Personalização da TV paga é caminho para sustentabilidade

Tecnologias que alteram as regras do jogo também precisam se mostrar sustentáveis ao longo do tempo. Para discutir como manter a produção audiovisual “no azul”, o congresso SET EXPO convidou alguns nomes de peso no mercado para comentar como as companhias estão criando estratégias de rentabilização de conteúdo.

 

“A cauda longa criada pela indústria é uma maneira efetiva de continuar gerando receita – explicou Leonardo Godoy, especialista de Estratégia e Inteligência de Mercado da SES para as Américas – o conteúdo novo faz muito dinheiro no cinema, depois no primetime da TV paga, então, vai para reprises, venda em plataforma, TV por assinatura e VOD. Mas o que acontece no modelo de streaming, quando disponibiliza todos os episódios de uma série de uma vez, por exemplo?”. A resposta: o gráfico da receita é uma linha reta, sem curva de receita variável. Isso é sustentável? Para a relevância de uma série ao longo do tempo, o bingewatching é atraente para o consumidor, no entanto, ele diminui a interação sobre o conteúdo. O conteúdo linear é de mais alto risco, mas traz mais retorno, opina o especialista. Episódios semanais, por exemplo, mantém um produto relevante por mais tempo.

 

Fabio Luis Schmidt, diretor comercial da Tivo apresentou painel sobre a personalização da TV brasileira, e Alexandre Pelissoni, diretor de Conteúdo da Gracenote/Nielsen falou sobre “a experiência de usuário realmente pessoal”. O debate foi moderado por Hugo Nascimento, CTO da Ad Digital.