Em agosto de 2020 entra em vigor a nova Lei Geral de Proteção de Dados. Isso vai exigir mais atenção das empresas, pois as obrigações com a segurança cibernética provocará aumento de custos se ocorrerem ataques.  Essa foi o alerta  de Vinícius Brasileiro, supervisor Executivo de Segurança da Informação da TV Globo, que moderou o painel “Cybersegurança – Fui Invadido e Agora?”, durante o Congresso SET EXPO, que vai até esta quinta-feira (29) no Expo Center Norte, em São Paulo.

Os cyberataques são cada vez mais frequentes, acarretando a paralisação de operações, vazamento de informações, danos à imagem e prejuízos financeiros. E as empresas precisam se preparar para o que atualmente já é considerado inevitável. “Hoje as empresas já não se questionam se sofrerão ataques, mas quando e se estarão preparadas para responder rapidademente e de forma efetiva”, garante Brasileiro.

Mas o problema, segundo Rodrigo Almeida Gonçalves, Internet Security Manager da Globo.com, é que estudos mostram que há um tempo médio de detecção de invasão de 279 dias. “O tempo representa algo fundamental nesses momentos. Com a demora, o estudo indica que as empresas sofrem um prejuízo de US$ 3,9 milhões. Se a detecção for em menos de 30 dias, a economia chega a US$ 1,2 milhão”, garante.

Já Bruno Cesar Moreira de Souza – Sócio e Diretor Técnico da Able Security, entende que a cybersegurança tem que fazer parte da estratégia da empresa. “É necessário preparar uma equipe para atuar desde antes dos ataques e fazer com que todos os funcionários estejam atentos aos sinais de problemas”, afirma. “É preciso ter um time multidisciplinar de preparação e detecção de ataques cybernéticos e de resposta a incidentes. Esse mesmo grupo atuará na mitigação dos problemas, sua solução e a retomada da normalidade”.

Silvio Pezzo, especialista em Cyber Security & Resilience, Audit, Risk, Crisis & BCP, defende que a empresa tenha um projeto de gestão de crise diante de um ataque cibernético. “Se tem incidente mal respondido, ele passa a incomodar, a ganhar repercussão na mídia, a impactar os clientes. Por isso, precisa ter uma ferramenta chamada comunicação de crise, com pessoas preparadas para atuar junto aos diversos personagens dessa crise”.