o conteúdo selecionado será guardado para posterior exibição. O diagrama em blocos é o que se segue: A ARIB está fazendo as especificações deste tipo de aplicação e é esperado que seu lançamento seja em 2011, no Japão. Dois palestrantes se concentraram no Loudness, John Hartwell, da Hartwell Consultants, e Thomas Lund,da TC Electronics. O Loudness tem sido um dos maiores problemas para os radiodifusores desde o início das transmissões na década de 30. Nos primeiros tempos estes problemas se originaram em função da tecnologia da época, que necessitava de um range dinâmico limitado para uma melhor relação sinal/ruído e que proporcionava uma distorção do áudio bem maior do que a que temos hoje. Com o avanço da tecnologia e melhoria dos sistemas de distribuição, a sonoridade tornouse uma arma dos anunciantes nos comerciais de TV e o processamento dos sinais limitaram o range dinâmico. Tudo isto contribui para que os telespectadores sintam, principalmente nos intervalos comerciais, o som bem mais alto que o resto da programação. O Loudness é percebido pelo ouvinte e, embora haja uma relação com a intensidade sonora, elas não são as mesmas coisas. Algumas conclusões podem ser sugeridas: A ferramenta que existe hoje para balizar medidas de loudness é a norma ITU BS 1770. No entanto, há diferença de opinião entre os palestrantes quanto aos processos para equalização do loudness. Um palestrante acha que o DialNorm (baseado na equalização do loudness pelo nível da voz e dos diálogos) é adequado. O outro sustenta que outros parâmetros devem ser considerados: Consistência e Centro de Gravidade são dois deles. A Consistência mede a variação do Loudness numa escala de tempo macroscópica e o Centro de Gravidade mede o Loudness total do segmento de áudio. Sessão:The Consumer Experience Derek Turner, da Microsoft, comentou que o PC e as redes IP juntos significam flexibilidade, o computador opera como um “media hub”; os usuários dos sistemas recebem vídeo e serviços interativos através deles, e esperam aplicativos de qualidade; se este sistema parece frágil, o conteúdo pode ser protegido por acesso condicional e DRM. Os benefícios do IP para o usuário são muitos; se o material multimídia for entregue em um gateway residencial, e não a um set-top box específico (opinião também defendida por Manny Trujillo, da Motorola), a padronização permitirá: Trujillo disse que a Ethernet sobre IP ainda convive com outras tecnologias, com prós e contras; Turner citou a MoCA (sobre redes de tv a cabo), Homeplug AV (pela rede elétrica), IEEE802.11 (wifi), entre outras. Devem ser considerados diversos fatores, como qual a banda necessária, pontos de acesso às redes, modo de conexão, qualidade, segurança, compatibilidade. Trujillo sugere que, para em uma única rede o usuário doméstico obter televisão SD e HD, dados, Voip, acesso a jogos on line e a conteúdos de áudio, precisamos de algo em torno de 65 Mbps neste gateway residencial. A diversidade das tecnologias dificulta a conversação entre dispositivos, e como citou Trujillo, “today, simplicity is difficulty”: as conexões e configurações de diversos terminais e redes tornam as operações complexas para o uso doméstico. Um padrão único aliado a redes sem fio para uso dentro de casa é sinônimo da facilidade tão esperada pelos usuários. Muitas vezes os radiodifusores enxergam a internet como concorrente; Ramon Cazares, da Crestatech, comentou que os “viewers” de TV e internet são complementares, mas que boa parte dos maiores usuários de Internet são também os que passam mais tempo na frente da televisão. Pesquisas recentes mostram inclusive crescimento de telespectadores (TV) em relação a anos atrás, e o palestrante insistiu na importância da TV nos dias atuais. Uma frase colocada pelo Cazares soou interessante para nós brasileiros: ”making TV social again”. Adaptando para nossa realidade, eu diria que a idéia do SBTVD é “mantaining TV social”. Comentou que existem muitos padrões de TV, mas que empresas de O&M buscam uma solução única para dispositivo de TV portátil; a situação ideal seria uma pessoa sair viajando com seu TV de bolso pelo mundo, usando-o em qualquer lugar. A CrestaTech sugere este receptor de TV universal, sendo baseado em um hardware receptor banda larga, e todo o resto sendo viabilizado através de softwares; já há protótipos, e a empresa oferece aparelhos em demonstração. Conforme citado por Cazares, bilhões de dólares em