Aliadas aos canais, smart TVs oferecerão conteúdo mais personalizado

As smart TVs podem ir muito além da alta definição de imagem e a conexão com a internet.

Desenvolvedores do Brasil mostraram como é na prática, e deverá ser no futuro, a ampliação de serviços oferecidos para o usuário final. O debate aconteceu durante o Congresso SET EXPO 2018.

“Poderíamos dizer que o sistema brasileiro de TV digital ainda não funcionou como o prometido – pondera Luiz Fausto, especialista em Estratégia e Assuntos Regulatórios da Rede Globo – mas vamos pensar em como era nossa vida há 10 anos. Quem tinha banda larga em casa? Quantas pessoas tinham smart TVs? Hoje é muito diferente”. A TV digital brasileira foi lançada em 2007. Durante esse tempo, o avanço não foi tímido, mas ainda há muito campo para desenvolvimento. Um cenário projetado por Fausto é a integração dos aplicativos dos canais com a programação linear. Ele dá um exemplo. “Se consentido, enquanto você assiste a um filme ou novela, será possível programar a TV para lhe avisar que está começando na programação linear o jogo do seu time. Sabemos que o linear não vai morrer. Esportes, e outros eventos de alta demanda não o sobrecarregam como fariam com a banda larga. Outra possibilidade é o conteúdo personalizado até mesmo nos comerciais. Se eu sei que o usuário é vegetariano, ele não vai receber propagandas de produtos de carne”.

O caso de sucesso do aplicativo Telecine Play foi apresentado pelo diretor de Tecnologia do canal, Guilherme Saraiva. “TVs conectadas e dispositivos móveis já são 55% da nossa audiência. Sabemos também que nos dispositivos móveis dão play em mais títulos, mas o engajamento da smart TV é muito maior”.