Fundamentos do áudio como necessidade profissional

 

Testes da SET revelam

A sofisticação da tecnologia dentro das emissoras revelou o calcanhar de Aquiles da fluxo de produção: a carência de conhecimento teórico de quem trabalha com áudio para broadcast

Nº 140 – Fev/Mar 2014

Por Flávio Bonanome

Reportagem

As emissoras deviam se preocupar mais com sua produção de áudio, afinal de contas, áudio sem vídeo existe, se chama rádio. A gora vídeo sem áudio não é nada”. Foi com esta sabia frase que A rmando Ishimaru finalizou sua entrevista para a R evista da SET no final de 2013. Na época o representante da Leader Instruments havia nos recebido para falar um pouco mais do tema que tem sido o mais comentado quando o assunto é o áudio para broadcast: Loudness.

A vantagem dos cursos ministrados em escolas é a possibilidade de aprender na prática, coisa mais complicada dentro de empresas do setor devido à agenda sempre corrida das produções

A vantagem dos cursos ministrados em escolas é a possibilidade de aprender na prática, coisa mais complicada dentro de empresas do setor devido à agenda sempre corrida das produções

De fato, se deixarmos o Loudness de lado, parece que todo o resto do Workflow de produção em áudio é algo que já está perfeitamente robusto e integrado no dia-a- -dia de emissoras. Mesmo entre fabricantes, a resposta sobre o que há de novo no mundo do áudio para produção a resposta é sempre a mesma: “Já fazemos áudio em um pico de qualidade há muitos anos e é assim que vai continuar independente da evolução da imagem”.

Um dos principais desafios do profissional de áudio para broadcast é entender o trabalho de captação

Variações desta resposta foi tudo o que encontramos sempre que perguntamos para empresas como DPA Microfones, Yamaha ou Shure qual era o futuro do que eles fabricavam para broadcast durante a última edição do NAB. Não interessa o quão a imagem ganhe definição, o áudio já está em seu pico de qualidade e workflow.
Mas, se está tudo tão padronizado, por que ainda existem tantas reclamações sobre a qualidade do som em alguns programas televisivos? “A verdade é que se fala muito de Loudness, mas os profissionais ainda têm muito o que aprender em conceitos básicos como Mixagem e Captação”, afirma Carlos Ronconi, assessor técnico da R ede Globo.

Considerado uma lenda entre os profissionais de áudio para televisão, R onconi não está sozinho em sua opinião. “O que nós vemos hoje são profissionais que, até por uma carência de cursos, conquistaram seu conhecimento de forma empírica, mas sua parte de conceitos e fundamentos é bastante vaga”, afirma Luiz Helênio, diretor da escola IATEC.

O IATEC tem investido em abrir novos cursos focados em quem quer aprender as técnicas do áudio para Broadcast

Foi juntando a percepção desta carência com a projeção de rápido crescimento para o setor de produção áudiovisual que o tradicional centro de excelência em formação de profissionais de sonorização ao vivo e produção musical resolveu abraçar o setor de rádiodifusão. “Detectamos este aumento exponencial neste setor advindo de fatores como a lei das cotas dos canais por assinaturas, além da proliferação de produtoras de médio e pequeno porte e o surgimento de emissoras de pequeno porte”, afirma Helênio.
Desta forma, há cerca de dois anos, o IATEC lançou seu primeiro curso voltado para o setor atraindo grande procura logo na primeira turma. Hoje já são quatro cursos sob o tema. “Temos o ‘Fundamentos de Áudio’, que é um denominador comum para todas as áreas. Saindo disso passamos a ofertar um curso de especialização da área de broadcast, um de C aptação para Cinema, um de produção de Trilhas Sonoras, dois de Softwares (Pro Tools e Logic) e por fim o Áudio para TV e Cinema, que fecha tudo isso com a parte de pós produção”, conta o diretor.