hardware estão se tornando software, e esta tendência não é somente vista em sua empresa. A área de R&D da Intel já pensa em integrar antenas nos novos notebooks, e um típico “PCTV” terá sintonizador, demodulador e decodificador, num total de 3 a 4 circuitos integrados. Foi notório o consenso entre os palestrantes sobre a tendência a ser seguida: as casas receberão multiserviços através de redes cabeadas (ópticas?), e que chegarão em um gateway residencial. Deste até os diversos dispositivos terminais, comunicação sem fio. Tudo sem necessidade de configuração, com instalação simples pelo próprio usuário, custo razoável, e com o que chamaram de “entertainment quality QoS”, onde banda, latência e jitter são parâmetros cruciais. Nesta plataforma, além de telespectadores de televisão (gratuita), os consumidores de “dados” pela internet também passarão a pagar por outros serviços multimídia, efetivando o mercado de IPTV e VOD. Sessão: Television Infrastructure Chris Lennon, da Harris, apresentou solução de fluxo de trabalho completamente digital, ressaltando a importância dos metadados (identificação de conteúdo como ISAN – International Standard Audiovisual Number e AD-ID – Advertising Digital Identification e protocolo para troca de informações, como BXF – Broadcast Exchange Format) para seu perfeito funcionamento. Salientou também a necessidade da adoção das melhores práticas e procedimentos (implicando na inserção de dados tanto no ingest de conteúdo quanto no momento da sua produção na agência de publicidade) e do correto workflow (permitindo a passagem e interpretação dos dados dentro da estrutura da emissora), importantes tanto para o agendamento quanto para sua comprovação de exibição. SiuYin Loh, da Beyond Broadcast, apresentou proposta de software para desenvolvimento de projetos e testes de sistemas, substituindo o modelo “desenha, constrói e testa” pela criação do workflow via software (utilizando modelos fornecidos pelos fabricantes dos equipamentos). O teste seria feito também via software, onde as questões de compatibilidade e o correto funcionamento poderiam ser verificados, evitando perdas de tempo e recursos. Robert Caldeira, da Focus Enhancements, ressaltou a importância do sistema de MAM e os desafios para um arquivo inteligente, como operação intuitiva, onde se pode facilmente procurar, fazer preview (em baixa resolução – proxy) e recuperar conteúdo, escalabilidade com o crescimento de volume e habilidade para tornar o conteúdo disponível para distribuição (envio ao ar, autoração de DVD, Web, celular, etc). O workflow sem fita, onde desde a captação até a exibição e arquivamento são digitais, vem permitindo o vantajoso uso de metadados, seja em XML (Extensible Markup Language), SMPTE 335M, MPEG-7 ou outro formato. Matthew Addis, do IT Innovation Centre – University of Southampton, falou sobre o rápido crescimento do volume de material audiovisual, que deve dobrar nos próximos dois anos na Europa, e como o arquivo vem se tornando um serviço agregado, onde vem surgindo um mercado de serviço de terceirização. Mostrou o projeto AVATAR-m para especificar e gerenciar solução de armazenamento distribuído, num modelo orientado ao serviço. Keith Graham, da AZCAR Technologies, falou sobre a virtualização do armazenamento, onde se abstrai o armazenamento lógico do físico e os usuários e aplicativos não se dão conta de onde ou como o armazenamento está localizado ou gerenciado. Comparou características dos armazenamentos em fitas e hard disks (espaço ocupado por TB, consumo de energia, velocidade). Reforçou a busca pelo arquivo “verde” (ecologicamente correto), sendo que para hard disks um sistema “MAID” (massive array of idle disks) de gerenciamento de energia deve ser levado em consideração. Destacou a importância do AXF (Archive Exchange Format) para permitir o movimento de material entre diferentes sistemas de arquivo. Pela importância cada vez maior para nós radiodifusores brasileiros, que estamos tornando nossa infra-estrutura completamente digital, destaque para a necessidade de especial cuidado nos atuais e futuros projetos com o uso dos metadados, seja para controle de loudness, acervo ou exibição de comerciais. Sessão: Mobile Television Neste painel, houve exposição sobre considerações a respeito da recepção portátil, sobre entrega de conteúdo e sobre características de transporte e sinalização do sinal. Michael Bergman, da JKTE Kenwood