Pavilhão brasileiro: inovação visando a internacionalização

A edição 2014 do IBC trouxe a confirmação definitiva de que a tecnologia brasileira está cumprindo com os seus objetivos de internacionalização. A Revista da SET conversou com representantes das empresas participantes do estande brasileiro no evento que finalizaram a exposição com expectativas de futuros negócios.

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Pelo terceiro ano consecutivo, o Pavilhão Brasileiro foi erguido no IBC e deixou aos participantes a sensação de que futuros negócios e parcerias podem acontecer.
O Pavilhão é organizado pelo SINDVEL (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica) e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
A parceria entre Apex-Brasil e Sindvel voltou a dar às empresas brasileiras o seu cantinho em Amsterdã, e na edição 2014 teve a presença de: Alfred, EiTV, Opic Telecom, Screen Service do Brasil, e TQTVD.
A SET participou do pavilhão com um estande. Rodrigo Arnaut (SET/ERA Transmídia) disse à Revista da SET que pessoas de diversos países passaram pelo estande querendo ter informações sobre o “SET EXPO 2015 e perguntando sobre o padrão ISDB-Tb”.
Para o responsável do estande da SET, essas iniciativas são muito positivas porque mostram a força da entidade e servem para marcar presença internacional. “Temos de estar em todos os eventos e mostrar que nosso SET EXPO é o maior evento broadcast de América Latina”.

Rodrigo Araújo, da EiTV, afirma que o eitvcloud.com é uma plataforma simples e agnóstica © Foto: Redação

Pela primeira vez no IBC, a Alfred mostrou as suas soluções. João Paulo Quérette, diretor da Alfred, explicou à Revista da SET o porquê de estar em Amsterdã. “Nosso objetivo é internacionalizar a empresa, encontrar novos parceiros e fazer contatos com executivos de outros países”.
Mas ele sabe que é uma empreitada difícil, “o Brasil não é muito conhecido por ser um desenvolvedor de tecnologia, mas nós o fizemos, temos um excelente produto e queremos que siga evoluindo para um dia se transformar em um produto global”.
Quérette afirma que o Alfred é um servidor de mídia capaz de efetuar ingest, storage, catalogação, pesquisa, transcodificação, revisão, compartilhamento e arquivamento de mídia. A criação do Alfred começou em 2009 na Imagenharia e “o que era um projeto dentro da empresa cresceu e virou uma nova empresa, a Alfred. Com ela, conseguiremos focar no desenvolvimento do servidor Alfred e de outros produtos para gerenciamento de mídia, que é um dos grandes desafios neste admirável novo mundo digital”.
Rodrigo Araújo da EiTV se mostrou muito entusiasmado com o nível de visitas ao pavilhão brasileiro. “Não é muita gente, mas quem chega sabe o que quer e faz perguntas concretas, para nós é uma forma de internacionalizar nossos produtos e mostrar o que é possível fazer no país”.
Araújo disse à Revista da SET que o projeto da empresa é tornar “os seus produtos globais”. Por isso, o eitvcloud.com lançado pela empresa no evento já esta em inglês.
“Esta é uma plataforma para distribuição na nuvem que permite realizar a transcodificação do sinal de vídeo para diferentes resoluções”.

O Pavilhão Brasileiro faz parte do Projeto Setorial Eletroeletrônicos Brasil © Foto: Redação

“É um produto pensado para o mercado corporativo que tenha necessidade de armazenar e transportar vídeo na nuvem, ou para pequenas emissoras que desejem criar portais de vídeo para os seus públicos. É muito simples de usar e rápido, permite que o usuário controle o acesso e tenha estatísticas em tempo real de quem está visualizando os vídeos colocados na plataforma”, afirma Araújo.

David Britto, coordenador do Módulo de Mercado do Fórum SBTVD (SET/ TQTVD), afirmou no estande da TQTVD que a experiência vale a pena. “O mais importante é continuar mostrando o nosso trabalho aqui e expandindo o padrão ISDB-T ao mundo. Este ano tivemos bons contatos com radiodifusores asiáticos e da África com angolanos e ganeses, o que mostra a importância de participar deste tipo de eventos”.
“Para a TQTVD é muito importante estar aqui e sempre junto com o Brasil porque se nós fôssemos montar um estande sozinhos aqui a conta não ia fechar, por isso é muito importante que a Apex enxergue essa possibilidade dos brasileiros trazerem negócios e estreitem relacionamentos com a cadeia de produção da indústria”, disse Britto.
Britto afirma que o IBC não é uma feira de negócios, mas sim de relacionamento. “Dificilmente alguém contrata aqui, mas aqui o empresário quebra a barreira do e-mail, conhece a pessoa, mostra seu produto e, com isso, a empresa consegue dar os passos para posteriormente fechar negócios. De fato, quebramos muito o gelo”.

Pelo terceiro ano consecutivo o Pavilhão Brasileiro fez parte do IBC e deixou bons contatos para as empresas participantes © Foto: Redação

“Sem dúvida o mais importante da nossa presença aqui é poder mostrar os produtos que utilizamos no padrão ISDB-T. Nossos visitantes querem saber o que estamos fazendo na área e como estamos trabalhando. Não tem como não estar aqui, IBC para nós é mais importante que a NAB. Ou seja, NAB é importante porque lá temos uma rede de parcerias, mas aqui, por exemplo, temos uma boa rota de conversa com empresas do mundo asiático”, concluiu. O Pavilhão faz parte do Projeto Setorial Eletroeletrônicos Brasil que está formado por empresas que desenvolvem produtos, soluções e serviços de alto valor agregado para diferentes mercados.
Com o apoio do Governo Federal, por meio da Apex-Brasil (organização diretamente ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), o projeto busca ampliar a participação das empresas brasileiras do setor eletroeletrônico. A gestão do Projeto está sob a responsabilidade do SINDVEL, instituição que congrega cerca de 150 empresas da cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG), região conhecida como Vale da Eletrônica.
De 29 a 31 de outubro, outra participação internacional para as empresas do setor, desta vez, Caper 2014, que teve a presença de 10 empresas brasileiras em Buenos Aires, Argentina. Daniela Saccardo, gerente do PS Eletroeletrônicos Brasil disse à Revista da SET que já está confirmada a presença de uma delegação brasileira na NAB 2015. “Ainda estamos decidindo entre IBC e Broadcast Asia (Dubai)” para o próximo ano.
Saccardo afirma que no SET EXPO 2015 será promovido o “Projeto Comprador 2015 para o qual traremos 10 compradores dos mercados -alvo do Projeto (ainda por definir os compradores)”.