Perfil de profissionais
Mesmo com a grande procura na escola, a maioria dos cursos ministrados pelo IATEC acontecem In Company, ou seja, dentro das emissoras, o que revela uma grande necessidade de conhecimento por profissionais que já estão atuando no mercado. “As pessoas que atuam como técnicos de áudio dentro da emissoras são profissionais que aprenderam na prática, reproduzindo técnicas de seus antecessores como receitas de bolo. A pesar de normalmente estarem até trabalhando de forma correta, eles não tem o embasamento correto para entender o porque deve ser feito de determinada forma”, explica Helênio.
Apesar destes profissionais formados empiricamente serem capazes de fazer seu trabalho com as ferramentas existentes, a crescente evolução tecnológica tem levando os profissionais de volta às salas de aula. “Eu acredito que esta demanda que surgiu com novas tecnologias fez com que as pessoas buscassem se estruturar melhor”, afirma Ronconi.
Esta consciência da importância do conhecimento teórico têm transformado o universo dos profissionais que desejam ingressar no mercado broadcast. “Temos hoje algumas dicotomias. De um lado, profissionais que se formaram empiricamente por causa do passado não tão distante de ausência total de cursos formais de profissionalização e, de outro, egressos de cursos profissionalizantes, nível técnico, universidades e até mesmo pós-graduação, sem vivência prática necessária para atuar prontamente em ambientes de trabalho com prazos curtos e pressão”, explica Rodrigo Meirelles, gerente de Áudio da Rede Globo e diretor do Centro de Treinamento Pro Class.

Luiz Helênio durante evento de treinamento ministrado no IATEC

Luiz Helênio durante evento de treinamento ministrado no IATEC

Meirelles toca no ponto fraco da questão: o peso da rotina dos profissionais versus o tempo necessário para se ter um aprendizado de qualidade. “Hoje vejo e tenho contato com muitos profissionais de áudio na área de broadcast, em diversos níveis de atuação. O cotidiano requer muito envolvimento com o trabalho, paixão e imersão. Por muitas vezes, sobra pouco tempo para o estudo e atualização profissional. Hoje é um desafio para as empresas e para o próprio profissional se manter atualizado dentro da rotina de uma emissora, produtora ou até mesmo como freelancer”, explica Meirelles.
É neste cenário que as emissoras precisam trabalhar. Estar disposto a buscar profissionais capacitados ou investir nos já presentes para atribuir melhor formação. “É inegável que qualidade da imagem está em primeiro plano de prioridade e que é o cartão de visitas para uma emissora. No entanto, um áudio de boa qualidade pode fazer um conteúdo audiovisual transitar do amadorismo para o profissionalismo. A preocupação com um áudio bem produzido, desde a conceituação, passando pelo set de gravação, até a finalização, tanto artisticamente quanto tecnicamente, sinaliza que ali temos uma grande produção que conta com profissionais e não algo amador”, afirma Meirelles.


