Tecnologia em favor do Jornalismo: conectividade e interatividade ditam novos parâmetros

Moderado pelo diretor de Tecnologia e Operações do SBT, Raimundo Lima, o painel Tecnologia em Jornalismo: Impactos na Produção e Publicação de Notícias, realizado nesta segunda-feira (21), abordou de que forma as novas tecnologias vêm influenciando a disseminação das notícias.

 

Rafael Boni Marques, gerente de Operações de Tecnologia da TV Globo, falou sobre a mudança de consumo e o aumento da velocidade na divulgação de informações com as novas ferramentas, como telas interativas e em tempo real. “Os apresentadores de TV contam a história de forma mais personalizada, a partir do que está acontecendo minuto a minuto, com os dados atualizados”, afirma. Segundo ele, o papel do profissional de tecnologia é trazer soluções de mobilidade e fluxos de produção eficazes para sistemas cada vez mais autônomos. “Em 2020, teremos mais de 50 bilhões de dispositivos conectados e mais de cinco bilhões de pessoas online. Tudo será por meio de dispositivos”.

 

O futuro do Jornalismo por meio das tecnologias também foi discutido por Rafael Gomide, chefe de redação do Núcleo de Reportagens Especiais da Record TV. Ele exemplificou o tema por meio de uma reportagem diferenciada feita pela emissora sobre a Cracolândia, em São Paulo, baseada em imagens captadas por drones. “Há pouco tempo, isso só era possível por meio de helicópteros, que têm um custo altíssimo, além de um tempo enorme de produção”. Para ele, o futuro é o jornalismo investigativo, que usa esse fluxo cada vez maior de informações para apurar pautas de fôlego, e o desafio principal é a busca pela veracidade das informações e a credibilidade de cada emissor e receptor da notícia. Com o aumento dos smartphones com câmeras e transmissões ao vivo feitas por qualquer pessoa, este desafio se torna ainda maior.

 

O painel teve também a participação de Eduardo Brandini, Head de Mídia e Entretenimento do YouTube para o Brasil, que falou sobre o crescimento da plataforma de vídeos e desta forma de consumo de informação. Em 2010, o YouTube recebia 35 horas de vídeo por minuto; hoje, recebe cerca de 400 horas nos mesmos 60 segundos. Avi Cohen, COO e GM da LiveU Americas, falou sobre os principais avanços da transmissão de dados e distribuição de conteúdo em tempo real. A LiveU trouxe uma nova forma de captar e distribuir vídeo ao vivo, com liderança global.