Redes em SFN e suas aplicações

A última palestra da manhã do segundo dia do SET Norte 2015 esteve focada em “Redes em SFN (Single Frequency Network) e suas aplicações como o uso de TX+TX e TX+Gap-fillers”.

Proferida por Glenn Zolotar (Hitachi), a palestra trouxe um tema que sempre fez parte do portfolio de soluções da empresa e é muito importante na situação atual do país, que caminha para o começo do desligamento analógico.

Zolotar apresentou alguns tipos de aplicações de transmissão em redes SFN como, por exemplo: rede composta por transmissor mais Transmissor; transmissor mais Gap-filler; explanando-se sobre detalhes técnicos para ativação nesses tipos de redes.

Glenn Zolotar (Hitachi)

Ele disse que as redes SFN são utilizadas “quando temos apenas um canal disponível”, que estas servem “para expandir área de cobertura e para cobrir zonas de sombra”. Com esta tecnologia será utilizada “apenas uma frequência para cobrir a área, com otimização do espectro: apenas 6 MHz”.

Assim, a SFN equivale a uma forma mais severa de propagação com multipercursos. Os múltiplos sinais chegando aos receptores que interagem construtiva e destrutivamente. De fato, disse o executivo da Hitachi, “a SFN nada mais é que um múltiplo percurso inserido intencionalmente de forma controlada. Do ponto de vista do receptor, ela está dentro de uma rede SFN ou em um ambiente com múltiplos percursos é equivalente”.

Basicamente, disse Zolotar, para que as interações entre os vários sinais que chegam ao receptor não sejam completamente destrutivas precisamos que o sinal das várias fontes seja o mesmo. Que as portadoras estejam “alinhadas” na mesma frequência e que o atraso entre as várias fontes não exceda o tempo de proteção do intervalo de guarda.

Porque “o “X” da questão em redes SFN não é a distância entre as estações transmissoras, mas sim o comportamento dos sinais dentro da área de sobreposição das coberturas”, porque os requisitos básicos para funcionamento passam por ter um mesmo BTS (bit a bit), porque “para que não haja interferência intersimbólica precisamos que as portadoras de todos os transmissores da rede estejam moduladas da mesma forma e com a mesma informação”.

Um mesmo canal (mesma frequência) “para que a interação entre as portadoras vindas de diferentes Txs ocorra com o mínimo de interferência, elas devem estas exatamente alinhadas no domínio da frequência”. E, finalmente, um mesmo tempo (sincronizado), “para que não haja interferência intersimbólica, já que precisamos que as portadoras de todos os transmissores da rede estejam moduladas da mesma forma e com a mesma informação. Ou seja, se um Tx estiver muito atrasado em relação ao outro o receptor encara como se fossem sinais diferentes”.

O SET Norte 2015 é transmitido ao vivo:


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O SET NORTE 2015, Seminário de Tecnologia de Broadcast e Novas Mídias Gerenciamento, Produção, Transmissão e Distribuição de Conteúdo Eletrônico Multimídia, terá importantes palestras, com destaque para o desligamento da TV Analógica, migração das AMs para a faixa FM, 4K, infraestruturas IP e interiorização da TV Digital, serviços satelitais, normas e regulações, entre outros

O seminário se realiza das 9h às 18h (horário de Manaus – duas horas a menos que o horário de Brasília) no Studio 5 Centro de Convenções – Av. Rodrigo Otávio, 3.555 – Distrito Industrial – Manaus – AM. O evento é realizado pela SET e a Fundação Rede Amazônica.

Por Fernando Moura, Manaus (AM)