Em Las Vegas as apostas para o futuro

ENCARTE ESPECIAL
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Em  Las  Vegas  as apostas  para  o  futuro
Futuro imediato, educação, inovação e inspiração, foram as palavras de ordem.

A NAB – National Association of Broadcasters – surgiu em 1923 e desde o seu início tinha como preocupação interagir com os profissionais e apresentar soluções para o setor.  A cada ano os seus encontros ganhavam novos integrantes e cada vez mais mostravam inovações para os broadcasters de todo o mundo.
Durante esses anos sua feira acompanha o avanço tecnológico na área de radiodifusão. E a 83ª. edição, não foi diferente.
Sempre à frente, os participantes da feira mostram o melhor da tecnologia. Na convenção de 1988, o ex-presidente americano Ronald Reagan se tornou o primeiro presidente a ter uma transmissão em HDTV, na época um sistema ainda embrionário. Exatos vinte e oito anos após essa transmissão histórica, o HDTV ainda é o fio condutor de vários debates, porém a tecnologia de hoje em dia está a milhas de distância daquela de 88.

Competição sadia
Atual presidente da NAB, desde dezembro de 2005, David Rehr abriu o evento, com um inflamado discurso sobre o setor, e um voraz olhar sobre o futuro. Segundo ele, os broadcasters precisam ter uma postura mais ofensiva, uma vez que durante muito tempo, as empresas ficaram em uma situação defensiva, “não quero ser conhecido como alguém que defende o status quo”, definiu David, tal discurso nasceu da atual situação do mercado, os atuais broadcasters começam a enfrentar a concorrência das novas plataformas de transmissão.

