SET 2006 – RÁDIO

SET 2006 – RÁDIO
Seminário SET/AESPStep
No último dia do congresso, sob coordenação de Ronald Barbosa, da SET/ABERT, Djalma Ferreira, da SET e Acácio Luis da Costa, da AESP aconteceu o Seminário sobre rádio digital. Estavam presentes: Roberto Franco, SET/ABERT, Marcelo Cachoeira, da Harris, Severino Carneiro, da Rede Itatiaia, Marco Túlio Nascimento, do Sistema Globo de Rádio, Yapir Marota, da Anatel, Caio Klein, da rádio RBS, Augusto Huertes, da Rede Bandeirantes, José Inácio Pizani, da ABERT, Perry Priestly e Cláudio Martinez, ambos da Ibiquity, Paulo Sab, da Eletros e Lisandro, da Ipsos. O encontro abordou três grandes temas: a experiência brasileira, cenários técnicos, político e empresarial e perspectivas de negócios.
Muitas pessoas pensavam que o rádio não iria sobreviver às novas mídias, porém tem-se revelado um ótimo veículo de comunicação e publicidade, que atualmente gera muitos investimentos. Anos atrás, a televisão tinha uma performance impressionante, porque havia muito mais pessoas nas residências do que hoje em dia. Atualmente, as pessoas passam mais tempo fora de casa e por mais inacreditável que pareça, o único meio que leva enorme vantagem em relação a esse fator, é o rádio, que pode ser consumido a qualquer momento e local.

Aliança para Rádio Digital

No Seminário de Rádio comandado por Ronald Barbosa, assessor técnico da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio de Rádio e TV (ABERT), promovido pelo Congresso do SET, foi lançada a Aliança Brasileira para o Rádio Digital.
Segundo Ronald Barbosa, esta Aliança visa a junção de todos os envolvidos no setor de rádio, como nos moldes americanos, a união de todos os fabricantes, distribuidores e radiodifusores.
Os benefícios com a criação da Aliança serão inúmeros, podemos destacar: a geração de empregos, promoção e criação de programas, novos modelos de negócio, vinculação de publicidade e tecnologia e finalmente alavancar o setor de rádio digital.
De acordo com os estudos da Ipsos/Marplan e do Ibope, sobre hábitos de consumo de mídia, o rádio aparece como líder absoluto entre os horários das 5h às 18h. É interessante notar que o rádio é muito mais qualificado do que a TV. Sua penetração, de acordo com os estudos, ocorre com mais propriedade, nas classes A, B e C, perdendo desempenho nas classes D e E. Quando se trata de faixa etária, diferente do que muitos ainda imaginam, o meio rádio detém sua maior penetração junto aos jovens, principalmente entre 15 e 29 anos.
É bom ressaltar que este movimento não é só nacional. O desejo em consumir o rádio é tamanho que, nos EUA, há cinco anos, surgiram duas empresas que oferecem rádio por satélite diretamente para automóveis, a XM Radioe a Sirius Radio. Ambas operam com mais de cem canais de áudio, cobrindo o território americano de costa a costa. O interessante é que o consumidor aceita pagar por este serviço, U$ 12,95 por mês, caracterizando a importância do meio nos dias atuais.
No Brasil o interesse em digitalizar os sinais de rádio já é antigo. Durante as discussões foi visível o trabalho de bastidor realizado por todos os envolvidos. Graças às iniciativas, é que conseguiram o completo domínio de todos os parâmetros necessários para a tomada de decisão sobre a nova mídia. Como exemplo, tivemos a autorização para os testes de transmissão digital nas seguintes emissoras: Rádio Gaúcha AM e FM (Porto Alegre), Rádio Itatiaia (Belo Horizonte), Rádio Eldorado FM, Rádio Bandnews e Rádio Bandeirantes (São Paulo).
Yapir Marota ressaltou que fomos o quarto país no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, Canadá e México a optar pelo padrão Iboc (In Band On Channel). Ele apresenta vantagens em relação ao padrão europeu Digital Radio Mondiable (DRM), pois permite que as transmissões sejam feitas nos mesmos canais utilizados atualmente pelas rádios e garante que os ouvintes mantenham os mesmos aparelhos, migrando gradativamente para os digitais. A digitalização proporcionará mudanças significativas na experiência do ouvinte. A primeira delas será uma melhora na qualidade do áudio, que no AM digital equivalerá ao atual FM. Já para FM a expectativa é atingir a qualidade de CD. Além de crescente melhora na qualidade do áudio, o rádio digital dá às emissoras novas possibilidades de emissão de conteúdo, pois as informações, antes exclusivamente sonoras, passam a viajar em bits. Assim, torna-se possível enviar textos e fotos, que poderão ser visualizados em uma tela presente nos receptores de rádio digital. Uma outra opção será a divisão do espectro em dois ou mais canais de áudio.
Outro destaque foi o lançamento da Aliança Brasileira para o Rádio Digital que visa a junção de todos os envolvidos do setor: fabricantes, distribuidores e radiofusores em busca do avanço do setor. Entre os principais benefícios da Aliança podemos destacar: a geração de empregos, promoção e criação de programas, novos modelos de negócio e vinculação de publicidade e tecnologia.