Monetização ainda é gargalo no vídeo sob demanda

É inegável que o consumidor tende a aderir ao vídeo sob demanda, mas ainda há algumas questões que o mercado precisa equacionar e a mais importante delas é como monetizar. Neil Berry, VP e diretor internacional da Comcast Technology Solutions, lançou a questão para a plateia: “Há muitos serviços OTT no mundo. Como sobreviver? O segredo está nos modelos de monetização”. Para o executivo, um modelo de negócio de sucesso nessa área precisa trabalhar com as seguintes intersecções: produtos e ofertas, consumo e aquisição, retenção do consumidor e formas de pagamento.

 

Vinícius Reina, líder de soluções e inovações digitais do Google, observou que apesar das novas formas de consumo, os pilares da TV continuam os mesmos: distribuição, experiência e monetização e esse é um assunto ainda complexo. Ele mostrou algumas experiências com a Dynamic Ad Insertion (DAI), solução do Google baseada na nuvem que promete uma implementação simplificada e escalável para dispositivos de diversos tipos.  A DAI já foi usada com sucesso por clientes como Fox News nos Estados Unidos para os debates presidenciais e TF1 na França na Copa do Mundo de Rugby de 2015 e Eurocopa em 2016. Ambos puderam trabalhar a publicidade de forma diferente para usuários que acompanhavam a programação por dispositivos móveis.

 

Para chegar a modelos ideais de monetização, a mensuração também precisa ser aperfeiçoada. Amanda Signorini, gerente de inteligência e planejamento da Kantar Media, explicou que a integração de dados da TV linear e de outras formas de consumo é o futuro da medição.  Gilles Chetalat, da Free Wheel, também enfatizou a questão da mensuração como um desafio para o setor.

 

O painel que os especialistas para o debate sobre monetização aconteceu no Congresso SET na tarde dessa quarta-feira, 23, foi moderado por Marcelo Souza, vice-diretor de interatividade da SET.