David Rehr declarou que as companhias telefônicas acabarão se tornando aliadas dos distribuidores de conteúdo, já que estas precisarão da ajuda deles para poderem transmitir programas. Ainda em seu discurso David Rehr disse que “não podemos deixar as empresas de TV a cabo obrigar os consumidores a pagar tarifas desnecessárias para ter a vantagem da HDTV”, referindo-se ao fato das emissoras abertas e gratuitas terem de educar o público, revelando a eles a vantagem de um novo sistema, para Rehr é obrigação dos broadcasters educar o seu público.
As rádios americanas já estão em processo adiantado de propaganda do novo sistema digital, montando uma grande campanha para falar das  vantagens do novo sistema.
Rehr não falou apenas da competição dos transmissores de conteúdo, ele também falou do futuro, palavra usada à exaustão por ele e por todos que estiveram na NAB. Falou que não queria se lembrar do passado do broadcast, nem o passado de glórias ou as derrotas que o setor já enfrentou, ele queria falar apenas do futuro que se formava, e as grandes possibilidades de expansão para todos os empresários do setor, lembrando que os sistemas digitais de rádio e televisão, irão reinventar a indústria e trazer uma nova onda de tecnologia, que colocará as empresas de broadcasting em um novo patamar.
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David Rehr falou sobre o futuro e a competição na área do broadcast.
fig4Alguns pontos de importante relevância foram levantados por David, tais como a habilidade de explorar toda nova tecnologia em toda nova plataforma,  como celulares, laptops, PDAs e diversas outras, que podem ser pesquisadas pelo broadcast. Incisivo Rehr ainda falou sobre a promoção de benefícios para o rádio digital e a televisão digital, em todos os pontos, e falou ainda sobre a necessidade de uma postura eficiente e defensiva das empresas de broadcasting no mercado.
Em todo o seu discurso, o presidente quis salientar que o futuro não é de forma alguma, algo que os broadcasters devam temer, pois para ele o futuro do setor é um dos mais promissores.
Espaço  SET  Brasil  na  NAB
Paralelo a NAB2006, aconteceu o SET e Trinta, tradicional encontro que reuniu 210 broadcasters brasileiros, organizado pela SET. O evento contou com a presença de vários palestrantes que durante três dias, falaram sobre o setor e o mercado, em especial o mercado brasileiro.
Roberto Franco, presidente da SET, Fernando Bittencourt, diretor de TV Aberta da SET e Olympio José Franco, diretor de tecnologia da SET, presidiram as apresentações. As mais importantes empresas do ramo, estiveram presentes debatendo e apresentando os avanços e a historia de seus produtos.
No primeiro dia do encontro, Edson Meira, da Loral Skynet, falou da importância da empresa no mercado internacional de satélites e as novas conquistas no mercado brasileiro, Lisa Hobbs, falou dos principais serviços da Tandberg Television. Jaime Ferreira, representante da thomson/Grass Valley, explanou sobre a nova linha da empresa, a Infinity, apresentou a tecnologia da nova Camcorder Infinity que tem como base para captação da mídia os discos REV da Iomega e os cartões Compact Flash.
Um único disco REV de 35GB pode gravar até 2 horas no formato DV. Algumas características tornam a Infinity um produto único no mercado tais como: ter CCD 2/3″ e possibilidade de gravar em SDTV ou HDTV (720 ou 1080P), permitir gravar em qualquer formato de compressão: MPEG-2 (long gop ou Iframe), JPEG-2000 e DV, interfaces FireWire, USB e Ethernet para conexões com o mundo TI e interfaces de Vídeo HDTV, SDTV e Vídeo Composto, além de áudio digital e áudio analógico.
Juan Carlos Ortolan, da Miranda Technologies, explicou sobre o dimensionamento de imagens, Orest Holyk, da Evertz, que fechou o primeiro dia das palestras, falou sobre as tecnologias mais recentes de displays de vídeo.
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Olympio José Franco, abriu a série de palestras no último dia do
SET e Trinta
No segundo dia, o evento recebeu Osamu Yamada, da Pioneer, que falou das novas tecnologias de displays e sobre o sistema digital no Japão, Alexandre Shulzycki, da EBU-Europa, explicou as estratégias do desligamento da TV analógica na Europa Ocidental e o desenvolvimento do sistema DVB-T, e também sobre a entrega, em 2015, dos sistemas ASO (Analog Shut-Off), HDTV e TV móvel, para o continente europeu, explanando sobre os possíveis problemas e concluindo que entre 2010 e 2012, ocorrerá a completa conversão digital do continente europeu.
Da CBS-USA, Joe Flaherty   falou sobre a radiodifusão televisiva em 2006 e além de 2006, e do LSDI (Large Scale Digital Imagery), um sistema de exibição aplicável a programas como jogos, eventos esportivos, concertos, eventos culturais, etc que possam ser capturados para apresentação em telas widescreen.
Fechando as palestras promovidas pela SET nos três dias, Rodrigo Campos, da PanAmSat, falou das novas tecnologias e serviços como o Vis-à-TV, que oferece aos distribuidores de sistemas de cabo, DTH, IPTV e de redes banda larga um portfolio a La Carte de programação internacional para os seus assinantes. O novo serviço é baseado na aquisição dos direitos de programação e distribuição destes para MSOs, plataformas IPTV e provedores de serviço de Internet banda larga, seja para uma simples assinatura, ou para serviços de vídeo sob demanda. A grande miscigenação de povos presentes em todos os países é o grande impulsionador deste produto, fazendo com que populações que migraram para países como os Estados Unidos, criem uma procura por uma programação étnica e de qualidade. Apresentou também novas tecnologias tais como a transmissão em uma plataforma IPTV com criptografia, onde diversos padrões de codificação de áudio e vídeo convivem harmonicamente.
Felipe Siqueira, da Sony, demonstrou um panorama sobre as diversas taxas de bits de streams HD existentes em função do número de amostras por linha, número de linhas (1080/720), freqüência vertical (60, 50, 25, 24) e modo de varredura (I/P). Como a quantidade de informações a ser gravada/transmitida é muito grande, torna-se necessário utilizar os algoritmos de redução de bits ou compressão, para que essas taxas sejam reduzidas para níveis economicamente viáveis para cada tipo de aplicação, com a qualidade adequada. Este processo se dá através de Codecs que podem ser implementados por hardware ou software.
Como o XDCAM SD, o formato de gravação HD em disco ótico profissional deveria ser de ótima qualidade, com conectividade, sem ser “pesado” demais, para possibilitar longo tempo de gravação na mídia ótica e não ocupar muita banda da rede; transmitir em alta velocidade; permitir multi geração sem perdas; ter facilidade de transcodificação, etc.
Foi apresentado um comparativo sobre os Codecs AVC, JPEG-2000 e MPEG-2 Long Gop, as vantagens e desvantagens de cada, e os motivos que levaram a Sony a optar pelo MPEG-2 Long Gop como Codec do XDCAM HD.
Jurandir Pitsch, da NewSkies Satellites, mostrou a posição dos satélites da empresa e falou de como eles operam e a otimização da capacidade deles, mostrando um quadro com a posição de cada satélite em operação, e citou os sistemas de transmissão digital SDTV em MPEG-2, com up-link básico na banda C.
Eduardo Houmer, da Kathrein, falou sobre a TV Digital e a necessidade das emissoras adquirirem novas antenas de UHF.
Segundo Eduardo, as emissoras que operam em VHF ou UHF procuram agregar a transmissão digital a infraestrutura existente, para isso é necessário o estudo detalhado do espaço, a largura da torre, espaço no topo, peso e carga de vento adicionais.
Emissoras que operam na banda de UHF analógico podem substituir a antena por uma de banda larga e por meio de combinadores, injetar os sinais analógicos e digitais simultaneamente.
O conceito de compartilhamento abre a possibilidade de uma única antena de banda larga compartilhar os sinais de diversas emissoras analógicas e digitais, e com diagramas de cobertura diferentes.
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Durante os três dias, os brasileiros que estiveram na NAB,
puderam conferir as trezes apresentações de
empresas que ocorreram no SET e Trinta.
Foram apresentadas soluções de topo de torre, uma com antena superturnstile encapsulada em fibra e outra com sistema modular de arranjo de painéis.
Em casos de espaço apenas abaixo do topo, há arranjos de painéis múltiplos em anéis circundantes à torre, além do sistema skew com 4 antenas por baia perpendiculares às suas arestas.
Rodolfo Vidal, da Tecsys, falou dos projetos de criptografia da empresa, realizados no ano passado e também sobre a evolução dos produtos da Tecsys.

