Inovação durante a Copa do Mundo FIFA 2018: produção remota

A experiência cada vez mais imersiva nas transmissões esportivas foi tema de mesa-redonda durante o Congresso SET EXPO 2018. Para falar sobre o assunto, representantes de algumas das principais emissoras com programação em tempo real durante a Copa do Mundo FIFA da Rússia. 

 

O desafio do Grupo Globo era garantir uma transmissão perfeita – não apenas dos jogos do mundial, mas também a cobertura completa de todos os passos da seleção brasileira, explicou Gilberto Castaño, diretor de Operações da Globosat. “Era mandatório que operássemos com um custo menor e com 100% de integração” – comentou o executivo – já que todo o núcleo de esportes do grupo passou a funcionar em conjunto (reunindo TV Globo e Sportv). A opção foi levar uma estrutura muito mais enxuta à Rússia, apostando na produção remota das transmissões de jogos e reportagens. “Em 2014, na África do Sul, nosso espaço de produção no exterior era de 395 m². Neste ano, ocupamos 45 m². Apenas em carpete economizamos R$ 1 milhão. Mesmo assim a rede enviou 23 equipes de reportagem, mas com tecnologia móvel: mochilinks e kits de edição remota. O sucesso traduz-se em números como o recorde de pessoas ligadas nas TVs e nas plataformas digitais do grupo: 91% da população brasileira.

 

A apresentação teve entre os convidados, também, a Fox Sports.  Luís Santos, vice-presidente de Engenharia e Operações para a o canal pago, mostrou que uma das peculiaridades foi combinar todo o conteúdo e produção destinados a outros países da América Latina, como Argentina, México e Chile.  Outro desafio comentado pelo executivo é melhorar a latência em transmissões digitais. Quanto maior a qualidade transmitida em som e imagem, maior o desafio de fazer com que o telespectador não tenha de gritar gol alguns segundos atrasado.