Monetização com publicidade na TV

Na palestra “Localização de conteúdos last-mile e monetização para redes ISDB-TB”, Ricardo Araújo (YouCast/Enensys) apresentou as soluções de monetização com publicidade na televisão oferecidas pela Enensys e afirmou que, mesmo em um ambiente de TV cada vez mais anytime e anywhere, em que os receptores utilizam diferentes plataformas para serviço de TV (terrestre, satélite, cabo, OTT), ainda assim, há um crescimento da monetização e dos gastos em publicidade com mídia, segundo dados da PWC. “Outro detalhe importante é que a propaganda digital, a mídia que mais cresce hoje, não tem tomado espaço de market share da televisão.”
A TV, pelo contrário, continua sendo o meio mais eficaz para envolver a audiência, na opinião do representante da integradora brasileira. “A pessoa que assiste a TV aberta é mais fiel à propaganda do que as outras pessoas. Não há como ‘pular’ os anúncios. Por isso, a agente afirma que a TV ainda é lugar para a propaganda.” O fundamental, de acordo com ele, são os investimentos em conteúdos localizados, com produtos relevantes a determinado público. “Uma TV segmentada, com propagandas personalizadas associadas à conteúdos regionais, notícias locais, previsão do tempo local e propagandas políticas locais é o caminho para envolver a audiência e monetizar com publicidade na televisão”, defendeu.
Pensando nisso, o palestrante explicou que a Enensys desenvolveu uma solução para transmissão de conteúdos ISDB-T, em compatibilidade com o DVB-S/S2, que busca um transporte stream via interface satelital, mas, oferece toda a sinalização BTS e a base de tempo inseridas em um PID, o que otimiza o uso de banda de satélite e gera múltiplos usos a um link satelital entre as diferentes normativas. “Essa solução pode oferecer regionalização da distribuição de conteúdos, em que cada área pode receber apenas o que é direcionado a ela. A partir de um headend único, com o nosso DTS Gateway, é possível realizar também FTA DTT e Pay TV OTT. A nossa ideia é gerar conteúdos relevantes por meio de inserção local, com possibilidade de oferecer conteúdo de TV segmentada e agnóstica a qualquer dispositivo”, concluiu Araújo.