SEMINÁRIO TÉCNICO ISDB-T

INFORME SET
SEMINÁRIO TÉCNICO ISDB-T
ENCONTRO PROMOVIDO PELA SET REUNIU 130 PROFISSIONAIS PARA DISCUTIR O SISTEMA DIGITAL JAPONÊS DA REDAÇÃO
Com o objetivo de discutir e elucidar pontos importantes do sistema de TV digital escolhido pelo Brasil, o ISDB-T, e colaborar para sua implantação no País, Yassuo Takahashi, presidente do Dibeg (Digital Broadcasting Expert Group) e da ARIB (Association of Radio Industries and Business) esteve em São Paulo, no dia 12 de junho, no Hotel Blue Tree, onde discutiu conceitos indispensáveis a todos os profissionais diretamente envolvidos com a TV digital.
No encontro promovido pela SET, Takahashi discursou para uma platéia de aproximadamente 130 pessoas, falou sobre a Estrutura do padrão ISDB-T, Sistema de Transmissão, Segmento Único, Multiplexer, Sistema de Informação, Codificação de Sinais, Middleware e Implementação, deixando claro que a escolha do sistema japonês, como base para o sistema brasileiro de TV digital, representa um salto gigantesco em termos de ciência, tecnologia e, principalmente, operação.
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Quanto à estrutura do padrão, Takahashi explicou as opções do sistema para cabo/satélite/móvel, as modulações 8 PSK, 64 QAM, QAM/DPSK e o OFDM, os formatos 1080i, 720p, 480i, 480p e áudio 5.1 Surround e as estruturas de PSI (Program Specific Information – for Television), SI (System Information) e EPG (Electronic Program Guide). Takahashi afirmou, ainda, que o sistema japonês, no Brasil, possui uma aderência muito grande, sem nenhuma incompatibilidade, mas que o País, no entanto, precisa definir o seu DRM (Digital Rights Management).
Takahashi comparou o ISDB com outros dois sistemas existentes no mundo, mostrando as vantagens que ele apresenta, como a multiprogramação (1 canal HD ou 3 canais SD), SFN (Single Frequency Network) que permite o mesmo canal em vários pontos da mesma cidade. Além disso, chamou a atenção para o Segmento Único, pelo fato de ser uma recepção parcial.
Para Multiplexer e Sistema de Informação, Takahashi conceituou as diferenças entre PS (Program Stream – para gravação em DVD) e TS (Transport Stream – para transmissão terrestre), mostrou o cabeçalho de 184 bytes, explicou todas as tabelas do PSI e SI que formam o pacote de dados e o STC e Time Stamp, para sincronismo de recepção e transmissão, além de conversão de PES em ES.
No tópico Codificação de Sinais e Middleware estão as principais diferenças entre o ISDB japonês e o brasileiro, embora não exista incompatibilidade nas transmissões. A interatividade do sistema digital brasileiro está baseada no Ginga, que usa a linguagem LUA 5.1 (código livre e aberto) e chega a ser 50 vezes superior as outras duas.
Para a implantação do sistema digital no Brasil, será necessário vencer o desafio tecnológico provocado pelas interferências dos canais adjacentes, portanto, os radiodifusores brasileiros devem estar atentos para as causas da degradação dos sinais (fadings e fantasmas), intensidade mínima do sinal (60 dBuV/m), distorções não-lineares nos equipamentos, ruído de fase do oscilador local, interferências por acoplamento de redes, entre outras coisas.

Colaborou Euzébio Tresse

Eventos regionais

SET Nordeste
O SET Nordeste 2007, realizado no Estado da Bahia, entre os dias 14 e 15 de junho, reuniu 180 profissionais no auditório e 45 via videoconferência que, através de 20 apresentações de representantes de importantes empresas do setor broadcasting, puderam atualizar seus conhecimentos para convergência digital, no âmbito do gerenciamento, produção, transmissão, distribuição e exibição de conteúdo eletrônico multimídia.
SET Nordeste SET Sul

SET Sul
O SET Sul 2007 marcou um novo estilo de evento regional. O Seminário ocorrido em Porto Alegre, no dia 27 de junho, reuniu 200 profissionais e foi transmitido por videoconferência para Florianópolis e Curitiba, integrando profissionais do mercado brasileiro de tecnologia de broadcasting.

TV digital na Colômbia
Tv digital na ColômbiaA Comissão Nacional de Televisão da Colômbia – CNTV – deverá anunciar, no mês de setembro, qual o sistema da televisão digital (DTV) será adotado no país.
O diretor executivo da SET, engenheiro José Munhoz, juntamente com Ara Apkar Minassian, superintendente de comunicação de massa da Anatel e vice-presidente do Grupo de Trabalho sobre Radiodifusão CCP II – CITEL e os professores Carlos Dantas e Danilo Ono, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, estiveram durante os dias 24 e 25 de maio, em Bogotá, na Colômbia, para apresentar alguns aspectos do sistema brasileiro de TV digital – ISDB-TB, aos diversos segmentos do setor no país. Participaram de reuniões com a Diretoria do Consórcio Nacional de Canais Privados, professores e diretor do Departamento de Eletrônica da Universidade Javeriana (principal universidade privada da Colômbia), Diretoria de Desenvolvimento do Ministério das Comunicações e ACIEM – Associação Colombiana de Engenharia.
Neste mesmo período aconteceu o Congresso Internacional de Telecomunicações – ACIEM 2007, que discutiu os principais aspectos que incidem na convergência de telecomunicações, tomando como referência experiências de êxito internacionais e as perspectivas de novas frentes e oportunidades de negócio, contando com a participação brasileira no painel “Sistemas de TV Digital”.
Durante os encontros, a ACIEM manifestou seu interesse em estabelecer um convênio com a SET e todas as instituições se mostraram muito interessadas em participar do próximo Congresso da SET, em agosto, para acompanharem o desenvolvimento da TV digital no Brasil.

Fórum Internacional de Rádio Digital
Fórum Internacional de Rádio DigitalBuscando conhecer os avanços da rádio digital em diferentes países e debater a atual situação da rádio analógica, o 1° Fórum Internacional de Rádio Digital, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, entre os dias 13 e 14 de junho, reuniu especialistas mundiais em radiodifusão digital e radiodifusores do país, que realizaram importantes conferências, com demonstrações, ao vivo, de transmissões digitais. O engenheiro Ronald Barbosa, da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e diretor do segmento de rádio da SET, falou sobre a experiência brasileira no processo de implementação do rádio digital e explicou a evolução da tecnologia digital no Brasil.
Também foram discutidos pontos da radiodifusão da República Dominicana, bem como o mercado latino-americano da tecnologia para rádio digital, os avanços das implementações na televisão digital, conceitos para a adequada instalação e migração da tecnologia no rádio, entre outras coisas.
Os especialistas recomendaram que os países escolham e adaptem o sistema de rádio digital às normas internacionais e, como os receptores digitais são caros, que os radiodifusores busquem alternativas para baratear os custos, através dos fabricantes, incluindo programas de qualificação de recursos humanos, programação e informação do público sobre o uso do rádio digital.