PING-PONG – Entrevista : Carlos Ronconi

Dentro do universo dos profissionais de broadcast, poucos tem tanta unanimidade quanto C arlos R onconi. Profissional do mercado de áudio já há muitas décadas, R onconi é atualmente o assessor técnico para o segmento de áudio profissional da R ede Globo, e considerado por muitos o cabeça do departamento quando se fala de poder de decisão.
Toda vez que a programação da emissora exige algo mais elaborado em termos de transmissão de som, é R onconi que está presente. Isso significa que muito do que se ouve em programas como Som Brasil ou nas transmissões Globo Sat de shows como foi o caso do Rock in Rio tem as mãos, e o apurado ouvido, do profissional.
Vindo do mercado fonográfico (trabalhou na Som Livre de 1985 a 1988), R onconi traz uma forte veia musical, mas também muita técnica adquirida com experiência e estudo, inclusive fora do Brasil. O profissional também ministra palestras e cursos e é um membro ativo da secção brasileira da A ES (Audio Engineering Society).
Ronconi encontrou um espaço em sua atribulada agenda para conversar com a R evista da SET por telefone. Durante a entrevista, falamos sobre a carência de conhecimento que ronda o mercado broadcast, as principais dificuldades e diferenças do setor de radiodifusão e um pouco do que o futuro pode guardar em termos de tecnologia.
Revista da SET: Ronconi, já que está inserido no mercado de profissionais de áudio para broadcast há tantos anos, e com certeza já tem um mapa mental de como as coisas funcionam, você acredita que falta conhecimento entre os profissionais que atuam na área?
Carlos Ronconi: O que eu acho que está acontecendo é que o áudio para broadcast se sofisticou muito nos últimos anos. Tanto em jornalismo como em produção, antigamente havia uma captação bem discreta e uma participação bem discreta do áudio. C onforme as coisas foram evoluindo em termos de qualidade de equipamento, e estes foram ficando mais baratos, surgiu uma exigência de gente que soubesse operá- -los. Hoje em dia você consegue comprar um software de edição de áudio para ter em casa. A ntigamente isso era impossível. Então estes fatores fizeram com que o áudio na televisão melhorasse. A entrada de Workstations digitais no rádio e televisão trouxe uma evolução muito grande, deixou-se de editar com fita, usar gilete para editar no mouse e essa diferença foi muito grande. A qui na globo foi no final dos anos 1980 quando digitalizamos nossa área, então as pessoas precisam conhecer mais para operar isso.
Hoje não dá mais para “ir ali na esquina” e contratar um operador de áudio. O profissional tem que saber, conhecer tipos diferentes de microfone, utilização de sistemas sem fios, gravação multi-track, gravação separada. A indústria cinematográfica do brasil também ajudou nisso levando a sofisticação do cinema para a televisão. Hoje estamos usando os mesmos processos de trabalho de áudio para cinema. A cho que tudo isso contribuiu para as pessoas quererem aprender mais e o mercado exige isso.
Claro que a tradição da TV e R ádio brasileiros sempre foram na parte de treinamentos internos. O profissional entra, aprende dentro da emissora.
Mas a circulação muito grande a demanda por gente que pode fazer rapidamente estão fazendo as pessoas serem procuradas com nível de conhecimento e a única maneira de aprender é na escola.

Revista da SET: Mas esta exigência surge exatamente de onde? É a sofisticação que traz maior interesse ou a busca dos profissionais por evoluir que ocasiona esta sofisticação?
Ronconi: Este é o tipo de pergunta “Ovo ou Galinha”.

Carlos R onconi é o nome por trás de programas como o Som Brasil ou a transmissão de shows para os canais Globosat

Carlos Ronconi é o nome por trás de programas como o Som Brasil ou a transmissão de shows para os canais Globosat

São dois tipos de pensamento que tem lógica e coerência. Eu entendo que a abertura que a televisão deu para a nova tecnologia, esta demanda que houve, abriu um pouco mais a cabeça das pessoas. Eu ainda continuo achando que a demanda da tecnologia fez com que as pessoas quisessem se estruturar melhor. E o que também possibilitou isso foi o aparecimento de cursos no brasil.
Hoje o mercado está mais ou menos aquecido. A Copa traz demanda, depois esfria, depois Olimpíadas aquece o mercado de novo. Este aquecimento de mercado faz com que as empresas vão atrás de gente com mais experiência e conhecimento. Experiência você tem na prática e conhecimento só na escola.
É muito difícil em broadcast você aprender trabalhando direito. Ninguém quer correr este risco de colocar um profissional para trabalhar aprendendo. Assim como você não coloca um interno de quinto ano de medicina para fazer uma cirurgia cardíaca. O risco é muito grande, então precisa de alguém experiente para tocar e o profissional aprendendo do lado. No broadcast, este tempo é meio escasso, o profissional tem que aprender rapidamente.

