INTELLECTUAL PROPERTY – IP – PI – PROPRIEDADE INTELECTUAL – O QUE É ISSO?

 

Intellectual Property (Abreviação – IP) é toda a Propriedade Intelectual (Abreviação – PI) criada por alguém. Pode ser uma criação como: Um personagem. Uma história. Um conto. Um livro. Uma história em quadrinhos. Um game. Uma narrativa publicitária. Um mascote corporativo. Um jogo. Um brinquedo. Uma novela. Uma série. Uma animação. Um aplicativo para tablets.

No mercado de conteúdo atual, o valor de uma Intellectual Property é muito alto. Não que toda a Intellectual Property se torne um sucesso, mas porque hoje em dia toda a criação tem o potencial de expandir e gerar lucros.

No Brasil, estamos abrindo o mercado em diferentes frentes para o potencial de uma Intellectual Property. Um dos casos mais bem sucedidos é o da Turma da Mônica. Hoje as criações do Maurício de Sousa expandiram dos quadrinhos para livros, animações 2D, animações 3D, versões teen dos personagens Turma da Mônica Jovem vende uma média de 400 mil /500 mil exemplares/mês, aplicativos de tablets, celular e publicações internacionais.

E aparentemente, o ano de 2012 promete ser o ano da expansão de Propriedades Intelectuais Brasileiras, vide que a Estratégia Transmedia e a PL-116 (Lei que regulamenta o campo da produção e distribuição de conteúdos) irão crescer cada vez mais como fomento do mercado de produção nacional.

Mas para tanto os criadores e produtores devem ter em mente algumas coisas referentes a este mercado: O Jurídico e o Administrativo são mais importantes que a qualidade da Propriedade Intelectual – Não adianta ter uma idéia genial sem que os Registros necessários e cabíveis sejam feitos. Não adianta ter um bom projeto sem uma estrutura documental organizada para a captação de recursos via investidores privados (angel – private equity – venture capital) ou governamentais (re-núncia fiscal – fundo setorial – editais).

– A concorrência é Internacional – Uma Propriedade Intelectual deve estar adequada ao mercado Internacional e o circuito que envolve a sua comercialização. De nada adianta uma criação ser perfeita, mas ter uma estratégia regional. Estar preparado para eventos Internacionais como Mipcom, KidScreen, Banff Festival, Rio Content Market, Cannes e outros e saber como se apresentar aos muitos envolvidos na Cadeia Internacional de Comercialização de Conteúdo é muito importante.

– Tenha um bom Business Plan (Plano de Negócio) – Esqueça TUDO o que te falaram sobre o mercado criativo. Este mercado é um NEGÓCIO como qualquer outro. Suas criações necessitam FINANCIAMENTO para a execução e um investidor quer no mínimo ver uma análise do ROI (Return on Investment) do seu projeto.

O Brasil tem tudo para se tornar um pólo mundial do mercado de conteúdo. E a Intellectual Property é a “Commodity” deste mercado.

Sendo IP uma commodity, o que vale então é a criatividade, e no mundo dos negócios a economia abre espaço para as economias criativas. “Economia Criativa” é o termo de definição para qualquer negócio, que envolve a criatividade, pautado em propriedade intelectual definida. basicamente por:
1. Direitos Autorais
2. Patentes
3. Marcas comerciais
4. Design

Esse conjunto de propriedades reunidas está intrinsecamente ligado aos mercados criativos de Publicidade, Marketing, Design, Animação, Literatura, Televisão, Mídias, Teatro, Shows, Eventos, Quadrinhos. Tudo muito interessante e criativo não? Tudo o que uma pessoa “criativa” gostaria de criar e produzir.

Porém existe a “outra” palavra que compõe o termo Economia – “A economia ou atividade econômica consiste na produção, distribuição e consumo de bens e serviços.” – E é aí que o negócio complica.

Muitos profissionais gostariam de trabalhar com atividades econômicas criativas, porém batem de frente com a necessidade de se adequarem ao lado “Econômico” das atividades.

Entender de economia, finanças, administração, jurídico, marketing e até mesmo contabilidade tornam a “Economia Criativa” praticamente um “Limbo” para uma maioria de profissionais que por desconhecimento ou medo não se aprofundam nas disciplinas básicas para o bom desenvolvimento de projetos.

Mas aí vem sempre um “criativo” e diz: “Mas isso é muito chato. Censura minha criatividade”. Mentira. Entender e compreender do todo são necessários em qualquer ramo de negócio, porque a atividade Econômica Criativa seria diferente?

Termos como ROI (Return on Investment), Finep, Seed, Venture Capital, Private Equity, S/A, Cotas, Leis de Incentivo, Co-Produção Interna-cional, Captação Privada e Pública devem fazer parte do vocabulário de qualquer profissional que queiram ingressar seriamente na Economia Criativa, principalmente na área de produção de conteúdo seja audiovisual simplesmente e muito mais agora com as produções em transmídia.

“Mas isso parece chato. Por que estudar tanto?” – A realidade é essa, e as distâncias entre “Eco-nomia” e “Criatividade” estão diminuindo.

 

 

Augusto é membro do grupo de estudos e projetos EraTransmídia dos Inovadores ESPM, publicitário e produtor de transmídia na empresa Lightbox Studios . E-mail: augustovb@gmail .com

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