Da luz incandescente ao LED

Congresso SET debate iluminação nas etapas de produção de conteúdo audiovisual e novas – e velhas – tecnologias.

A palestra “Iluminação”, moderada por Cícero Marques (SET/SBT) realizada no primeiro dia da 26ª  edição do Congresso SET, realizado pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) girou em torno de uso de tecnologias para a composição e medição da iluminação no ambiente profissional e no dia-a-dia.

José Gil de Oliveira (IEE/USP) começou a sessão dando um panorama sobre a tecnologia LED e suas aplicações. A iluminação LED começou a ser utilizada pela indústria automobilística e hoje já é utilizada em iluminação pública, na área médica, na área cênica, em hotéis, bares, entre diversos outros locais. Para ele, isso se deve ao fato de que “uma lâmpada incandescente gasta sua energia, em média, 95% em calor e 5% em luz, enquanto que uma lâmpada LED gasta 95% em luz e 5% em calor”, causando uma economia de energia muito grande.

No entanto, para uso profissional, o LED ainda não é muito aceito. Segundo Armando Ishimaru (Leader Instruments) “o LED tem um certo problema para reproduzir certas cores”, como o vermelho. Além do cuidado com as luminárias utilizadas no estúdio, é importante pensar no cuidado com a imagem que chega ao dispositivo do usuário, seja ele uma televisão, um monitor de computador, um tablet ou um celular.

‘Uma lampada incandescente gasta sua energia, em média, 95% em calor e 5% em luz, enquanto que uma lampada LED gasta 95% em luz e 5% em calor’ – José Gil de Oliveira (IEE – USP)

Pensando nisso, a Leader Instruments desenvolveu ferramentas para medição precisa de níveis de luminância e cor em monitores. São eles: o CineLite, o CineZone, o CineSearch e o 5Bar Erro de Gamut. Cada qual, permite que o diretor de fotografia trabalhe de uma forma em cima da iluminação. O CineZone, por exemplo, aplica uma matriz de cores sobre a foto que indica com a cor branca onde a luz está saturada ou com a cor preta onde falta luz.

Toni Hernandes (The Light) discorreu sobre o que seria a luminária perfeita e as implicações para se criar esta luminária. Para isso, é necessário levar em conta aspectos técnicos, de tecnologia das indústrias e da necessidade do usuário.

Em meio a toda a discussão tecnológica, Walter Zucchini (SBT) terminou a palestra falando sobre a utilização de filtros e gelatinas. Segundo Walter, “a maioria esmagadora dos iluminadores ainda utilizam dessa tecnologia para a correção de cores”. Dessa forma, ele apresentou os principais tipos de filtros e gelatinas e a utilização de cada uma.

O Congresso terá 44 sessões e 220 palestrantes distribuídos em 4 auditórios simultâneos, em um fórum que congrega um grupo seleto de mais de 1.600 profissionais que discutem as questões mais relevantes do setor intensamente durante um período de 4 dias.

O evento reúne de 24 a 27 de agosto de 2014 no Pavilhão Azul do Centro de Convenções e Exposições Expo Center Norte em São Paulo, especialistas do Brasil, Estados Unidos, Japão, Europa e América Latina, que discutem os principais aspectos da produção, transmissão e distribuição em TV, além de temas relacionados a vídeo, cinema, rádio e internet. Entre os temas destacados está o switch-off da TV, as interações entre TV e Internet, os desenvolvimentos tecnológicos da Copa do Mundo e muitíssimos outros temas de atualidade da indústria.

* Por Gustavo Zuccherato, aluno da UNESP

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