Energia lança nova linha de LED com desenvolvimento nacional
Nº 150 – Abril/Maio 2015
Empresa carioca inova com o lançamento de uma nova linha de luminárias para externas e estúdios com tecnologia brasileira. A Revista da SET esteve nas novas instalações da empresa na capital fluminense e conta em primeira pessoa as características destes novos equipamentos desenvolvidos no país por engenheiros brasileiros
Na indústria broadcasting muito se fala sobre as marcas internacionais, os seus equipamentos e o difícil que se torna, as vezes, ter serviços pósvenda rápidos e com manutenção.
Também se sabe que são poucas as empresas brasileiras que desenvolvem tecnologia no país para a indústria, mas das poucas que existem, algumas, o fazem e muito bem.
A Energia é uma dessas empresas. Com mais de duas décadas de existência, a companhia carioca continua inovando e produzindo equipamentos de alta qualidade para o mercado brasileiro, tanto com baterias como com luminárias.
No início de 2015, a Energia lançou uma nova linha de painéis, fresnels e COBs de LED inovadores com tecnologias como Full Spectrum com CRI de 98%, single LED, no Fan, chip On Board, controle remoto via DMX-512.
O projeto dessa nova linha foi baseado no conceito de “Qualidade de Luz” desenvolvido por Ricardo Kauffmann, diretor e fundador da Energia.
“As câmeras de cinema e TV necessitam menos luz a cada dia, por isso a empresa se concentrou na qualidade dos LEDs. Mesmo não precisando de muita luminosidade, os novos Prolites estão mais potentes em luminosidade e com uma qualidade de branco infinitamente superior as demais no mercado”, afirmou à Revista da SET, Kauffmann nos escritórios da firma nas instalações da empresa no Rio de Janeiro.
O executivo explica que estamos frente a uma mudança de paradigma na iluminação. “Não há retorno, o LED veio para ficar, neles temos controle geométrico da luz, maior aproveitamento e redução de energia, além de uma reprodução da luz solar que as vezes chega a ter maior qualidade que a natural”.
Kauffmann explicou a reportagem da Revista da SET que os projetos e desenhos de engenharia das luminárias são desenvolvidos no Brasil e produzidos na China desde os escritórios de engenharia que a empresa possui na Asia.
“Temos 10 funcionários trabalhando no Brasil e mais três nos nossos escritórios da China. Desde lá eles comandam a produção que é feita em uma fábrica que produz os equipamentos para nós. Cá no Brasil distribuímos e realizamos o trabalho de pós-venda e suporte ao cliente. Os nossos engenheiros na China supervisionam todo o processo de produção e criação dos nossos produtos, e cá desenvolvemos os projetos de engenharia. A produção é lá porque é a forma que encontramos de produzir nossos próprios produtos”.
O diretor da Energia explicou que a “linha 2015 está fundamentada em dois pontos: O aumento de qualidade da luz, com a utilização de LEDs com CRI (Color Rendering Index) acima de 95%, o que significa uma luz de alta-fidelidade de cor, equivalente à luz do sol, e a adoção de COB – Chip On Board, que permite a substituição dos antigos painéis de LEDs por luminárias com um único chip – high intensity/single shadow”.
O Chip On Board dos COBs representa, afirma Kauffmann, “a mais recente e mais completa solução em iluminação de LED. Um único chip de LED, como se fosse uma lâmpada de alta intensidade produzindo uma única sombra. Essa linha é a mais potente da categoria podendo chegar a 17 mil lux. Possui ajuste de temperatura de cor e controle remoto sem fio para até 10 luminárias.
Mudanças no mercado broadcastE para facilitar a vida em externas, há um Kit com 2 luminárias, tripés, controle remoto, difusor tipo Softbox, Umbrella Reflector e Carry-on Case” Ele explicou que “essas inovações trazem também uma significante redução no custo do lux gerado, se comparado com as luminárias anteriores.
As luminárias da Linha 2015 permitem a substituição das fluorescentes e das incandescentes de tungstênio com inúmeras vantagens, como, por exemplo, a redução no consumo de energia elétrica em 90% em relação às incandescentes, e de 70% em relação às fluorescentes; aumento na qualidade da luz com incremento no CRI 74% para acima de 95%; e aumento no controle da iluminação com ajuste eletrônico de temperatura de cor e de intensidade”
Outro dos lançamentos da Energia é a nova geração de NF Fresnel Energia.
“O objetivo da linha é oferecer a melhor qualidade na luz irradiada com um CRI 98% e sem utilizar ventilação, ou seja, sem barulho.
Além dessa nova tecnologia, explica o fundador da Energia, este Fresnel oferece controle remoto por DMX- 512, temperatura de Cor de 5600 Kelvin com potência de até 75 mil lux. A empresa disponibiliza opções de controle remoto em 2.5G de 10 canais e temperatura de cor ajustável de 3000 à 7000K.
O fundador da Energia, Ricardo Kauffmann é engenheiro de telecomunicações, especializado em televisão, com mais de 40 anos de experiência como operador, técnico de manutenção, projetista de sistemas de televisão e responsável pela implantação de mais de 40 emissoras de televisão..
Ele participou de grande parte dos SET Regionais realizados em 2014, e em quase todos eles, avançou com a ideia de profissionalização da iluminação nas estruturas das emissoras e como a mudança para o LED pode ser importante na hora de pensar em custos de energia e manutenção do equipamento.
Kauffmann afirma que um dos pontos que serão discutidos nos próximos tempos na cadeia produtiva audiovisual são os custos, e entre eles, “a conta da energia que vai precipitar a mudança” e gerará “a substituição de talentos humanos pelo custo, a substituição da qualidade por custo, a substituição da confiabilidade e da segurança por custo irá resultar numa inevitável degradação da indústria.
O problema é que justificar a opção pela qualidade, demanda conhecimento, pesquisa científica, em suma, dá muito trabalho! Ao passo que a opção pelo mais barato é muito simples e inicialmente elogiável e às vezes gera até uma promoção”.
De fato, afirma o empresário, a opção pelo LED nem sempre é a mais barata na primeira instância e que os produtos de qualidade nem sempre são reconhecidos. “Estamos observando que está muito difícil vender qualidade, tem muita gente boa desistindo e começando a fabricar preço.
Se os responsáveis técnicos (ou os culpados técnicos) não assumirem o seu papel veremos em curto prazo a degradação da Televisão Brasileira.
Assim como na análise Custo-beneficio, o benefício é que deve ditar o rumo, nas Emissoras de Televisão, a engenharia tem que se impor aos “economistas” de plantão”.
Mas Kauffmann está confiante, já que acredita que “existem profissionais corajosos e determinados na sua missão.