As  novas  tecnologias
David Rher citou, e lá estavam elas, as novas plataformas de transmissão, vedetes de muitos, mas ainda encarada com um certo receio por alguns broadcasters. A transmissão de conteúdo pelo computador, IPTV (Internet Protocol Television), está se tornando cada vez mais viável, o tema foi discutido na NAB, a PanAmSat fez uma demonstração de sua solução IPTV, no encontro SET e Trinta.
A feira, o setor Next Generation Content Delivery, abordou todos os aspectos da IPTV. Em parceria com o iHollywood Fórum, apresentou o IPTV Fórum, MoTV Móbile Vídeo e Television Fórum, mostrando todas as perspectivas do mercado em relação ao sistema.
O IPTV, já é visualizado como um novo modo de ver TV, pois os dados via IP permitem que os broadcasters enviem imagens com maximização do uso da banda larga a custos mais baixos.
O sistema está cada vez mais avançado, devido aos processadores que a cada ano se tornam melhores, ajudando nas pesquisas para o seu aperfeiçoamento, podendo chegar a ser uma grande revolução em pouco tempo.
Mas não apenas os computadores tiveram o seu lugar de destaque na NAB2006, os celulares também estiveram mostrando que tem potencial para se transformar em receptores de conteúdo, a Modeo, Irdeto, Harris e Alcatel, entre outras, demonstraram os seus produtos na linha de celulares que utilizam sistema de transmissão.
A TV no celular é uma das plataformas mais exploradas nos últimos tempos, muitas operadoras estão se preparando para transmitir os jogos da copa, as operadoras prevêem a venda não só de conteúdo para o celular, mas também de espaço publicitário, o que tornaria o aparelho uma verdadeira televisão móvel.