Corporation, comentou sobre a recepção em dispositivos portáteis. O ATSC M/H foi idealizado para ser recebido em diversos aparelhos, como telefones celulares, em navegadores, em receptores instalados em veículos. As telas apropriadas devem ter dimensão de 2 a 7 polegadas, mostrando imagens já com qualidade QVGA, migrando futuramente para qualidade VGA. Bergman acredita que o serviço deve prover áudio surround, cuja recepção nos veículos seria bastante agradável. Também reforçou a interatividade como serviço agregado, inclusive servindo como instrumento de medição de audiência. O palestrante enfatizou a importância das antenas nos sistemas de telecomunicações. Pode- se dizer que uma antena adequada tem um quarto de comprimento de onda, e que, para a faixa de UHF, é perfeitamente possível se instalar dentro de um dispositivo portátil. Já para as faixas de VHF (banda I ou III), o tamanho destas antenas seria muito grande. Porém, há possibilidade de uso de antenas menores, cujo desempenho pode ser compensado com o uso de circuitos ressonantes sintonizados. Na feira CES 2009 foram apresentados ao público receptores portáteis, ainda não como produtos, porém como protótipos. Durante a fase de perguntas da platéia, tratou-se da polarização circular; o palestrante não considera esta questão relevante, não acredita que o uso da polarização circular traga benefícios consideráveis à recepção nos aparelhos portáteis. Gomer Thomas, da LG Electronics, colocou como questões chave para o sucesso do ATSC móvel e portátil a coexistência com o ATSC já consolidado, maior robustez que este destinado a recepção fixa, trabalhando com códigos corretores e de erro e interleaver mais atuantes, e ainda tratamentos especiais para garantir bom tempo de funcionamento antes de se necessitar recarregar a bateria do aparelho portátil. Explicou que há informações de sistema (TPC – Transmission Parameter Channel e FIC – Fast Information Channel) carregadas fora dos frames R&S, que transportam os demais dados, para facilitar a sintonia e reduzir tempos de espera. Assim como o palestrante anterior, comentou que o padrão compreende codificação de vídeo H.264 e de áudio HE AAC v2. O transporte do sinal foi abordado por Rich Chernock ([email protected]). Mostrou que os mecanismos de entrega de conteúdo para o ATSC móvel são diferentes dos usados para o caso fixo; ao invés de se usar o MPEG- 2 como protocolo de transporte, o padrão ATSC M/H adota IP. Atualmente, os pacotes IP seguem a versão IPV4, podendo em breve migrar para o IPV6. Assim como para outros casos de multimídia em tempo real sobre pacotes IP, segue-se a estrutura de empacotamento do IP sobre UDP, e UDP sobre RTP, que não prevê confirmação de entrega; O TCP/IP não é adequado para tempo real, pois esta confirmação tornaria o atraso muito grande. Portanto, na ausência de mecanismos de retransmissão para pacotes perdidos, o IPUDP- RTP exige qualidade de serviço bastante elevada, o que deve ser conseguido com os corretores de erro, uso de interleaver mais longo, boas condições de recepção. Seguindo a linha da padronização IP, a base de tempo para o sistema é dado pelo NTP, substituindo o PCR. Foi gratificante perceber neste painel que as premissas e objetivos do sistema de TV móvel e portátil para os Estados Unidos são parecidos com os adotados pelo SBTVD: recepção aberta, livre, gratuita e indiscriminada e de permitir serviços adicionais de interatividade e de conteúdos em arquivos; do ponto de vista técnico, também pode-se confirmar o acerto da decisão dos pesquisadores e governo brasileiros, quando optaram pela adoção da codificação de vídeo H.264, quando ainda era uma aposta. Ainda mais, creio que ninguém mais precisa rebater as críticas ao uso pelo ISDB-TB da codificação de áudio HE AAC, já que, além do próprio ATSC utilizá-lo, tal padrão foi amplamente visto nos equipamentos apresentados na feira. Por último, vale o recado de Michael Bergman, dizendo que nós, radiodifusores, podemos influenciar nas decisões da indústria de receptores, realizando testes de cobertura, mostrando o que se espera de desempenho dos aparelhos portáteis. Sessão: Controle de Qualidade para Televisão Este painel teve o objetivo de discutir e apresentar estudos, métricas e soluções para implementação de um controle de qualidade de sinal para radiodifusão. Com a necessidade de digitalizarmos o sinal, surge a preocupação do quão confiável um sinal pode se apresentar