SET 2006 – JORNALISMO

Cobertura de eventos esportivos em HD
LinearComposto pelos palestrantes Benjamin Mariage, da EVS, Jim Hilson, da Dolby, Fernando Wiktor, da TV Globo e moderado por Raymundo Barros, da SET/TV Globo o painel tratou das tecnologias utilizadas na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, onde, pela primeira vez, foi utilizada a tecnologia High Definition, com proteção 4:3, para transmissão de imagens para o México, Japão, Coréia, Austrália e alguns países da Europa.
A tecnologia EVS Media Server, que permitiu a compilação geral do estádio, clipes e replay de diversos momentos dos jogos e a tecnologia HBS Station, que utilizou 25 browsers IP para a produção, facilitando os 17 mil logins feitos durante toda a Copa do Mundo, também foram expostas.
Fernando Wiktor, responsável por todos os circuitos de telecomunicações e transporte dos múltiplos sinais de áudio e vídeo em HD e SD das Organizações Globo, falou sobre a transmissão de imagens dos estádios para o International Broadcast Center (IBC) em Munique e dele para o mundo, utilizando a tecnologia Multi Feed, para facilitar a produção. Ele lembrou ainda sobre a importância dos serviços de links de comunicação e redes de interação dos servidores, que devem ser oferecidos aos broadcasters nos estádios.
BrasvídeoBenjamin Mariage, representante da EVS, empresa que forneceu os servidores para transmissão da Copa do Mundo, com tecnologia que acopla cinco câmeras num mesmo servidor, fez a demonstração do programa EBIF, que possibilitou a produção local, mostrando relatórios de jogos, treinamentos e entrevistas obtidas depois dos jogos.
Além disso, nos conceitos de alta definição consideram-se importantes o seu áudio, a apresentação dos microfones Crow e o Mix Surround, demonstrados por Jim Hilson, representante da Dolby, que permitiram ao telespectador ser inserido no ambiente do jogo, através de mixagens realizadas de acordo com a disponibilidade de equipamentos e das diferentes perspectivas de clientes.

Sistemas de captação
O painel contou com a coordenação de Gilberto Fernandes, da SET/SBT e palestras de Renato Favilla, da TV TEM, Erick Soares, da Sony, Sok Won Lee, da TV Iguaçu, Richard Leal, da TV Paranaense e Jaime Ferreira, da SET/Grass Valley. Através de cases e relatos de experiências nas emissoras, os convidados falaram dos diversos formatos de captação para o jornalismo.
Renato Favilla falou da renovação de equipamentos da TV TEM em busca de uma nova solução aplicada na cidade de Sorocaba. A emissora procurava obter um arquivo digital com todos os documentos interligados numa rede, com a câmera externa Panasonic P2 e máquinas Apple.
Para o jornalismo e o núcleo de produção, esta câmera possui grande capacidade de armazenamento, robustez e transferência rápida. Utiliza sete câmeras e cinco cartões, com a transição da analógica para digital e três HDs portáteis, para viagens.
Do ponto de vista dos cinegrafistas a câmera P2, possui muitas vantagens, dentre elas, podemos destacar: agilidade, boa luminosidade, teclas de atalho, acesso aleatório ao material, disparo ágil do botão, facilidade de gravação sem riscos, melhor resultado de cor e resolução menor, arquivo pronto e acabado para editar, menor volume de materiais para carregar (fitas) e finalmente, seis horas direto, com a câmera ligada.

Automação da redação e sistemas de edição de notícias
TeclarCoordenado por Luís Eduardo Leão, da SET/TV Alterosa e palestras de Marcelo Blum, da Videodata, Felisberto Barbosa, da SET/STEP Software, Martin Bonato, da Brasvídeo e Cícero Marques, do SBT, o painel apresentou alguns conceitos sobre automação de jornalismo.
Uma redação automatizada permite que um conjunto de ferramentas facilite a organização do conteúdo de TV de forma cooperativa, com a recepção de conteúdo e como ferramenta de trabalho em grupo. Podem ser utilizados na geração do resultado final em programas de variedades, noticiários, cobertura de eleições e até mesmo para Web, permitindo a colaboração entre a equipe de trabalho com a criação de scripts, cabeças de programas e conteúdos apresentados.
Na exibição de gráficos, o sistema possibilita a inserção de créditos, patrocínios, conteúdos em 4:3 e acesso a conteúdos pré-existentes como agências de notícias e vídeos. Além disso, o gerenciamento de pauta, facilita o trabalho da equipe, permitindo agendar entrevistas e cobertura de matérias.
O sistema de automação, procura de forma unificada receber textos de agências, jornais, vídeos e possui ferramenta de planejamento, metas de conteúdos procurados, gravação, criação de script e seleção de gráficos que serão exibidos.
A automação das redações permite aos jornalistas, o gerenciamento de dados, fontes de informação e armazenamento de maneira central. Todos podem compartilhar a mesma informação, organização do calendário de eventos, pautas dos programas e gravação de vários conteúdos ao mesmo tempo.
Esse sistema pode ser acessado em qualquer local (como aeroportos) com alto nível de proteção das informações, gerenciamento de blocos, publicidade e aprovação automática dos textos para serem exibidos de acordo com a facilidade de leitura do apresentador.