A sensação de “janela” no 4K e HDR

Erick Soares (Sony) deu início às palestras da tarde de 26 de novembro no auditório da Bolsa de Valores do Rio, na capital fluminense, com uma aula sobre tecnologia associada a 4K e HDR (High Dynamic Range).

A palestra de Soares mostrou os pormenores desta tecnologia e as suas diferenças quando aplicada à TV e ao cinema. Ele disse que o UHDTV, 4K e 8K terá uma “escalada até 2020 para ser aproveitada até as Olimpíadas de Tóquio 2020 com uma evolução tecnológica para ter acesso a conteúdo nessas tecnologias”.

Segundo o engenheiro da Sony, este avanço na tecnologia de captação e reprodução “tem a ver com a pressão do mercado de consumo por mais qualidade de vídeo”. Assim, ele disse que não é só mais qualidade, “é também espectro de cor, é a riqueza de cores, ela trabalha no padrão Rec2020, com uma gama de cores muito maior tendo ganhos de resolução, um frame rate elevado (taxa de quadros), saturação de cores que oferece maior impacto visual e sensorial” que vai dar “a sensação de janela”.

Soares afirmou que as novas tecnologias têm a “capacidade de oferecer maior qualidade e experiência visual do conteúdo, mas a resolução não são suficientes, por isso precisamos, além de capacidade de captação, precisamos imagens mais lentas, o que é possível com o High Frame Rate (HFR) “

Outro dos pontos analisados por Soares foi HDR, e como ele ajuda “no balanço de luz para que a imagem fique mais ampliada, ou seja, um alcance maior. O HDR é uma tecnologia além da resolução, da Ultra Alta Definição”.

O Alto Range Dinâmico (HDR), afirmou o executivo, vai determinar o que vemos entre o claro e o escuro. O HDR é uma evolução em termos de resolução, de resolução temporal (velocidade da imagem), por isso “precisamos rever isso, rever o volume de cor que temos no padrão REC2020, precisamos explorar a riqueza de variação de tecnologia e deixar de comprimir trabalhando do princípio ao fim do processo de captação com a mesma intensidade de luz”.

Ele finalizou dizendo que “o HDR oferece a possibilidade de balanço entre as imagens com muita e pouca luz. Nosso grande desafio é a padronização dessa tecnologia e explorar a tecnologia tendo um padrão, no qual se possa produzir e visualizar com a mesma tecnologia. Precisamos chegar ao momento em que a produção com HDR possa ser vista em uma TV com a mesma tecnologia e assim a cadeia de produção e exibição tenham a mesma tecnologia e possa ser explorada e usufruída toda a qualidade de imagem oferecida”.

“O HDR sendo uma ferramenta para produção não exige sistemas complicados, mas exige uma nova perspectiva de trabalho e esforços para uma padronização. Ele não é apenas relativo ao brilho, ele impacta no número e volume de cores”, concluiu o executivo.

O SET Sudeste 2015, Seminário de Tecnologia de Broadcast e Novas Mídias, Gerenciamento, Produção, Transmissão e Distribuição de Conteúdo Eletrônico Multimídia, se realizou no Auditório da Bolsa do Rio – Centro de Convenções Bolsa do Rio, na Praça XV de Novembro 20, Rio de Janeiro de 24 a 26 de novembro de 2015.

Veja a programação completa do SET Sudeste em:

https://www.set.org.br/eventos_regionais_sudeste.asp?ano=2015

Por Fernando Moura, no Rio de Janeiro