Revista da SET: Por que as emissoras optam por esta tradição do treinamento interno? Ainda hoje é mais comum aprender desta forma ou há profissionais formados em cursos livres?
Ronconi: Isso dos treinamentos internos acontecia por que ninguém fora da emissora tinha os equipamentos que o profissional ia precisar usar. Pense 15 anos atrás, que escola tinha um sistema A vid completo para o aluno usar e aprender? Nenhuma.
Quem poderia ter microfones ou sistemas sofisticados eram as emissoras.
Já hoje em dia, com o barateamento dos custos sendo possível ter um Pro Tools, Logic e mesmo editor de vídeo como um Final Cut com preços bem acessíveis, é possível dar um treinamento fora da empresa. Ainda continua caro, uma câmera sofisticada não é todo mundo que tem, mas a noção básica e do workflow dá para fazer um treinamento fora.
Eu acho que esta é uma tendência daqui pra frente, até por que treinamento é caro, tanto interno quanto externamente. É preciso levar em conta no custo desde o tempo que o profissional está “parado”, sem produzir.
Hoje no país existem vários cursos, mas sabemos que no Brasil estes custos são sempre um mistério. Tudo no Brasil tem um custo muito alto, o que é muito esquisito. Então treinar o profissional dentro ou fora da emissora é mais uma questão de recursos. Antigamente você só tinha recurso dentro da emissora. O pessoal do cinema aprendia estagiando no Set junto com os profissionais.
Tinha que ficar do lado olhando, sem por a mão na massa, até por que qualquer pequeno erro significava refazer tudo, regravar tudo e isso sai muito caro.
Então o treinamento interno existia antigamente, hoje em dia já dá para procurar outros lugares, inclusive fora do país, várias universidades dão treinamento específicos. A própria BBC (Inglaterra) oferece cursos, em Orlando (Estados Unidos) há também cursos voltados para broadcast. E hoje em dia o broadcast usa muito mais equipamentos que fazem parte do “domínio geral”, você não tem mais aquela coisa de consoles dedicados para broadcast, a maioria das emissoras está partindo para o que tem na prateleira. Ou seja, equipamentos que também atendem o mercado de sonorização. Hoje em dia por exemplo você trabalha com consoles A vid, DiGiCo que são os mesmos que estão sendo usados no som ao vivo, onde a chance de errar é um pouco menor. Dá para aprender com a mão na massa.

Revista da SET: Nos últimos anos, sempre que se fala de áudio para broadcast, se fala de Loudness. Hoje este é de fato o assunto que exige mais estudo, ou ainda há muito o que aprender em termos mais fundamentais?
Ronconi: Eu acho que os profissionais brasileiros tem muito o que aprender sobre o resto todo. Na minha opinião o Loudness é algo que todo mundo tem que conhecer, tem que entender o workflow, mas é uma preocupação mais da exibição, por que não envolve só o produto interno de cada emissora, envolve os comerciais que chegam, envolve não só broadcast mas também as distribuidoras, como NET, Vivo, C laro. É uma responsabilidade de todos.
Claro que quem produz para televisão precisa conhecer as regras de Loudness para conseguir produzir dentro dos parâmetros. Por exemplo, se eu estou fazendo a captação de um produto para cinema, eu espero ter um R ange dinâmico fantástico, por que o espectador vai assistir numa sala onde tudo é controlado, teoricamente o range dinâmico em B-chain é enorme, ou seja, do sussurro à explosão vai ser plenamente audível.
Agora, se eu vou fazer um produto para emissora, preciso saber até que horário que ele vai pro ar, por que se falamos de um programa que passa depois das 22h, 23h, é muito raro eu conseguir deixar um range dinâmico alto. A final de contas, não posso entregar um áudio onde no sussurro o espectador precisa aumentar o volume da TV, e na explosão ele vai acabar acordando os vizinhos.
Então estas preocupações são também da produção. Precisa ser feito como era antigamente no mercado de música.
Após a gravação e mix, o áudio passava por diferentes processos de masterização: um para entregar o produto final em Vinil, outro em CD, outro para Rádio, sempre respeitando os aspectos e características do campo de distribuição.
Então Loudness, no meu ver, é algo que precisa ser estudado por todos, precisa ser controlado pela exibição, mas quem está captando e mixando também tem que conhecer o que é. Nem que ele tenha que fazer várias masters.
Agora, voltando a questão, eu acho que ainda tem muito o que aprender sobre mixagem, exatamente por causa destas condições. A prender a trabalhar com diferentes tipos de programa, tipos de linguagem que se está usando, qual é a característica do programa, é um drama, é comédia, cada um tem uma característica diferente que você precisa imprimir isso para quem está assistindo através da mixagem.