Las Vegas e o futuro imediato
Durante seis dias, os 4.500 metros quadrados do Las Vegas Convention Center, abrigaram as mais importantes empresas do ramo e os mais incríveis avanços no setor de broadcast.
Foram 1.400 expositores, empresas como Thomson, Accenture, Sony, Canon, Intelsat, PanAmSat, Kodak, Adobe, entre outras,  mostraram a todos, suas inovações.
De olho no avanço e no futuro imediato, a NAB2006 contou com alguns setores especiais, como o Internacional, que reuniu fabricantes de várias regiões do mundo. Uma demonstração de empresas japonesas, lideradas pela NHK, do projeto Ultra High Definition TV, foi uma das mais concorridas.
O setor de áudio-profissional 5.1 esteve presente na feira pelo segundo ano consecutivo, e tratou exclusivamente deste sistema de áudio, com empresas que desenvolvem e vendem o produto. Outro setor o NAB-HD, mostrou todo o processo de uma emissora digital, desde a captação de imagens, edição e exibição.
Além desses pavilhões, aconteceram várias conferências e palestras, que debateram sobre as novidades em tecnologia para transmissão e as oportunidades e desafios que o profissional da área enfrenta no mundo todo.

Os melhores da NAB2006
Como acontece todos os anos, os visitantes da feira votaram nos expositores que apresentaram mais inovações, em três categorias diferentes, Content Creation, onde os premiados foram as empresas Adobe, Apple, Autodesk, Canon, Panasonic, Red Digital e Sony. Na categoria Content Delivery, as empresas vencedoras foram, Amino Communications, Global Microwave System, Volicon e Vyxx In. Na categoria Content Management, os vencedores foram, Grass Valley, La Cie, New Tek, Omneon Vídeo, Ross Vídeo e Smart Sound.
Todas as empresas mostraram produtos que contribuem para a convergência digital e para o avanço tecnológico das empresas de broadcasting. A Sony apresentou as suas câmeras HD, utilizando o tema “HD for All”,  mostrou uma grande linha de camcorders, como, por exemplo, a XDCAM HD, que suporta baixas temperaturas sem perder a qualidade de gravação.
A empresa La Cie, apresentou o Little Big Disk 320 GB, equipamento projetado para editores de áudio e vídeo que não querem sacrificar a capacidade ou velocidade de seus equipamentos. O produto é perfeito para MacBooks e PowerBooks com FireWire 800, conectividade universal com tripla interface (FireWire 800 / 400 e USB 2.0).
A Grass Valley, apresentou o REV PRO media, que é uma mídia removível com ajustes dentro da Infinity camcorder e do DMR e armazena 35GB de vídeo do SD ou HD em um único cartucho. A família Infinity traz uma flexibilidade aos produtos da empresa, além da mídia REV PRO. A Infinity também usa o Compact Flash, em estado sólido, e ainda grava em dispositivos externos através das portas USB 2, FireWire e GB Ethernet, também, suporta vários formatos de gravação (DV, MPEG-2, JPEG-2000, entre outros) e qualquer resolução HD existente.
A Volicon, uma das ganhadoras do prêmio,  apresentou o software Observer 3.0, que promete ajudar os broadcaster no dia-a-dia. O software tem um sistema de closed-caption, que ajuda o usuário a encontrar um arquivo mais facilmente.
Além disso o Observer 3.0, grava, armazena, procura, recupera e exporta mídia em tempo real, o software, pode recuperar uma mídia de até 15 anos.
Com todos esses produtos a NAB mostrou ser um grande centro de inovações, que apresentou todos os avanços tecnológicos, para facilitar cada vez mais a vida do broadcaster e melhorar a qualidade de transmissão de dados e recepção para todo o público.

O rádio digital
Não foi apenas de transmissão de imagem e de perfeição na tela, que tratou a NAB, o som perfeito também foi discutido e apresentado. O rádio digital foi um dos destaques da feira, o HD Radio, chamou
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Os broadcasters americanos investem no rádio digital,
que tem qualidade de som superior.
a atenção de muita gente, no ano passado, o sistema enfrentava os problemas de desenvolvimento e comercialização. Hoje em um momento mais sólido e seguro, o rádio digital já tem 15 empresas fabricando os transmissores e 20 companhias asiáticas desenvolvendo receptores.
Além da boa qualidade sonora, outro fator que pode interessar o público é a regionalização dos programas.
Diferentemente da televisão, a rádio já está preparando uma grande campanha de divulgação no território americano, somente neste ano US$ 200 milhões, foram investidos para essa finalidade.
Durante a NAB, houve uma demonstração do rádio digital, em uma “HD Radio Van”, onde o público pôde conferir a superioridade da qualidade de som.
A  opinião  dos  especialistas

Profissionais brasileiros comentam sobre as inovações e novidades da NAB2006.

