Governo trabalha para iniciar em 2015 desligamento da TV analógica

Dentre as medidas estão a redução na burocracia e mais rapidez na análise de processos

Por Redação

O Governo Federal através do MiniCom informaram que continua trabalhando para garantir que o desligamento da TV analógica comece em 2015.
Patrícia Ávila, secretária de Serviços de C omunicação Eletrônica do Ministério das C omunicações, afirmou no 36º Encontro Tele.Síntese, em Brasília que o apagão analógico será realizado em etapas, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2018.
De acordo com a secretária, 40% da população brasileira ainda não tem acesso ao sinal digital. Para ampliar essa cobertura digital, o MiniCom tem adotado, segundo ela, uma série de ações destacando-se a redução da burocracia na condução dos processos e a concessão de autorizações provisórias de funcionamento para as emissoras. “Em relação à otimização do espectro e ao replanejamento de canais, faremos a última reunião com a A natel sobre o Norte e o Nordeste e, em seguida, será concluído o replanejamento do C entro-Oeste”, afirmou a secretária. Segundo ela, mais da metade das consultas públicas do Estado de São Paulo sobre o desligamento analógico já foram publicadas. E o restante será publicado em breve. Por outro lado, a secretaria afirmou que “das cerca de 4.500 retransmissoras de TV sem par digital, apenas 20% estão em regiões onde o espectro está congestionado. A s demais estão em cidades pequenas, que não têm esse problema”.
Patrícia explicou ainda que existem aproximadamente 500 pedidos de consignações que estão parados porque não há canais disponíveis ou porque o par digital da entidade está acima do canal 51. “Por isso, estamos esperando o replanejamento para terminar essas consignações”, disse.
De acordo com Patrícia Ávila, depois da conclusão do replanejamento de canais e da avaliação da lista de cidades que sofrem com o impacto da faixa de 700 MHz, o MiniCom estará apto a divulgar o cronograma do desligamento. Em seguida, será iniciado o monitoramento da cobertura digital, em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A secretária lembrou também que até o final do ano será divulgado o resultado de uma pesquisa, feita em parceria com a Secretaria de C omunicação Social da Presidência da República e o IBGE, sobre o acesso da população ao sinal digital.
Avila disse que o governo está acompanhando a produção e venda de TVs de tela plana (são 35 milhões de aparelhos já vendidos, quando a expectativa para outubro passado era de 16 milhões), e o estudo sobre as forma de subsídio para compra dos conversores digitais por famílias de baixa renda.
Com respeito a interatividade, a secretária observou que a obrigatoriedade do Ginga (programa que possibilita a interatividade no modelo nipo-brasileiro de TV Digital), que era de 75%, em 2013, este ano passará a 90%. “Há cada vez mais aparelhos com o Ginga e a tendência é aumentar ainda mais”, ressaltou, lembrando que, com a previsão de aumento de venda de aparelhos digitais de 14% por conta da C opa do Mundo, o número de TVs com Ginga embutido em breve poderá chegar a 25 milhões. Além disso, segundo ela, o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) está se expandido para outros países, com laboratórios instalados no Uruguai, C hile, Equador e Peru e capacitação de cerca de 40 profissionais da área. “Temos ainda o programa o Ginga Br Labs, que entregou laboratórios de conteúdo e aplicações interativas para TVs públicas, capacitação de profissionais e desenvolvimento de repositório para intercâmbio de conteúdos interativos e o serviço experimental de distribuição de conteúdos multimidias”, destacou.
Com MiniCom-

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