Um dos grandes desafios para o rádio na atualidade é o de integrar o seu modelo comercial ao  meio digital. Para isso, perseguir a convergência de modo a oferecer ações abrangentes e compatíveis com as exigências atuais do mercado é fundamental. Uma saída pode estar na reinvenção da publicidade e monetização para o conteúdo em áudio em diferentes formatos.

 

O tema foi alvo de debate no painel “A expansão do faturamento do rádio”, que contou com moderação do diretor geral da Rede Bandeirantes, Rodrigo Neves, também presidente da Aesp (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo).

 

Em sua palestra “Vendendo o rádio sem pesquisa”, Roberto Jefferson, gerente comercial do grupo Band Rádios em Campinas, apresentou vários dados sobre as vantagens de ser anunciante em emissoras de rádios. Um deles foi o de que nenhum outro meio de comunicação tem audiência maior na faixa de horário das 6h às 19h.

 

Segundo uma pesquisa da Cisco, no ano de 2022, 80% de todo o tráfego da internet será de vídeos. O dado foi apresentado pelo diretor na JMV Technology, Josimar Machado. Ele apresentou diversos modelos de monetização e fez uma provação. “De que adianta você ter 2 milhões de views em seu YouTube e dez visitas na sua página de internet?. É importante você chamar a audiência para as suas mídias, e não ficar apenas monetizando outras redes”, afirmou.

 

Criatividade

Abusando do bom humor, o diretor da Agência RF, Robson Ferri, começou a sua palestra dizendo a todos os donos de emissoras de rádio presentes na plateia que as vendessem. “Não estão todos por aí dizendo que a rádio acabou? Então você tem duas opções: feche ou venda”, disse.

 

Ferri apresentou vários cases que desenvolveu em sua agência e ressaltou que o mais importante é não limitar a criatividade, inclusive para a própria empresa. “Se você não sabe se vender direito, como quer vender o produto de seu cliente?”, questionou.