“Futuro imediato” foi o tema da NAB desse ano que apresentou muitas novidades em termos de avanço tecnológico. As câmeras digitais, os VTRs digitais, os transmissores digitais e até os sistemas de iluminação foram melhorados, mas houve pouca novidade.
Continua se falando muito em High Definition, com muita propriedade por sinal, mas sem muita ênfase. Notei que os entusiasmos estavam mais dirigidos aos softwares dedicados ao broadcast e aos prazos definidos para o Analogue Shut-Off,  o desligamento definitivo dos sistemas análogos, nos Estados Unidos e Europa.

“Nunca se ouviu falar tanto o português”

Pôde-se ouvir bastante, sobre a plataforma IPTV, abordada no Next Generation Content Delivery e praticamente assegurando às operadoras de telefonia o seu pedaço nas transmissões de TV.
Quanto às curiosidades tecnológicas, quem viu nunca mais vai se esquecer do Sistema de Televisão de Ultra-Alta Definição, da NHK, um sistema com 4320 linhas de varredura, e do sistema de TV em 3D-HDTV.
O momento nostálgico, foi quando me deparei com uma máquina quadruplex de 2 polegadas, funcionando perfeitamente, sendo apresentada como curiosidade.
Uma coisa eu acho que não deu para deixar passar despercebido: nunca se ouviu falar tanto o português na NAB como nesse ano. Dizem que havia cerca de 900 brasileiros visitando a feira. Acredito nesse número, mas acho que a ele devam ser agregados os não brasileiros que estão, seja por qual for o motivo, procurando falar cada vez melhor o português e elogiar o Brasil. Será que isso tem alguma coisa aver com a chegada do nosso sistema HDTV?

Alberto Deodato Seda Paduan
AdesedA-Consultoria, Projetos e Instalações

A NAB foi bem maior este ano, os equipamentos SD mantêm os mesmos preços de lista, o que não se justifica, pois 90% dos equipamentos e workflows já estão preparados para HD.

“Haja produção para tantas formas de distribuição”

Uma empresa desenvolveu um software que é capaz de traduzir a voz em texto, uma excelente solução para as emissoras que poderão ter acesso a essa tecnologia a preço compatível com o mercado.
O cinema digital, foi o grande campeão em desenvolvimento tecnológico, as empresas Carl Zeiss, Canon e Fujinon apresentaram ótimas lentes e a Sony, projetores e storage de altíssima qualidade.
A grande quebra de paradigma é que temos consórcios de várias empresas que vão do hardware, software e integração dos workflows através da TI, diferente décadas atrás, quando menos de uma dezena de empresas eram responsáveis pela planta completa de uma emissora de TV, o que deixava o radiodifusor apreensivo, pois a saída de mercado de um desses fabricantes poderia forçar a troca de grande parte da plataforma de uma emissora. No mundo globalizado nada mais do que aceitável do que as fusões, compras e jointventures. Faz parte do negócio.
O mercado americano está apostando alto no IPTV, até por certas obviedades,  como a liberdade das teles em distribuir conteúdos por meio do broadband e enxergar neste segmento um grande público, que usa aparelhos celulares, com tela maior e boa resolução.
No Brasil ainda é uma incógnita, como este segmento irá crescer, mas uma coisa é certa, jogue todas as fichas em produção, pois haja produção para tantas formas de distribuição.