Revista da SET: Qual dos pontos do Workflow do áudio para broadcast que os profissionais são mais carentes de conhecimento hoje?
Ronconi: Eu acho que, até pela demanda, é a captação. Som direto e captação ainda é o nosso elo mais fraco. Eu vejo aqui na Globo e outros lugares que isso é o que demanda mais. A s pessoas querem entender e é o trabalho mais pesado. O profissional fica o dia todo num set, captando, tem mais adversidade: tem o caso de estúdios com painel de led fazendo ruído, ou numa externa ao lado daquela cachoeira que não faz diferença nenhuma pra história, mas o diretor quer gravar ali. Então você precisa convencê-lo de que pode ter problemas.
É um trabalho muito técnico e muito político. Você precisa ter o conhecimento necessário para apresentar os problemas e apresentar soluções. Isso é o que falta um pouco, esta postura de conhecimento e de tratamento, você poder conversar com as pessoas, saber explicar o que está fazendo.

Revista da SET: Frequentando os grandes eventos de broadcast mundiais, vemos saltos tecnológicos acontecendo a todo instante no que diz respeito a transmissão e definição de imagem, mas o áudio parece que não tem muito mais para onde evoluir. Novas Ultra Definições são apresentadas, mas o workflow do áudio permanece o mesmo. O que podemos esperar do futuro do áudio para broadcast?
Ronconi: Realmente o áudio já está no pico que podia estar e estes upgrades de imagem não influenciam muito a forma que se faz o áudio. Se você parar para pensar, já trabalhamos hoje na televisão com uma qualidade de som tão boa quanto a de cinema. É claro que se eu tenho uma imagem muito mais detalhada, eu posso trabalhar melhor meu áudio. Se o espectador vai assistir TV numa tela de 80 polegadas e vai poder ver um carro passando lá no fundo da imagem, eu posso botar o som daquele carro passando. Posso crescer esta experiência de visualização em alta definição melhorando o som. Temos experiências da NHK com áudio em 22.2.
Eu acho fantástico, mas acho difícil sua esposa deixar você botar 22 caixas numa sala… Então é muito legal você poder ter toda a dimensão do espaço que você está vendo, você traz a sensação de imersão. Hoje você tem o padrão A tmos da Dolby de processamento de sinal de áudio, sem fontes de som mas objetos de som, o que permite fazer o áudio “passear” espacialmente por tudo o que é canto. A qui no R io de Janeiro já temos uma sala de cinema com Atmos, e realmente agrega muito na experiência do espectador a ideia de termos som vindo de cima, lateralmente, ou exatamente de um ponto.
Hoje a gente já consegue fazer isso na TV, é possível fazer um trabalho de imersão. O problema é que existe muito pouco conhecimento do público com relação à isso. Não é incomum vermos um consumidor comprar umHome Theater e colocar as cinco caixas alinhadas frente, uma do lado da outra na estante. Ou monta o sistema usando só duas caixas. Então falta ainda este nível de conhecimento do público. Falta entender o que é o 5.1. Não é uma coisa fácil, precisa educar e educar é complicado. É preciso abordar as pessoas e explicar como é que é.
Isso também é um papel da televisão, como esta campanha que tem sido feita do HD digital, já pensando no Switch-off, por que boa parte dos receptores ainda é tubo 4:3, vale uma campanha para elucidar também esta questão do som.