ao final de uma cadeia de processamento por diversos equipamentos, no entanto fica evidente que o processamento de sinal causará uma degradação no sinal original, porem fica a cargo da engenharia apurar e considerar a melhor qualidade e menor perda neste processo. Os temas abordados neste painel foram: a evolução de monitores LCD, analise de transport stream , estratégias de compressão e taxas de vídeo para distribuição, O uso de monitores profissionais CRT, Qualidade de vídeo em rede e a percepção dos telespectadores. Gary Mandle, da Sony, apresentou algumas vantagens com a evolução dos monitores LCD perante o monitor CRT, ou seja, relação de contraste, Gamut, funcionalidades de ajustes que o LCD permite, contudo as métricas de analise de reposta do monitores CRT e LCD devem ser tais como ITU-R BT-815-1 e ITU-R BT 709. Bachofen, da Triveni, apresentou os desafios para analise de causa e efeito de um transport stream, efeitos como lip sync, a falta do áudio que pode ser ocasionada por modificações em configurações de dados, arquiteturas de sistema mal planejado que podem resultar em latência do sinal e o ganho com sistemas automatizados. Como forma de prevenção desde efeitos foram mostrados sistemas de monitoramento, automação e analise do sinal. Putman, da ROAM Consultoria , apresentou uma discussão sobre qual tecnologia deve ser substituída pelos monitores CRT, monitores LCD ou Plasma. A idéia principal “é como saber analisar o que se vê no controle mestre?”, Os monitores tradicionais CRT apresentam vantagens como precisão, reprodução fiel na escala de cinza, porém os monitores LCD e plasma estão apresentando evolução constante e melhorando aspectos como resolução, ou seja, numero de linha e pixels, baixo consumo com o uso de leds em LCD,eficiência , ajustes de Gamma e ganhos na resposta de escala de cinza. Trow, da Harmonic, falou sobre estratégia de compressão e taxas de vídeo para contribuição. Com uso de modelos de compressão cada vez mais eficientes tais como MPEG, JPEG e AVC, foi discutida qual a melhor qualidade versus a taxa de transmissão do sinal. As vantagens da compressão como reduzir custo de SAT, técnicas baseadas em arquivos, reduzir workflow, largura de banda, e múltiplas plataformas foram apresentadas e colocado em pauta, o uso de padrões de compressão proprietários, e suas possíveis incompatibilidades com padrões existentes, o ganho dos padrões em relação a latência e qualidade. Trow apresentou também taxas que seriam apropriadas para o uso em distribuição de sinal (de 8 a 15 Mbps), contribuição (de 15 a 50 Mbps), aquisição (50a 150 Mbps) e DTH (de 50 a 150 Mbps). Como novidade foi apresentado o uso de modelo de compressão JPEG 2000 pouco utilizado em Broadcasting no Brasil. Matthieu Chamik, da Symmetricom apresentou soluções de monitoramento do sinal vídeo em rede, equipamentos que tem como funcionalidade a implementação de técnicas de QOE para analise de vídeo, o padrão IEEE 1558 aplicado nas diversas soluções de produto da empresa Symmetricom. Paul Briscoe, da Harris, focou sua apresentação na relação homem –máquina, a percepção humana sob à qualidade do sinal recebido nas casas dos telespectadores, como garantir qualidade de sinal da geração a exibição . Foram discutidas as degradações do sinal que podem ser inseridas entre processamentos e que acarretaram em erros na exibição para os telespectadores. Contudo este painel de controle de qualidade expôs vários temas de discussão atuais, como a comparação entre tecnologias LCD e plasma, analise e reconhecimento de falhas de um fluxo de transport stream, qualidade de sinal para contribuição, distribuição e aquisição, analises de qualidade de sinal em rede, o uso de automação para garantia de sincronismo do sinal e a relação de qualidade do sinal entre emissora e telespectador. Todos os temas abordados são extremamente aplicáveis e práticos. Como conhecimento teórico mostrou-se interessante por apresentar padrões como IEEE, e ITU-R e modelos como MPEG, JPEG e AVC incorporados nos produtos expostos. |
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*Enio Sérgio Jacomino – Diretor de Dngenharia, Emerson Márcio Pereira – Coordenador de Desenvolvimento de Sistemas de Televisão, José Frederico Rehme – Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento, Ruth Angelina Martins – Engenheira de pesquisa e desenvolvimento – todos da TV Paranaense | ||||||||
*editor da Revista da SET |