SET Centro-Oeste 2017 analisa pós-switch-off

SET Centro-Oeste 2017

por Gabriel Cortez e Fernando Moura

 

Evento realizado em Brasília marcou um ano do desligamento analógico no Distrito Federal, apresentando discussões sobre o futuro da indústria no pós-digitalização. Alcançar os 100% de cobertura digital é desafio para emissoras no Brasil em um cenário de crise econômica, mudança de hábitos dos consumidores e queda de receitas. Neste contexto, o compartilhamento de equipamentos surge como possível solução aos broadcasters. A automação da produção, os conteúdos imersivos e o storyliving são outras formas de aproximar o público e aumentar a audiência, indicam especialistas

A SET realizou o SET Centro -Oeste 2017 em Brasília. O seminário ocorreu um ano após o desligamento do sinal analógico no Distrito Federal (DF) e abordou as tendências para o mercado broadcast em um cenário de digitalização e convergência de mídias. “Brasília foi uma das primeiras cidades a ter o sinal analógico desligado, em novembro de 2016. Um ano depois, muitas mudanças foram necessárias para complementar a cobertura digital. Em Goiânia (GO), o sinal analógico foi desligado em junho de 2017. O objetivo é apresentar esta situação aos participantes do evento e mostrar o que ainda está por vir no mercado de televisão, rádio e mídias digitais”, explicou Emerson Weirich, gerente executivo de engenharia da EBC e diretor regional da SET Centro-Oeste, na abertura do evento.

“O que se prevê para o ano que vem, com a publicação do padrão SMPTE 2110, é uma efetivação das tecnologias IP”, destacou a presidente da SET, Liliana Nakonechnyj, em discurso na abertura do SET Centro-Oeste 2017

A presidente da SET, Liliana Nakonechnyj, analisou na Capital as tendências para o futuro do broadcast e reforçou que a TV aberta continua sendo uma forma de integrar os brasileiros. “Estamos vivendo um mundo de grande revolução digital. A digitalização não passa apenas pelo sinal de televisão. Temos novas tecnologias, novos modelos de negócios e serviços, novos hábitos de consumo e novas demandas.”

As principais tendências do mercado apontadas pela executiva são o empoderamento dos consumidores, a desmaterialização da produção, do processamento e da distribuição de vídeo na nuvem e a inteligência artificial. “O que se prevê para o ano que vem, com a publicação do padrão SMPTE 2110, é uma efetivação das tecnologias IP. Nesse mundo complexo e de mudanças, sempre haverá lugar para quem faz bons roteiros e sempre haverá espaço para a qualidade de imagem e de vídeos”, considerou.