Maiores investimentos no Brasil nipo-brasileiro de TV Digital

O estudo Perspectivas do Investimento para o período 2014-2017, elaborado pela Área de Pesquisa Econômica do BNDES estima que sejam investidos 125 bilhões no setor de telecomunicações no País nesse período.

Nº 138 – Novembro 2013

Por Fernando Moura

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Olevantamento mostra que, no período analisado, os investimentos na economia brasileira deverão atingir R$ 3,982 bilhões. Diante os investimentos em perspectiva, espera-se um crescimento real de 26% em comparação ao quadriênio 2009-2012, equivalente a uma taxa anualizada de 4,7%. Os investimentos na economia de 2009 a 2012 foram aproximadamente R$ 3,15 trilhões.
O levantamento baseia-se em 17 setores mapeados, que cobrem 58% dos investimentos na economia e em projeções econométricas e de especialistas para os demais setores da economia, responsáveis por 42% do total da formação bruta de capital fixo. De acordo com o economista-chefe do BNDES, Fernando Pimentel Puga, após queda na participação do Produto Interno Bruto (PIB) de 19,1% para 18,1% entre 2011 e 2012, influenciada pela crise financeira mundial, a trajetória de alta da taxa de investimento está sendo retomada.
“Estamos vendo um desempenho muito bom nesses nove meses do ano – 18,9% [do investimento]. Neste ano, já teremos um crescimento duas a três vezes maior que o do PIB”, comentou, ao defender que o cenário internacional será mais benigno e o crédito privado será retomado nos próximos anos.
Segundo o estudo do BNDES, na área de telecomunicações será realizado um investimento aproximado de 125 bilhões de reais, que “deverão ser guiados para o aumento da capacidade de transmissão de dados e, em segundo plano, para o aumento da cobertura de rede, em grande parte determinados pelo crescimento de tráfego derivado de dispositivos móveis em tecnologia 3G/4G”.
O estud o destaca, ainda, as inversões que serão realizadas por força dos leilões de 4G – nas faixas de 2,5 GHz (já realizado) e 700 MHz (a realizar) -, com “possível ampliação do nível de investimentos a partir da liberação de espectro da TV analógica para banda larga”.
Para os investigadores do BNDES, “o ritmo da substituição de tecnologias (ex: 3G para 4G) depende em parte da amortização/ rentabilidade dos investimentos feitos no período anterior. Nesse sentido, o papel regulatório da ANATEL contínua fundamental para acelerar/frear investimentos”.
Assim, informa que de forma análoga, a pressão realizada por Minicom/Anatel nas operadoras para melhoria dos serviços também contribui para o aumento dos investimentos no curto/médio prazo. “Há que se considerar, ainda, que o limite da capacidade de financiamento dessa expansão por parte das operadoras pode representar um entrave à expansão do nível de investimentos do setor”.

 

Fernando Moura
Revista da SET.