João Braz Borges
Diretor Geral de Operações  da TV Anhanguera

Fui a NAB2006, com o interesse voltado para as palestras, pois havia algumas que me despertavam interesse.
A palestra sobre recepção móvel de TV demonstrou, que o negócio de distribuição de conteúdo para esses dispositivos está em mãos de grupos, totalmente desconectados, aparentemente, das grandes redes americanas de televisão.
Atualmente uma das grandes preocupações das pessoas envolvidas com tecnologia é a captação do áudio surround (5 ou 6 canais).
Pude ver uma solução, simples, para não dizer simplória, e que pode inclusive se adaptar a uma camcorder, como um microfone. Na realidade, são 5 ou 6 microfones em uma única peça. A aparência é um tanto quando futurista.
Os conceitos “tapeless” e tráfego de conteúdo por rede de dados estão consolidados, sendo que, praticamente, todos os fornecedores desse segmento, têm, pelo menos, uma linha de equipamentos dessa natureza, em operação contínua, com vários clientes.
Por outro lado, os conceitos de gerenciamento do conteúdo e protocolo MXF, seguem motivando conferências, porém, não se percebe ainda, nem uma grande receptividade por parte das empresas de broadcasting, nem um consenso absoluto e adoção irrestrita, por parte dos fabricantes.

“Atualmente uma das grandes preocupações é a captação de áudio”

A NHK marca pela tecnologia inédita, um sistema de TV em 3D, com qualidade fantástica. Para assisti-la, era necessário o uso de uns óculos, que, esteticamente, não eram muito diferentes dos que normalmente usamos. O bom gosto do design podia ser questionado.

Paulo Cano
Diretor de Tecnologia da Rede Gazeta (ES)

CURTAS

Recorde de visitantes
105.046 visitantes estiveram na NAB, um número superior em relação ao do ano passado, os brasileiros foram a maior delegação estrangeira.

IPTV
Entre as novas plataformas, não poderia faltar o IPTV, que foi amplamente discutido.
Para muitos a maneira interativa que a Internet proporciona é o fator que faz esse sistema ser a nova forma de ver televisão.
Pela primeira vez, houve uma conferência específica sobre IPTV e o seu impacto.

Associadas expositoras
Ad Line – Beyerdynamic – Cis Group Corporation – Comtech Ef Data – Dieletric/Tacnet –
Farnell Newark In One – FOXCOM/Guedes Midia – Ideal Antenas – Kathrein – KMP – RFS – Kramer – Miranda Technologies/Libor -Loral Skynet – NDS – NewSkies Satellites –
Newtec – PanAmSat – Phase – RFS World – Satmex -Sennheiser – Sony – Tecsys – Thomson

Gerenciamento de conversão
Gerenciar as conversões de relação de aspecto (ARC) e sinais que podem ser inseridos. Estes foram os aspectos abordados por Juan Carlos Ortolan.
O representante da Miranda Techonologies, falou sobre a conversão de 4:3 para 16:9 e vice-versa, e os sinais que podem ser inseridos, como informação nos espaços que sobram na conversão, e explicou ainda sobre o tamanho da imagem.

Som digital
A Telo System e a CBS Rádio de Boston, serão as primeiras estações a transmitirem no formato 5.1 surround, usando o sistema MPEG, em seu sinal de rádio HD, o que deverá acontecer nos próximo 90 e 120 dias.

Tecnologia Oriental
Os orientais apresentaram a melhor tecnologia de broadcast, as maiores filas eram para ver as inovações vindas da China, Hong Kong e Taiwan.
Esses países apresentaram evoluções em cabo coaxial, IPTV e vários outros sistemas.
A japonesa NHK apresentou novidades no sistema HDTV, que atraiu muitas pessoas.

MoTV é tema de palestras
Várias palestras falaram sobre o MoTV (mobile television), a nova plataforma de transmissão, que pretende aquecer o mercado de broadcast.
Segundo Michael Stroud, do iHollywood, que promoveu uma dessas palestras, há cerca de 1,25 bilhões de telefones celulares no mundo, e que os novos aparelhos produzidos já são capazes de reproduzir vídeos com boa qualidade.
Segundo uma pesquisa cerca de 45% dos ususários de aparelhos celulares, estão interessados em receber conteúdo.

Empresas patrocinadoras do SET e Trinta 2006

AD Line – Cis Brasil – COMTECH EF Data – Dieletric/Tacnet – Evertz
Farnell Newark In One/Tektronix – FOXCOM/Guedes Midia Digital – Ideal Antenas
Kathrein – Kramer – Loral Sky Net – Miranda Technologies/Libor – NDS –
NewSkies Satellites – PanAmSat – Sennheiser – Sony – Tandberg – Tecsys – Thomson