Qualidade ótica nas produções audiovisuais

Celso Araújo deu uma aula sobre sensores no SET Norte 2014 explicando minuciosamente como funcionam os sensores e fez recomendações para assegurar uma captura de imagem incontestável

Celso Araújo (SET/Fujinon-Trevisan) trouxe um tema bem técnico a Manaus, sensores e ópticas para TV. Ele colocou toda sua experiência em evidência depois de 40 anos de trabalho na Rede Globo e fez uma análise da ruptura tecnológica dos sensores.

Na última palestra do primeiro dia do SET Norte 2014, o diretor de Cinema Digital da SET começou sua fala com as diferenças que existem entre os sensores e a sua profundidade de campo. Isso pelo FFD “Flange Focal Distance”, e o problema físico das lentes que provoca que algumas câmeras tenham pouca profundidade de campo.

A seguir, o engenheiro fez um exame de questões sobre a profundidade de campo discutindo abertura do diafragma, distância focal, distância do assunto e tamanho do chip. Em broadcast, onde se utilizam câmeras de 2/3”, disse Celso Araújo, se usa o conceito de 35 mm “porque era o tamanho do negativo digital” e com eles “o tamanho dos chips que permite estabelecer o tamanho real da imagem.

Araújo disse que hoje em dia algumas câmeras com chip grande são contraproducentes para a produção de fição porque estes têm tanta “profundidade de campo que todos os planos estão em foco e isso não é bom, por exemplo, na produção de uma novela”.

Sobre lentes, Araújo explicou quais os atributos que contribuem para o desempenho geral de uma imagem, que são as múltiplas deficiências que prejudicam o comportamento geral de uma imagem, que são, entre outras, “as cinco aberrações de Seidel que são as aberrações esféricas, o coma, o astigmatismo, curvatura de campo, e as distorções. O grande desafio das empresas é com o 4K e 8K e melhorar as distorções focais”. Mas não são só deficiências, disse Araújo, também têm atributos que são a luminosidades.

No fim, Araújo fez um paralelo entre a operação de vídeo versus o controle da exposição (o negativo digital) e finalizou a palestra/aula com algumas orientações sobre lentes grande angular, normal e Tele, “BOKEH”, uma palavra japonesa que representa áreas que estão fora de foco.

“Hoje temos dois tipos de lentes, as anamórficas e esféricas, hoje usamos as primeiras que comprimem na captura e descomprime na hora da exibição”. Para ele há três tipos de lentes, a grande angular, a lente normal e telefoto. As lentes grande angular espalham as imagens para fora de forma que estas possam caber no quadro então a imagem vai espalhar. “Segundo a lente que utilizemos, teremos um resultado”.

 

Assista ao vivo

Para ter acesso ao vídeo clique em um dos links abaixo a partir das 8:30AM (horário de Brasília) dos dias 05 e 06 de novembro de 2014.

Para acessar a transmissão através de seu pc

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O Congresso conta com a parceria Institucional da Fundação Rede Amazônica, e é uma realização: SET – https://www.set.org.br

A Revista da SET realizará a cobertura ao vivo do evento em : www.revistadaset.com

Data: 5 e 6 de novembro de 2014

Horário: 9 a 18H.

Local: Studio 5 Centro de Convenções. Av. Rodrigo Otávio, 3.555 – Distrito Industrial – Manaus – AM

Por Fernando Moura, em Manaus